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Realmente, existiu o tanque de Betesda?


"Ora, existe em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco pavilhões. Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos [esperando o movimento das águas. Um anjo descia em certo tempo, e agitava a água. O primeiro que entrasse no tanque, depois do movimento da água, sarava de qualquer doença que tivesse]" (Jo 5.2-4).

O tanque de Betesda, que em hebraico significa "casa de misericórdia", era localizado, segundo Flávio Josefo, em Jerusalém, ao Norte do Templo, próximo ao mercado das ovelhas. Em escavações nessa região, em 1888, o professor e arqueólogo, Dr. Conrad Schick, achou um grande tanque com cinco pavilhões (degraus), que levavam a uma parte mais baixa, onde havia água. Em uma de suas paredes, havia a pintura de um anjo no ato de movimentar as águas! Segundo o credo e a tradição judaica, de tempo em tempo, um anjo descia naquele tanque e movimentava a água, e o primeiro que entrasse no tanque, após o movimento da água, era curado de qualquer enfermidade. Assim, arregimentavam-se grandes quantidades de pessoas, esperando receber algo por meio de um ato místico.

O fato relevante aqui é entendermos que o contexto nos mostra dois tipos distintos de multidão que buscam alguma bênção de Deus: a multidão do tanque de Betesda (a turba que gosta de anjos) e a multidão que seguia o Senhor Jesus. Aquela multidão que rodeava o tanque é símbolo das inúmeras pessoas que esperam receber algo de um ritualismo religioso ou místico. O tanque de Betesda é símbolo do formalismo e do misticismo religiosos, onde jazem milhões e milhões de pessoas ao redor de um símbolo, aguardando que, um dia, aconteça alguma coisa que os tire dessa situação. Esse grupo é levado pela superstição e pelo ritualismo. Ao contrário desses, o grupo que segue o Senhor Jesus é dinâmico, cheio de satisfação e alegria, por ver as maravilhas de Deus por intermédio do Senhor. Jesus tem de ocupar o centro (sempre!). Nunca as suas criaturas!


Por Paulo Aragão Lins

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