Apologética



Mormonismo – O Batismo pelos Mortos - Parte X


Dizem os mórmons sobre esse ensino:

Salvação para os mortos

Essa doutrina dá a conhecer de uma forma muito clara a sabedoria e misericórdia de Deus em preparar uma ordenança para salvar os mortos, possibilitando-lhes receber o batismo por procuração, e assim seus nomes podem ficar escritos no céu, julgados de acordo com suas obras na carne. Essa doutrina é a mensagem das Escrituras. Os membros da Igreja que negligenciam este dever em favor dos seus parentes mortos põem em perigo a si próprios (“Ensinamentos do Profeta Joseph Smith”, edição 1975 – p. 188).

AS ORDENANÇAS NO TEMPLO SÃO

MUITO IMPORTANTES

Devemos assegurar-nos de que sejam realizadas as ordenanças no templo, tanto para nós como para os nossos ancestrais. O profeta Joseph Smith ensinou que nossa maior responsabilidade neste mundo é identificar os nossos ancestrais e ir ao templo em seu benefício (veja “Ensinamentos do Profeta Joseph Smith”, p. 355). Um outro profeta moderno Joseph Fielding Smith, disse: Alguns podem pensar que, se pagam o dízimo, freqüentam todas as reuniões e cumprem outros deveres, repartem seu sustento com os pobres... que passam um, dois, ou mais anos pregando o Evangelho ao mundo, serão liberados desta responsabilidade. Porém o maior e mais importante de todos os deveres é a realização das ordenanças pelos mortos (“Doutrinas de Salvação”, volume II, p. 148) (“Princípios do Evangelho”, edição 1988 – p. 248).

Falando ainda sobre este assunto de batismos pelos mortos, lemos:

NOSSA MAIOR RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL. O Profeta Joseph Smith declarou: “A maior responsabilidade neste mundo que Deus nos impôs é a de buscar nossos mortos”. O motivo disto é que todos os mortos têm de ser redimidos de seus pecados pela obediência ao Evangelho, exatamente como os vivos. De nós é requerido que realizemos esse trabalho em favor deles.

Ademais, não podemos ser aperfeiçoados sem nossos mortos fiéis, que são igualmente herdeiros da exaltação celestial. É preciso haver uma solda ou ligamento das gerações, desse Adão. Os pais devem ser selados um ao outro, e os filhos aos pais, para receberem as bênçãos do reino celestial. Por isso, nossa salvação e nosso progresso dependem da salvação de nossos mortos dignos, com os quais temos de ser ligados por vínculos familiares. Isso só pode ser feito em nossos templos.

O Profeta declarou ainda que a doutrina da salvação para os mortos “É o mais glorioso de todos os assuntos pertencentes ao evangelho eterno”. As razões disto são as enormes magnitudes do trabalho e o fato de termos o privilégio de oficiar em favor dos mortos e auxiliar em proporcionar-lhes os privilégios que também nós gozamos, através de obediência ao Evangelho (“Doutrinas de Salvação”, volume II, edição 1976 – p. 146).

Para sustentar este ensino de batismo pelos mortos, os mórmons costumam citar 1 Co 15.29:

Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos?

E também, com relação a essa citação, mencionarei outra, tirada de um dos profetas que tinha os olhos fitos na restauração do sacerdócio, nas glórias a serem reveladas nos últimos dias e, de modo especial, no mais glorioso de todos os assuntos pertencentes ao Evangelho eterno, ou seja, o batismo pelos mortos (“Doutrina e Convênios” 128.17 – edição 1997 – p. 301).

E por que a mais importante doutrina mórmon não consta no “Livro de Mórmon”? Porque o “Livro de Mórmon” ensina doutrina contrária, não admitindo possibilidade de salvação depois da morte:

Virá a noite tenebrosa, durante a qual nenhum labor poderá ser executado.

Pois que, nesta vida, é o tempo que o homem tem para se preparar para o encontro com Deus; sim, nesta vida é que o homem deve executar a sua obra.

E agora, como vos disse antes, como haveis tido tantos testemunhos, peço-vos, portanto, que não deixeis o dia do arrependimento para o fim; porque depois desta vida, a qual nos é dada para nos prepararmos para a eternidade, virá a noite tenebrosa, durante a qual nada poderá ser executado.

Não podereis dizer, quando fordes levados a esta terrível crise: Eu me arrependo, o que me fará voltar a Deus. Não, não podereis dizer isso; porque o mesmo espírito que possui os nossos corpos, quando deixardes esta vida, terá forças para possuir vossos corpos naquele mundo eterno.

Porque, se protelardes o dia do vosso arrependimento para o dia da vossa morte, eis que vos tereis submetido ao espírito do diabo, que vos tomará como coisa sua; e, portanto, o Espírito do Senhor se separou de vós, não tendo mais lugar em vós, ao passo que o diabo tem toda a força sobre vós; sendo este o estado final dos malvados (Alma 34.32-35 “Livro de Mórmon”, edição 1951 – pp. 337-338).

Resposta Apologética:

A palavra chave para entendermos essa Escritura é – eles – por que se batizam eles pelos mortos?, a fim de sabermos a quem Paulo falava. Paulo usa no mesmo capítulo pronomes como vós, vos, vossa, nossa, nós, nos. Somente no versículo 29 é que ele muda de tratamento: os que se batizam (eles). Considerando que há apenas um texto na Bíblia que se refere a este ensino e que Paulo se dirige a alguns não se incluindo entre eles, isto não tem apoio bíblico para tal ensino.

Ademais em Hebreus 9.27 lemos:

E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez vindo depois disto o juízo.

Em 2 Coríntios 6.2 lemos: Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.

Tais textos ensinam que após a morte vem o juízo (e não batismo), e que hoje é o dia da salvação e não depois da morte. “Livro de Mórmon” rejeita o batismo pelos mortos, tanto é que declara:

Sim, eu quisera que vos adiantásseis não endurecendo mais vossos corações; pois agora é chegado o tempo de vossa salvação; e se vos arrependerdes não endurecendo vossos corações, imediatamente será realizado o grande plano de vossa redenção.

Pois que, nesta vida, é o tempo que o homem tem para se preparar para o encontro com Deus; sim, nesta vida é que o homem deve executar a sua obra.

E agora, como vos disse antes, como haveis tido antes testemunhos, peço-vos, portanto, que não deixeis o dia do arrependimento para o fim; porque depois desta vida, a qual nos é dada para nos prepararmos para a eternidade, virá a noite tenebrosa, durante a qual nada poderá ser executado.

Não podereis dizer, quando fordes levados a esta terrível crise: Eu me arrependo, o que me fará voltar a Deus. Não, não podereis dizer isso; porque o mesmo espírito que possui os nossos corpos, quando deixardes esta vida terá forças para possuir vossos corpos naquele mundo eterno.

Porque, se protelardes o dia do vosso arrependimento para o dia da vossa morte, eis que vos tereis submetido ao espírito do diabo, que vos tomará como coisa sua; e, portanto, o Espírito do Senhor se separou de vós, não tendo mais lugar em vós, ao passo que o diabo tem toda a força sobre vós; sendo este o estado final dos malvados (“Alma” 34.31-35 – “Livro de Mórmon”, edição 1951 – pp. 337-338).

Observe a afirmação de que o diabo possuirá alguns se não se arrependerem na morte. O que dizer do ensino mórmon que o batismo pelos mortos é o assunto de maior responsabilidade neste mundo? Eles dizem que sim. A Bíblia aponta ao contrário:

Mestre, qual é o grande mandamento na lei? e Jesus disse-lhe Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento (Mt 22.36-37).

Os mórmons também se valem ainda de Malaquias 4.5-6 para defenderem este ensino antibíblico:

Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição (Ml 4.5-6).

Afirmam que aos que morreram sem serem batizados o plano de Deus fornece administração vicarial das ordenanças essenciais. Isto é adquirido por meio da posteridade, que batiza em favor dos ancestrais.

Este versículo não faz nenhuma alusão ao batismo pelos mortos, ou qualquer batismo. O texto aponta que o profeta vindouro teria por objetivo conciliar as famílias com Deus e consigo próprias, isto é, entre seus respetivos membros. João Batista direcionava sua pregação neste sentido (Lc 1.17). Não haverá bênçãos, nem vida abundante no Espírito, se o povo de Deus não fizer da autoridade familiar, do amor e da fidelidade, as prioridades absolutas da Igreja. A pureza e a retidão do lar precisam ser mantidas. A responsabilidade pela realização de tais tarefas cabe ao pai de família. Os pais devem amar os filhos, orando por eles, dedicando-lhes tempo, advertindo-os contra os caminhos ímpios, e ensinando-lhes diligentemente a Palavra de Deus e o padrão de retidão (“Comentário da Bíblia Pentecostal”, p. 1377, editores CPAD).

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