Apologética



Legião da Boa Vontade – Parte 05 – A religião do novo mandamento


Afirma a imortalidade da alma e a reencarnação dos Espíritos; confirma a possibilidade, por permissão de Deus, da comunicação entre encarnados e desencarnados; reafirma a permanente A Presença de Deus em cada um de seus filhos (“A Saga de Alziro Zarur II” José de Paiva Netto, 10a edição, p. 303).

Aqueles Homens eram Incapazes de Receber, aceitar e conservar uma nova Revelação que, assim ficava reservada para os tempos vindouros, para quando chegasse o momento de cumprir-se a sentença A Letra Mata, O Espírito Vivifica, O ESPÍRITO VIVIFICA. Só a reencarnação e os séculos – expiação, reparação e progresso – poderiam preparar as inteligências e os corações de maneira a fazer deles Odres Novos, Capazes de Conservar o Vinho Novo (“A Saga de Alziro Zarur II”, José de Paiva Netto, 10a edição, p. 259).

0 homem como sabeis, nasce e morre muitas vezes, antes de chegar ao estado de perfeição, no qual gozará, em toda a plenitude, das dificuldades espirituais, isto é, em que possuirá a Caridade e o Amor perfeitos (“A Saga de Alziro Zarur II”, José de Parva Netto, 10a edição, p. 116).

Alziro Zarur seguiu o mesmo caminho de Allan Kardec, em cujo túmulo foi colocada a frase que sintetizou a doutrina da reencarnação: Nascer, morrer, renascer ainda; e progredir sempre. Esta é a lei.

Resposta Apologética:

A palavra reencarnação, composta do prefixo re (designativo de repetição) e do verbo encarnar (tomar corpo), significa etimologicamente: tornar a tomar corpo. Designa a ação do ser espiritual (espírito ou alma) que já animou um corpo no passado, foi posteriormente dele separado pela morte e agora torna a vivificar um corpo novo. Allan Kardec define assim: A reencarnação é a volta da alma à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ela e que nada tem em comum com o antigo (“Evangelho Segundo Espiritismo”, Allan Kardec – Obras Completas, 2ª edição, Opus Editora Ltda, p. 561).

Em Lucas 16.19-31 lemos: Ora havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho, finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; e desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite. Aqui Jesus oferece uma excelente oportunidade para dar ensinamentos sobre o que acontecerá aos homens depois da morte: Ambos morreram: primeiro o pobre que foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. A expressão seio de Abraão significava o céu entre os judeus. Se Jesus fosse reencarnacionista teria agora uma boa ocasião para insistir nesta doutrina: diria que a alma se desprende lentamente do corpo, permanecendo ainda por algum tempo em estado de perturbação e confusão; explicaria como ela readquire aos poucos um estado de consciência, lembrando as existências passadas; como procura novas oportunidades para reencarnar etc. Mas nesta passagem não encontramos nada disso: ambos morreram, ambos são julgados, um vai para o céu e outro para o inferno. Nada de sempre novas vidas, nada de interruptos progressos, nada de se comunicar com os mortos. Jesus nessa passagem não era reencarnacionista, nem espírita nem esotérico.

E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam pela salvação (Hebreus 9.27-28).

Um outro exemplo que temos nas Escrituras Sagradas é o da crucificação que diz: E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se és tu o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe, Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso (Lucas 23.39-43).

Se Jesus fosse reencarnacionista não poderia ter falado assim. Poderia ter consolado este ladrão arrependido com algumas frases como esta: Deve ter paciência, pois cada qual deve resgatar-se a si mesmo. Tu cometeste muitos crimes e toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser paga, se não for nesta existência será em outra. Terás de reencarnar mais vezes, deverás voltar, em um outro corpo especialmente formado para você que nada tem a ver com o seu corpo antigo, para expiar e resgatar teus crimes. O que lemos é que Ele falou de modo diferente, o que Ele disse não entra na filosofia reencarnacionista. Isto demonstra que Jesus não era reencarnacionista e não cria nas vidas sucessivas.

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