Apologética



Testemunhas de Jeová - Parte VII – Bibliologia


As TJs procuram dar a impressão de que se valem só da Bíblia para apoiar os seus ensinos. E assim, declaram enfaticamente:

Declaração

As Testemunhas de Jeová crêem que a Bíblia inteira é a inspirada Palavra de Deus, e, em vez de aderirem a uma crença baseada na tradição humana, se apegam à Bíblia como base para todas as crenças (“Raciocínios à Base das Escrituras”, p. 384).

Mas, quando se examinam as publicações da Torre de Vigia vamos verificar que não é bem assim. Sempre é preciso o Corpo Governante delas, que representa o escravo fiel e discreto para dizer o que é certo ou errado da Bíblia. Do contrário, só a Bíblia não representa muito. E, então, temos o seguinte:

Contradição

A Bíblia é um livro de organização e pertence à congregação cristã como organização, não a indivíduos, não importa quão sinceramente creiam poder interpretar a Bíblia. Por esta razão, a Bíblia não pode ser devidamente entendida, sem se ter presente a organização visível de Jeová (“A Sentinela”, 1-6-1968, p. 327).

Como se vê, a Bíblia tem pouco valor se não for interpretada pelo escravo fiel e discreto. Como afirmam que não seguem tradição humana? Os católicos têm a Bíblia e a Tradição. Ensinam mais os católicos que só a Igreja pode interpretar a Bíblia sem errar. As Testemunhas de Jeová, embora critiquem acerbamente, os católicos têm o seu Vaticano em Brooklyn, Nova York. Lá o intitulado corpo governante composto do escravo fiel e discreto é o único grupo religioso capaz de dar a interpretação correta para elas.

Sem essa liderança não se pode interpretar corretamente a Bíblia. Chegam ao cúmulo de afirmar que as verdades que as Testemunhas de Jeová têm de anunciar são aquelas que esse grupo escravo fiel e discreto publica por intermédio da literatura da Sociedade Torre de Vigia.

Leiamos: As Verdades que havemos de publicar são aquelas que a organização do escravo discreto fornece, não algumas opiniões pessoais contrárias ao que o escravo providenciou como sendo sustento conveniente (“A Sentinela”, novembro de 1952, p. 164).

Paradoxalmente ensinam: O homem que apenas fala ao povo e expõe suas conclusões ou as opiniões de outros homens não é ‘pregador’ no sentido das Escrituras. O termo mais apropriado para designar tal indivíduo seria ‘charlatão’ (“Riquezas”, p. 133).

CANAL DE COMUNICAÇÃO

A vaidade religiosa dessa liderança é tão grande que não se acanham de intitular-se de canal de comunicação de Deus com os homens.

Dizem:

Jeová Deus proveu também sua organização visível, seu escravo fiel e discreto, composto dos ungidos com o espírito, para ajudar os cristãos em todas as nações a entender e a aplicar corretamente a Bíblia na sua vida. A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia (“A Sentinela”, 1-8-1982, p. 27) (destaque nosso).

Literatura

Por meio de sua literatura é que esse suposto canal de comunicação de Deus com os homens é mantido aberto. Dentre as publicações de maior circulação estão as chamadas revistas associadas:

A Sentinela, publicada nos dias 1 e 15 de cada mês;

Despertai! Publicada nos dias 8 e 22 de cada mês.

Livros

Hoje está sendo usado o livreto “Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna” como manual de orientação para as pessoas que aceitam o convite para o estudo da Bíblia. Esse estudo é conhecido como o estudo domiciliar da Bíblia. Pensam as pessoas visitadas estar estudando a Bíblia, mas, na verdade, estão estudando as doutrinas ensinadas pelas TJs.

As perguntas constantes do rodapé das páginas do livro de estudo são feitas pelo instrutor e as respostas de cada página, são lidas pelos aprendizes e por fim vão à Bíblia para apoiar seus ensinos como se fossem bíblicos.

Utilizam também o livro “Raciocínios à base das Escrituras” para responder às objeções levantadas pelos opositores no seu trabalho de campo.

Uma particularidade observada quando se entrega qualquer literatura a uma Testemunha de Jeová ela recusá-la terminantemente. Está proibida de ler qualquer literatura não publicada pela Torre de Vigia.

BÍBLIA TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO

QUAIS FORAM OS TRADUTORES?

Quando a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia doou os direitos autorais da tradução realizada, ela pediu que seus membros permanecessem no anonimato... Os tradutores não buscavam proeminência para si, mas apenas dar honra ao Autor Divino das Escrituras Sagradas (“Raciocínios a Base das Escrituras”, p. 394).

Resposta Apologética:

A BÍBLIA É SUFICIENTE

Paulo, escrevendo a Timóteo, declarou que ele sabia as sagradas letras que poderiam fazê-lo sábio para a salvação pela fé em Jesus Cristo (2 Tm 3.15). Em continuação, afirma que toda a Escritura divinamente inspirada era suficiente para habilitar-nos para toda a boa obra (2 Tm 3.16-17).

O Espírito Santo seria o Consolador que nos guiaria em toda a verdade (Jo 16.13-14).

IDENTIFICAÇÃO DOS ESCRITORES BÍBLICOS

Paulo sempre se identificou como o escritor de todas as suas cartas, chegando até, em algumas delas, dar a conclusão com as próprias mãos (Rm 1.1; 1 Co 1.1; 2 Co 1.1; Gl 1.1; 6.11; Ef 1. l; Fp 1.1; Cl 1.1). Moisés é declarado como escritor do Pentateuco (Gn, Êx, Lv, Nm, Dt). Quiseram esses homens proeminência para si quando foram identificados como autores de seus respectivos livros?

Distorção da TNM em Várias Passagens:

Os autores da Tradução do Novo Mundo declaram no prefácio da sua Bíblia que procuraram fazer sua tradução ser a mais exata possível em confronto com as línguas originais da Bíblia. Fizeram isso com relação às passagens abaixo?

a) Gn 1.2 força ativa em lugar de Espírito de Deus;

b) Mt 4.1-3 onde aparece grafado com letra minúscula, espírito, e com maiúscula Diabo e Tentador. A palavra filho aparece com letra minúscula;

c) Mt 27.52-53 (negação da ressurreição corporal dos santos). Apenas foram expostos fora das sepulturas os corpos mortos e não ressuscitados. Diz a TNM: ... muitos corpos de santos que tinham adormecido foram levantados (e pessoas, saindo dentre os túmulos memoriais depois de ter sido levantadas, entraram na cidade santa) e tornaram-se visíveis a muitas pessoas.

d) Mt 14.33; 15.25; 28.9,27; Jo 9.38; Hb 1.6 prestar homenagem em lugar de adorar a Jesus. A palavra proskuneo é sempre traduzida por prestar homenagem para Jesus. Para o Pai, Satanás e deuses falsos sempre é traduzida por adorar (Mt 4.10; Jo 4.24; Lc 4.7; Ap 13.4; 22.8).

e) Jo 8.58 (eu tenho sido em vez de eu sou), para evitar comparação com Êx 3.14.

f) Mt 27.50 estaca de tortura em lugar de cruz.

g) 2 Co 11.8 Paulo é chamado de ladrão, tendo roubado outras igrejas. Diz a TNM: A outras congregações roubei...

h) Lc 23.43 Deveras te digo hoje em lugar de hoje estarás comigo no Paraíso.

NOTA: A Torre de Vigia confessa no rodapé da TNM (Bíblia de Púlpito) que alterou sua tradução, dizendo: Embora WH coloque uma vírgula no texto grego antes da palavra ‘hoje’... omitimos a vírgula antes de hoje.

i) Jo 1.1 um deus falando de Jesus (deus com letra minúscula refere-se a um deus falso).

NOTA: O que notáveis eruditos do grego afirmam sobre João 1.1 na TNM:

Dr. Ernest C. Colwell, da Universidade de Chicago.

Um nominativo definido no predicado tem o artigo quando segue o verbo; não tem o artigo quando precede o verbo... essa declaração não pode ser considerada como estranha no prólogo do Evangelho que alcança seu clímax na confissão de Tome: ‘Senhor meu a Deus meu’ (Jo 20.28).

Dr. B. F. Wescott (cujo texto do Novo Testamento – mas não a parte em inglês – é usado na Tradução Interlinear do Reino):

O predicado (Deus) encontra-se na posição inicial enfaticamente, como em João 4.24. É necessariamente sem o artigo... Nenhuma idéia de inferioridade de natureza é sugerida por essa forma de expressão, que simplesmente afirma a verdadeira deidade da Palavra (Jesus)... Na terceira cláusula declara-se que ‘a Palavra é Deus’, a assim incluída na unidade da divindade.

Dr. Eugene A. Nida, chefe do Departamento de Tradução da Sociedade Bíblica Norte-americana:

Com relação a João 1.1, há, é claro, uma complicação simplesmente porque a Tradução do Novo Mundo foi aparentemente feita por pessoas que não levaram a sério a sintaxe do grego (Responsável pela Good News Bible – a Comissão trabalhou sob sua direção).

Dr. F. F. Bruce, da Universidade de Manchester, Inglaterra:

Os gramáticos amadores arianos fazem muito alarde da omissão do artigo definido com ‘Deus’ na oração predicativa... ‘um deus’ seria totalmente indefensável.

Dr. J. R. Mantey (que é citado nas páginas 1158-1159 da Tradução Interlinear do Reino da Sociedade Torre de Vigia):

Uma má tradução chocante. Obsoleta e incorreta. Não é nem erudito nem razoável traduzir João 1.1 a Palavra era (um) deus.

Dr. Bruce M. Metzger: (da Universidade de Princeton, professor de Língua a Literatura do Novo Testamento):

Uma tradução horripilante..., errônea..., perniciosa, repreensível. Se as Testemunhas de Jeová levam essa tradução a sério, elas são politeístas.

Dr. Samuel J. Mikolaski, de Zurique, Suíça:

Esta construção anartra (usada sem o artigo) não significa o que o artigo indefinido ‘a’ significa em inglês (e o artigo indefinido em português). Traduzir a frase ‘a Palavra era (um) deus’ é monstruoso.

Dr. William Barclay, da Universidade de Glasgow, Escócia:

A distorção deliberada da verdade por essa seita é vista na sua tradução do Novo Testamento. João 1.1 é traduzido: ‘a Palavra era (um) deus’, uma tradução que é gramaticalmente impossível. É abundantemente claro que uma seita que pode traduzir o Novo Testamento assim é intelectualmente desonesta.

Não bastassem as opiniões de gramáticos da língua grega refutando a TNM de Jo 1.1 e a Palavra era (um) deus, há que se levar em conta também que os tradutores da TNM se valeram de uma tradução espírita para a sua tradução de Jo 1.1, isso confessado por elas mesmas em sua edição de A Sentinela de 1-10-1983, p. 31. Na A Sentinela de 1-10-1956, p. 187/10, elas reconheceram sobre o tradutor Johannes Greber: Greber esforça-se para fazer que sua tradução do Novo Testamento soe bem espírita.

j) Cl 1.16-17 (quatro vezes aparece a palavra outras) para sugerir que Jesus é a primeira criação por meio de quem as outras coisas foram criadas. Jesus é o Criador e não criatura (Jo 1.3).

k) Traduziram as palavras gregas Kyrios (Senhor) e Théos (Deus) no Novo Testamento para JEOVÁ 237 vezes sempre que a passagem se referia a uma citação do Antigo Testamento, onde aparecesse o tetragrama JHVH. Quando o tetragrama aparecia num texto do Antigo Testamento, e aplicado a Jesus no Novo Testamento com as palavras Kyrios ou Théos, traduziram por Senhor, não seguindo a regra por elas mesmas estabelecidas para a inserção do nome Jeová no Novo Testamento. Nem uma só vez aparece o nome Jeová no NT. Isso é reconhecido pelos líderes delas: Nenhum manuscrito grego hoje em nosso poder, desde os livros de Mateus até o Apocalipse, contém o nome de Deus (isto é, Jeová) por si mesmo (“O Nome Divino”, p. 23).

Exemplos:

Salmo 102.1, 25, 26 é aplicado a Jesus em Hb 1.10-12. Aqui aparece a palavra Senhor, e não Jeová. Deixaram de seguir a regra empregada para o Pai, que sempre traduzem para Jeová.

Isaías 8.13 é aplicado a Jesus em 1 Pe 3.15.

Isaías 8.14 é aplicado a Jesus em 1 Pe 2.4.

Isaías 45.23 é aplicado a Jesus em Fp 2.11.

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