Apologética



Mormonismo – Jesus Cristo – Qual Jesus? – Parte V


Se interrogarmos os mórmons se eles crêem em Jesus, a resposta será positiva. Mas duas perguntas são necessárias: 1) Qual Jesus? 2) Em qual Jesus os mórmons estão depositando a sua confiança?

JESUS – ESPÍRITO IRMÃO DE LÚCIFER

A posição de Cristo como Salvador do mundo é rejeitada por um dos outros filhos de Deus. Ele era chamado Lúcifer... este espírito irmão de Jesus tentou inutilmente tornar-se o Salvador da humanidade (“The Gospel Throught the Ages”, edição 1945 – p. 15).

É um ensino fundamental do mormonismo que Jesus foi gerado numa preexistência por uma mãe celestial e literalmente então era irmão de Lúcifer.

Resposta Apologética:

A Bíblia não declara em nenhuma parte ter Jesus nascido em uma preexistência de uma mãe celestial ou que Lúcifer submetesse um plano de salvação de se tornar o salvador do mundo. O que a Bíblia declara acerca de Jesus é lido em:

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (João 1.1,14).

Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele (Cl 1.16).

Como podia Jesus ser um espírito irmão de Satã quando Ele é o Criador de todas as coisas, tendo criado até o próprio Lúcifer (Ez 28.13-15). Como poderia ser espírito irmão de sua própria criação? Impossível!

JESUS NÃO FOI GERADO PELA VIRGEM MARIA

Uma das principais marcas das seitas é negar o nascimento virginal de Jesus.

Quando a Virgem Maria concebeu o menino Jesus, o Pai o tinha gerado à sua própria semelhança. Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo (“Journal of Discourses” Vol. 1, april 9, 1852 – p. 50, Brigham Young – “Were does it say that?”, edição 1982, Bob White).

Esse é um ensino que separa o mormonismo do Cristianismo histórico. Como lemos atrás (“Doutrina e Convênios”, 130.22), o Pai tem um corpo de carne e ossos tão tangível quanto o nosso e o nascimento de Jesus foi o resultado do relacionamento sexual de Deus, o Pai, com a virgem Maria.

Brigham Young declarou:

O nascimento do Salvador foi tão natural quanto o dos nossos filhos, foi o resultado de uma ação natural. Ele participou da carne e sangue – e foi gerado por seu Pai, assim como nós somos gerados pelos nossos pais (“Journal of Discourses”, Vol. 8, edição 1860 – p. 115, Brigham Young – “Were does it sap that?”, edição 1982, p. 4-4, Bob Witte). (Destaque nosso).

O apóstolo mórmon Bruce R. McConkie descreve o ato do nascimento de Jesus da seguinte maneira:

Cristo foi gerado pelo Pai Imortal do mesmo modo que os homens mortais são gerados por seus pais (“Mormon Doctrine”, edição 1979 – p. 547. Editora Bookcraft, Bruce R. McConkie).

Resposta Apologética:

Se esse ensino fosse aceito, não estaria apenas contrário aos ensinamentos bíblicos, mas ele honestamente indicaria:

1. Maria não seria uma virgem depois da sua experiência sexual;

2. Deus, o Pai, seria um adúltero, pois ele havia tido outras mulheres e foi infiel a Maria;

3. Maria seria adúltera, pois estava desposada com José;

4. Deus, o Pai, poderia ser declarado como tendo praticado incesto, porque o mormonismo afirma que Maria é filha de Deus, o Pai, desde sua preexistência;

5. Negaria o milagre da conceição de Jesus (Mt 1.20), cumprimento de Is 7.14.

O MORMONISMO DECLARA QUE JESUS É UM SALVADOR INCAPAZ

Muitos mórmons declararão com afoiteza que aceitam Jesus como o seu Salvador. Mas qual a parte que toma Jesus na sua salvação?

Cremos que por meio do sacrifício Expiatório de Cristo, toda a humanidade pode ser salva por obediência às leis e ordenanças do Evangelho (“Regras de Fé”, edição 1981 – p. 11, James E. Talmage).

Outro escritor, Joseph Fielding Smith, expõe as condições da salvação individual:

NATUREZA DUAL DA EXPIAÇÃO. A expiação de Jesus Cristo é de natureza dual. Por causa dela, todos os homens são redimidos da morte mortal e da sepultura, e se levantarão na ressurreição para a imortalidade da alma. Então, novamente pela obediência às leis e ordenanças do Evangelho, o homem receberá remissão dos pecados individuais, através do sangue de Cristo, e herdará exaltação do reino de Deus, a qual é a vida eterna (“Doutrinas da Salvação” Vol. 1, edição 1994 – p. 134, Joseph Fielding Smith).

Ainda encontramos a posição dos mórmons quanto a insuficiência de Cristo para a salvação nos seguintes termos:

Porque trabalhamos diligentemente para as escrever, a fim de persuadir nossos filhos e nossos irmãos a acreditarem em Cristo e a se reconciliarem com Deus; pois sabemos que é pela graça que somos salvos, depois de tudo o que pudermos fazer (2 Nefi 25.23 – “Livro de Mórmon”, edição 1997 – p. 113).

Resposta Apologética:

Em contraste com este ensino, Paulo declarou o contrário nos versículos que se seguem: At 16.31; Jo 6.28; 5.29; 1 Co 15.1-4; Hb 7.25.

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8-9).

Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus por Nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1).

JESUS NÃO DEVE SER ADORADO

Os mórmons lhe recusam adoração e oração.

O élder Bruce R. McConKie declarou:

Adoramos o Pai, unicamente Ele e a ninguém mais.

Não adoramos o Filho e não adoramos o Espírito Santo. Sei perfeitamente o que dizem as Escrituras sobre adorar Cristo e Jeová, mas elas falam num sentido completamente diferente – no sentido de admiração e de reverente agradecimento àquele que nos redimiu. A adoração no verdadeiro sentido do termo fica reservada a Deus primeiro, o Criador (Brigham Young University address, 2 de março de 1982), (“Vinde a Cristo”, edição 1984 – p. 43).

E todos, tanto os que haviam sido curados como os que já estavam sãos, prostraram-se aos seus pés e o adoraram: e todos os que puderam, dentre a multidão, beijaram os seus pés, de modo que o banharam com suas lágrimas (3 Nefi 9 – “Livro de Mórmon”, edição 1951 – p. 526).

Resposta Apologética:

Na Bíblia Deus, o Pai, ordena que os anjos adorem a seu Filho:

E outra vez introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem (Hb 1.6).

E, no céu, Jesus é ainda adorado:

Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e todas as coisas que neles há, dizer: ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo sempre (Ap 5.12-13).

PERIGOSO MUITA INTIMIDADE COM JESUS

Existem pessoas com entusiasmo excessivo que as levam a ultrapassar o marco. Seu desejo de excelência é desmedido. No empenho de serem mais reais do que o rei, devotavam-se a conseguir um relacionamento pessoal especial com Cristo que, além de impróprio, é perigoso.

Digo perigoso, porque este curso, particularmente na vida de pessoas espiritualmente imaturas, é um passatempo religioso que leva à atitude prejudicial de santidade aos próprios olhos. Em outros casos, conduz à depressão, porque o pretendente à perfeição sabe que não está vivendo como deveria.

Outro perigo é esses envolvidos muitas vezes começarem a orar diretamente a Cristo por sentirem uma amizade toda especial por eles... (“Vinde a Cristo”, edição 1984 – p. 47).

Resposta Apologética:

Quando um relacionamento especial com Cristo pode ser perigoso? Não é assim que pensava Paulo!

Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim (Gl 2.20).

ESTARIA ERRADO ESTÊVÃO AO ORAR A CRISTO?

E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito (At 7.59).

Qual é esse Jesus com o qual devemos evitar muita intimidade? Certamente não é o Jesus da Bíblia. Paulo admoesta para que não tenhamos comunhão ou intimidade com outro Jesus. Disse ele: Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado... (2 Co 11.4). E, certamente, o Jesus dos mórmons não é o da Bíblia. Como expusemos, o Jesus dos mórmons tem as seguintes características que o distinguem do Jesus da Bíblia:

1. Um Jesus, irmão de Lúcifer;

2. Um Jesus, que não é Salvador suficiente;

3. Um Jesus que não pode ser adorado e a quem não se deve orar;

4. Um Jesus polígamo, que morreu na cruz por esta prática e ensino;

5. Um Jesus, de nascimento natural entre Deus e a Virgem Maria;

6. Um Jesus que oferece expiação incompleta.

PECADOS EXPIADOS COM O PRÓPRIO SANGUE

Anunciando um outro Jesus (2 Co 11.4), fazem crer que mais do que alcançou Jesus como resultado de sua obra expiatória, alcançou Joseph Smith Jr.:

Eu tenho mais do que me gabar do que qualquer homem teve. Eu sou o único homem que manteve uma igreja inteira unida desde os dias de Adão. Uma grande maioria deles todos tem permanecido fiéis a mim. Nem Paulo, nem João, nem Pedro, nem Jesus jamais o fizeram. Eu me gabo de que nenhum homem fez uma obra tal como a minha (“History of Church” Vol. 6, edição 1978 – pp. 408-409).

Como a Bíblia afirma que a soberba precede a ruína, essa declaração de Joseph Smith Jr. se deu em 26 de maio de 1844 e no mesmo ano, em 27 de junho, ele foi assassinado por uma multidão enfurecida.

Há um tipo de expiação pelo sangue segundo a qual certos pecados que, quando cometidos, colocam o pecador fora do alcance da redenção pelo sangue de Jesus. Nessas situações a pessoa pecadora deve expiar seus próprios pecados com seu próprio sangue:

EXPIAÇÃO E PECADOS PARA A MORTE. Joseph Smith ensina que existem certos pecados tão nefandos que o homem pode cometer, que colocarão o transgressor além do poder da expiação de Cristo. Se forem cometidas tais ofensas, aí o sangue de Cristo não o limpará de seus pecados, mesmo que se arrependa. Por isso, sua única esperança é ter o próprio sangue em expiação, à medida do possível, em favor próprio. Isto é doutrina escriturística e ensinada em todas as obras padrão da Igreja (“Doutrinas da Salvação” Vol. 1, edição 1994 – p. 146, Joseph Fielding Smith).

O presidente Brigham Young foi um dos que mais falaram sobre o assunto:

Os cristãos falam muito no sangue de Cristo e no seu poder purificador. Muito do que é crido e ensinado sobre este assunto, entretanto, não passa de tolice tão completa e tão falsa que crer nisso é perder a salvação.

Resposta Apologética:

É inadmissível que os líderes mórmons, que se vangloriam de ser guiados por Deus, pudessem levar o seu povo a lugares tão distantes da Bíblia:

No dia seguinte João viu a Jesus que vinha para ele, e disse: Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).

Mas se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça (1 João 1.7,9).

Se Joseph Smith ensina que a lei do sacrifício precisa ser restaurada, ou se nós devemos pagar por nossos pecados derramando nosso próprio sangue, ou ainda, se devemos nos esforçar por conseguir nossa própria salvação por obediência às leis e ordenanças do Evangelho, então Cristo morreu em vão:

Mas se ainda o nosso Evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus (2 Co 4.3-4).

Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde (Gl 2.21).

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