Define a Igreja como indulgência: A indulgência é a remissão da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, remissão que a Igreja concede fora do sacramento da penitência (“Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã”, Editora Vera Cruz Ltda., 1ª edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 793, p. 145).
Ensinando que o papa é o Vigário de Cristo e o Cabeça da Igreja, pode ele sacar do Tesouro da Igreja os bens de que a Igreja é depositária. Ela constrói a sua doutrina sobre Mateus 16.19, onde se lê: E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus; e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
O papa sustenta que tem poder de outorgar qualquer destas indulgências e toda a Igreja ou a qualquer membro da Igreja, individualmente. Em 1903, o papa delegou autoridade a outros sacerdotes, permitindo cardeais outorgarem indulgência por 200 dias, cada um em sua própria diocese; aos arcebispos por cem dias; aos bispos por 50 dias, cada um em sua própria diocese.
1. OS TIPOS DE INDULGÊNCIA
Existem modalidades diferentes de indulgências: quanto ao tempo de duração e quanto ao lugar. Quanto ao tempo de duração, existem as indulgências plenárias ou completas e as indulgências parciais. Nas indulgências plenárias ou completas, o pecador é isento das penalidades desta vida e da que há de vir no purgatório. O ensino católico sobre as indulgências plenárias é: A indulgéncia plenária é a que perdoa toda a pena temporal devida pelos nossos pecados. Por isso, se alguém morresse depois de ter recebido esta indulgéncia, iria logo para o céu, inteiramente isento das penas do Purgatório (“Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã”, Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 798, p. 146). Nas indulgências parciais, a isenção das penas é dada por um tempo determinado de dez, vinte ou trinta dias.
Quanto ao lugar, as indulgências universais são para uso de todas as Igrejas em toda parte. As indulgências particulares são para uso da igreja específica ou de relicários.
Resposta Apologética:
A Bíblia afirma que após a morte segue-se o juízo (Hb 9.27). Como afirmamos, existem dois lugares apontados para depois desta vida e, num dos dois, todos os homens se encontrarão. Jesus falou do céu ao afirmar: Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. E falou do inferno, dizendo: Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos... E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna (Mt 25.34,41,46). Jesus disse ao ladrão arrependido: E disse-lheJesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso (Lc 23.43). A mulher perdida que ungiu os pés de Jesus com suas lágrimas, arrependida dos seus pecados, ele falou: E disse- Ihe a ela: Os teus pecados te são perdoados. E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados? E disse à mulher: A tua fé to salvou; vai-te em paz (Lc 7.48-50).
Paulo não esperava o purgatório nem admitia indulgências. Falou o seguinte: Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho (Fp 1.21).
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