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Por que três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo (1 João 5.7)


Ciência Cristã. Ensina que a vida, a verdade e o amor constituem a Pessoa trina e uma chamada Deus, ou seja, o princípio triplamente divino, o amor. E, segundo prega, essas três pessoas representam uma Trindade em unidade, três em um, idênticos em essência, ainda que multiformes em função: Deus, o Pai-Mãe; Cristo, a idéia espiritual de filiação; e Ciência divina ou santo Consolador.

Resposta apologética: A definição tortuosa da Ciência Cristã quanto à Trindade é biblicamente incorreta, por vários motivos. Enumeramos: 1.) O Deus triúno é uma pessoa e não qualidades; 2.) A primeira pessoa da Trindade é chamada, constantemente, no Antigo Testamento, por nomes masculinos, não femininos; por exemplo: “homem de guerra” (Êx 15.3), “Senhor Deus” (Êx 34.6), “Pai” (Ml 1.6), entre outros; 3.) A Bíblia mostra que tudo deve ser feito em nome das três pessoas divinas (Mt 28.19) e não de três qualidades.

Testemunhas de Jeová. Declaram que a omissão da cláusula “o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um”, nas edições modernas da Bíblia, implica no reconhecimento de que a doutrina da Trindade não é verdadeira.

Resposta apologética: É verdade que o texto citado não traz a expressão apontada nos antigos manuscritos gregos, anteriores ao século 13. Afirmam as Testemunhas de Jeová: “Seu principal apoio se encontra em dois manuscritos de latim antigo, do sexto e do oitavo século, e em alguns manuscritos da Vulgata Latina, mas não nos mais antigos. Erasmo não o incluiu na sua primeira edição do Novo Testamento em grego (1516) nem na segunda (1519). Quando foi criticado pela omissão, ele disse [...] que, se alguém pudesse mostrar-lhe um manuscrito grego que contivesse a passagem, ele a inseriria, e chamou-se-lhe a atenção o Códex Montfortianus do século dezesseis. Ele se sentiu obrigado a incluir a rendição na sua terceira edição (1522), e foi esta edição que Tyndale usou na sua tradução do Testamento Grego (1525)”.

Entretanto, convém salientar que Erasmo não negou a verdade bíblica da Trindade e que a Trindade não depende deste único versículo para sustentar-se. A Bíblia toda nos mostra o seguinte: a.) Há um só Deus (Dt 6.4; Is 43.10; 45.5,6); b.) Esse único Deus é uma pluralidade de pessoas (Gn 1.26; 3.22; Is 6.1-8; Jo 12.37-41; At 28.25); c.) Há três pessoas chamadas Deus e eternas por natureza: o Pai: “Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido” (2Pe 1.17); o Filho: “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (5.20); o Espírito Santo: “Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3,4).

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