Apologética



Mormonismo – Genealogia e Trabalho no Templo - Parte XI


Como Realizar no Templo as Ordenanças:

1. Batismo pelos mortos:

Existem três passos para se realizar ordenanças pelos mortos, no templo. São os seguintes: a pesquisa de nossa genealogia, a entrega dos nomes e nossa presença no templo.

A PESQUISA DE NOSSA GENEALOGIA

As ordenanças no templo não podem ser feitas por pessoas sem nome. Devemos identificar nossos ancestrais. Devemos escrever seus nomes, locais de nascimento, datas de nascimento e os nomes dos seus pais. Isso é o que chamamos de pesquisa genealógica. O departamento Genealógico da igreja nos ajudará a aprender como efetuar esta pesquisa.

Nossos líderes da igreja nos têm solicitado que comecemos a fazer nossas genealogias, reunindo informações sobre nossos ancestrais por quatro gerações. Essas quatro gerações incluem nós mesmos, nossos pais, nossos avós e nossos bisavós. Depois de havermos identificado os membros de nossas famílias por quatro gerações, devemos continuar a pesquisar em busca de mais nomes e de informações vitais sobre os nossos ancestrais que viveram antes deles.

SUBMISSÃO DOS NOMES

Após havermos identificado nossos ancestrais, devemos submeter seus nomes às autoridades apropriadas do sacerdócio. Aí, então, as ordenanças no templo poderão ser realizadas em seu benefício. Se precisarmos de auxílio na entrega dos nomes, nossos líderes do Sacerdócio podem ajudar-nos.

NOSSA PRESENÇA NO TEMPLO

Depois de irmos ao templo e recebermos as ordenanças por nós mesmos, devemos voltar para realizar ordenanças pelos mortos (“Princípios do Evangelho” – Edição 1988, p. 249).

Resposta Apologética:

A Bíblia ensina que o templo de Deus é espiritual e feito para os cristãos com Cristo como base:

E qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação, da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. Acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro (Ef 1.19-21).

Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo (1 Co 3.9-11).

E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei: e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo (2 Co 6.16).

Depois disto, se Paulo tivesse entendido algo sobre o trabalho em favor dos mortos nos templos, ele não teria condenado tais práticas:

Nem se dêem às fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora (1 Tm 1.4).

Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs (Tt 3.9).

CASAMENTO ETERNO – SELAMENTO

Os mórmons descrevem a importância desse tipo de casamento para a eternidade da seguinte forma:

O casamento é uma das ordenanças no templo. O casamento no templo sela (une ou liga) um homem e uma mulher como marido e esposa, para a vida aqui na terra e para a eternidade. Além disso, quando os pais que foram selados no templo têm filhos mais tarde, essas crianças nascem sobre o convênio, e estão automaticamente seladas a seus pais. Se um homem e uma mulher são casados no civil eles poderão ir ao templo mais tarde e ser selados para a eternidade. Poderão também trazer suas crianças para serem seladas a eles (“Princípios do Evangelho”, edição de 1988, p. 248).

Apresentam os mórmons as seguintes vantagens deste selamento ou casamento:

OS BENEFÍCIOS DE UM CASAMENTO ETERNO

Como santos dos últimos dias, vivemos para a eternidade e não apenas para um momento. Todavia, as bênçãos de um casamento eterno poderão ser nossas agora, bem como por toda a eternidade.

As bênçãos que podemos gozar nesta vida são:

1. Sabemos que o nosso casamento pode durar para sempre. A morte pode separar-nos apenas temporariamente. Nada pode nos separar para sempre, exceto nossa desobediência consciente. Esse conhecimento nos ajuda a trabalhar mais arduamente para termos um casamento feliz e bem-sucedido.

2. Sabemos que podemos ter nossos filhos conosco por toda a eternidade. Devido a esse conhecimento, somos mais cuidadosos na maneira como ensinamos e treinamos, mostramos maior paciência, somos mais amorosos para com eles. Como resultado disto, temos um lar feliz.

Algumas das bênçãos que podemos gozar na eternidade são:

1. Podemos viver no grau mais alto do reino celestial de Deus.

2. Podemos ser exaltados como Deus é hoje e receber uma plenitude de alegria.

3. Podemos, algum dia no futuro, aumentar nossa família tendo filhos espirituais (“Princípios do Evangelho” – Edição 1988, p. 234).

Resposta Apologética:

O único casamento eterno de que fala a Bíblia é o casamento espiritual entre o crente e Cristo:

Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, Cristo (2 Co 1.2).

Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus (Ap 19.7-9).

Cristo nunca mencionou a necessidade de casamento eterno. Na verdade, Ele falou exatamente o contrário:

E, respondendo Jesus, disse-lhes: Os filhos deste mundo casam-se, e dão-se em casamento; Mas os que forem havidos por dignos de alcançarem o mundo vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento; Porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição (Lc 20.34-36).

Destes textos entendemos que a união entre um homem e uma mulher não tem continuidade no céu. Tenha presente o versículo 36 que Jesus está se referindo aos cristãos que são chamados filhos de Deus. Outro pormenor é que o “Livro de Mórmon” silencia sobre esta necessidade de casamento celestial:

Porque o Senhor não obra por meio de combinações secretas, nem quer que os homens derramem sangue, o que, ao contrário, tudo Ele proibiu desde a origem do homem.

E então Eu, Moroni, não escrevo o modo pelo qual eles fizeram seus juramentos e combinações, porque chegou ao meu conhecimento que estas coisas existem entre todos os povos, e que existiram entre os lamanitas (Éter 8.19-20 – “Livro de Mórmon”, – Edição 1951, p. 581).

“Então, eis” que foram estes os juramentos e convênios secretos que Alma ordenou a seu filho não revelar ao mundo, para que não se tornassem estímulos para conduzir o povo à sua destruição.

Então, eis que esses juramentos e convênios secretos não foram transmitidos a Gadiantom pelos anais confiados a Helamã; mas eis que estas coisas foram postas em seu coração pelo mesmo ser que sugeriu aos nossos primeiros pais a idéia de comer do fruto proibido (Helamã 6.25-26 – “Livro de Mórmon”, – Edição 1951, p. 443).

Uma das vantagens apresentadas como resultado do selamento para a eternidade é:

Podemos ser exaltados como Deus é hoje...

Em outra linguagem: podemos tornar-nos deuses. Joseph Smith Jr. é mais claro no seu ensino e afirma:

Aqui, então, está a vida eterna – conhecer o único Deus sábio e verdadeiro; e tereis de aprender como vos tornar deuses vós mesmos e como serdes reis e sacerdotes para Deus, da mesma forma como todos os deuses fizeram antes de vós, isto é, passando de um pequeno degrau para outro, de uma capacidade menor para outra maior; de graça em graça, de exaltação em exaltação, até que consigais ressuscitar os mortos e sejais capazes de habitar em fulgores eternos e assentar-vos em glória, como aqueles que estão entronizados em poder infinito (“Princípios do Evangelho”, Joseph Fielding Smith-Edição 1975, pp. 337-338).

Resposta Apologética:

Essa pretensão de tornar-nos deuses é muito antiga. Vem do Éden, quando Adão ouviu a voz da serpente fazendo-lhe o convite: sereis como Deus... (Gn 3.5). A conseqüência se lê em Rm 5.12: Como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram. O primeiro ser que quis se tornar igual a Deus foi Lúcifer e o resultado foi desastroso para ele:

Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo (Is 14.12-14).

Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas (Ez 28.14-16).

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