Apologética



Racionalismo Cristão – Parte 10 – Jesus Cristo


Grandes espíritos, movidos por ideais reformadores, baixaram à Terra, encarnando, com enorme sacrifício, para ver se conseguiam a desbrutalização da mente humana que se deixara empolgar pelo sentimento do gozo e dos prazeres apenas materiais. Esses valorosos espíritos, porém, além de não haverem sido compreendidos, acabaram divinizados pela massa ignara, como aconteceu com Jesus, Buda, Confúcio e Maomé.

Negar a Jesus o valor, o mérito de haver conquistado a sua evolução espiritual à custa de grandes lutas, de trabalhos, de sofrimentos, de desencarnações e reencarnações, atribuírem as qualidades, a nobreza, os altos atributos que possui esse grande espírito ao privilégio de uma suposta filiação divina, é erro grave que cometem, além de demonstração de lamentável ignorância relativamente à vida espiritual.

No Brasil, e em muitos outros países, adora-se a Jesus. Não há, entretanto, qualquer diferença, entre tais adoradores e os outros que se voltam para Buda, Confúcio e Maomé.

Nenhum adorador é capaz de dissociar a idéia de adorar da de pedir. A razão é óbvia: adorar e pedir são duas muletas iguais, para uma só invalidez mental (“Racionalismo Cristão”. Centro Redentor, 30ª edição, 1976, pp. 56-57, 74).

Resposta Apologética:

O que de cristão existe no racionalismo? Sem dúvida, de cristão só tem o nome, pois não é possível, à luz da Bíblia igualar fundadores de religião como Buda (budismo), Confúcio (confucionismo) Maomé (islamismo) com a pessoa augusta e divina de Jesus Cristo. O evangelho de João começa com estas palavras: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1.1;1.14). É ignorância, segundo os espíritas racionalistas, admitir que Jesus tinha filiação divina. No entanto, por duas vezes o Pai, do céu, proferiu palavras de reconhecimento de Jesus como Seu Filho, sendo uma no batismo de Jesus, quando disse: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo (Mt 3.17) e outra no Monte da Transfiguração, quando repetiu as mesmas palavras (Mt 17.5). Como ousam os racionalistas afirmar que crer na filiação divina de Jesus não passa de demonstração de lamentável ignoráncia espiritual?

Termina João o seu evangelho e dá a razão de tê-lo escrito: Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31-32). Isso é ignorância? Como vemos, Jesus não era simplesmente um grande espírito que baixou à Terra. Ele existia na condição de Deus (Fp 2.6) e se humilhou tomando a forma de servo e achado na forma de servo foi até à morte e morte de cruz (Fp 2.7-8) para salvar a humanidade pela sua morte (Mt 20.28).

Suas reivindicações o tornaram distinto de todos os demais reformadores religiosos. Declarou ser o caminho, a verdade e a vida, fora de quem ninguém entrará no céu (Jo 14.6). Durante sua vida terrena recebeu adoração de certas pessoas na condição de Deus homem e não como homem simplesmente (Jo 20.28), inclusive dos seus discípulos sem que em qualquer ocasião os tivesse repreendido por tal atitude (Mt 14.33; 28.9,17; Jo 9.35-38). Como racionalmente alguém pode dizer que adorar e pedir são duas muletas iguais para uma só invalidez mental? Adorar e orar são duas práticas que todos os seres humanos devem prestar a Jesus Cristo (Fp 2.9-11). Uns hoje o fazem voluntariamente, outros, como os racionalistas, um dia terão de prostrar-se aos pés de Jesus para isso fazer, embora hoje entendam ser muletas por causa da invalidez mental de quem assim o faz.

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