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Eis que o Senhor pôs o espírito de mentira na boca de todos os teus profetas (1Reis 22.23)


Ceticismo. Afirma que Deus contrariou seus próprios desígnios (Dt 32.4; Hb 6.18; Ap 21.8), todos contendo graves advertências contra a mentira e seus praticantes.

Resposta apologética: No texto confrontado, que diz que “o Senhor pôs o espírito de mentira na boca de todos os teus profetas”, não existe a promoção e muito menos a aprovação da mentira quando o contexto é analisado com Deuteronômio 32.4. O que ocorre, de fato, é a “permissibilidade divina” em situações com esta, por meio da qual o Senhor, segundo sua presciência, realiza o seu plano.

Três aspectos importantes devem ser rigorosamente analisados nesta questão: a.) É imprescindível reconhecer o episódio de 1Reis como uma visão e, como tal, está-se referindo à contemplação de um quadro celeste, no qual a soberania divina, que qualifica o Pai como Rei, é enfatizada; b.) b) Não podemos ignorar que, quanto a essa visão, a ortodoxia cristã nos impele a compreender e a aceitar a soberania divina, disposta nas inúmeras demonstrações de prevalência da vontade de Deus, verdade que nos fornece a compreensão de que os espíritos, ainda que malignos, estão subjugados à soberania do Altíssimo (Jó 1—3); c.) Esta soberania, aliada à multiforme sabedoria de Deus (Ef 3.10), pode empregar certos métodos (que em nossa medíocre sapiência questionaríamos) para atingir seus propósitos de salvação (Rm 9.17) .

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