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Havia um grande dragão que os babilônios adoravam (Acréscimos de Daniel 14.23)


Catolicismo Romano. O texto apócrifo afirma a existência de um dragão, criatura mitológica presente nas histórias inventadas pelas mais diversas civilizações primitivas.

RESPOSTA APOLOGÉTICA. A palavra “dragão” deriva do grego drakon, o que pode atestar a discrepância na datação do texto apócrifo, que sofreu influência da língua grega, em relação ao original, escrito em língua semítica, num período mais remoto. A palavra “dragão” aparece somente no Novo Testamento, escrito em grego, em Apocalipse 20.2, referindo-se a Satanás, num contexto claramente alegórico. Se partirmos para uma hermenêutica de interpretação literal, o texto torna-se absurdo, porque nos forçaria a admitir a existência de um animal fantástico. Entretanto, mesmo que o dragão fosse uma espécie de grande lagarto ou serpente, isso não desfaria a ilegitimidade do texto, pois há grandes indícios de que tenha sido inspirado na mitologia babilônica, no mito de Marduq e Tiamat, segundo o qual Marduq, divindade protetora da Babilônia, explode o corpo de Tiamat, monstro com silhueta de dragão, em duas partes. Trata-se de um típico caso de inspiração em história mitológica que foi, tardiamente, introduzido ao livro canônico.

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