5.I – PANTEÍSMO
Panteísmo é a doutrina que prega Deus como parte da natureza.
Deus é a fonte da vida. Tanto o corpo espiritual do homem quanto o material são partes dele. Deus e o homem estão indissoluvelmente relacionados como o estão pai e filho (“Ensinamentos de Nidai-Sama”, vol. 1, p. 58).
Não distinguir entre Deus e o homem – tanto o corpo espiritual do homem quanto o espiritual são parte de Deus – é ensinar o panteísmo. Deus não é parte do homem; esta assertiva é que constitui o fundo doutrinário do bramanismo, do budismo e das religiões da China e do Japão em geral. Logo, a IMM identifica-se no seu ensino com tais religiões pagãs.
Resposta Apologética:
1. Deus é transcendental, único, inteiramente diferente de qualquer criatura, assim como o carpinteiro é distinto do móvel que fabrica. Ao homem, cabe a pergunta: Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? (Jó 38.4).
2. Distinto do homem: Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? (S1 8.3-4).
3. Separado do mundo: Ele é o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda para neles habitar (Is 40.22); Desde a antigüidade fundaste a terra; e os céus são obra de tuas mãos (Sl 102.25).
4. O Criador: No princípio criou Deus os céus e a terra (Gn 1.1).
Por outro lado, enquanto a IMM ensina o panteísmo, admite também o politeísmo.
5.2 – POLITEÍSMO
Jeová, Deus, Logos, Tentei, Mukyoku, Amaterassu-ookami, Kunitatitoko-no-mioto, Cristo, Shaka, Amida eKannon constituem o alvo de adoração de diversas religiões. Além desses que são os principais poderíamos citar inúmeros outros, como Ikoto, Nyorai, Dayshi etc. Sem dúvida alguma, não levando em conta Inari, Tengu, Ryujin etc., que pertencem a crenças inferiores, todas são divindades de alto nível (“Alicerces do Paraíso”, vol. 4, p. 5).
Talvez não haja uma só pessoa que, ao dormir, não tenha sonhado. O sonho pode ser de vários tipos: mensagens das divindades; aviso do Espírito Guardião; sonhos freqüentes com pessoas nas quais pensamos; sonho que venha e se concretizar de forma contrária ou idêntica à que se sonhou (“Alicerces do Paraíso”, vol. 4, p. 108).
Falar de divindades, crendo nelas, é admitir o politeísmo. E é assim que se pronuncia a IMM: As pessoas geralmente tendem a cultuar as divindades da mesma forma porque pensam que todas são iguais. Entretanto, precisamos saber que mesmo entre elas há classes hierárquicas: superior, média, inferior. Em ordem decrescente essa hierarquia, iniciando pelo Altíssimo, vai até Ubussunagami, Tengu, Rvujin, Inari e outros (“Alicerces do Paraíso”, vol. 4, p. 56).
Resposta Apologética:
a) Há um só Deus: Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos e por todos e em todos (Ef 4.6). O Cristianismo é uma religião por natureza monoteísta, ou seja, não admite a existência de outro deus: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus... Há outra rocha além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça (Is 44.6-8). Este Deus, eterno e auto-suficiente, subsiste na forma de três pessoas – note que não são três divindades, mas um Deus Trino: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança, e domine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra (Gn 1.26, destaques nossos).
b) Os deuses cultuados pelos homens, que não são o Deus verdadeiro, não são de fato deuses, são artifícios ou invenções humanas. Não têm préstimo algum: Quem forma um deus a funde uma imagem de escultura, que é de nenhum préstimo? (Is 44.10). São deuses forjados, ilegítimos, inoperantes: Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses (Gl 4.8).
c) Tais divindades, o que torna a idolatria ainda mais abominável, são adotadas por demônios, passando a personificá-los. A adoração que se presta a elas éconseqüentemente dirigida a demônios: Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificio ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam a ídolos, as sacrificam aos demônios, e não a Deus (1 Co 10.19-20).
5.3 – JOHREI
Johrei é uma palavra de origem japonesa. Pronuncia-se djohrei e é formada de duas palavras: joh, purificar; e rei, espírito ou corpo espiritual.
Alguns esclarecimentos que a IMM presta sobre esta prática:
Iniciamos nossa atividade religiosa com o nome de ‘Daí Nippon Kannon Kai’, mas o Johrei foi proibido após um ano de fundação da Igreja. Depois, com permissão das autoridades, foi praticado como método de tratamento, com os seguintes nomes: ‘Daí Nippon Kenko Kyokai’ (‘Associação de Saúde Daí Nippon’). ‘Okadashiki Shiatsu Ryoho (‘Método de tratamento por meio de massagem no estilo Okada’). ‘Nippon Joka Ryoho’(‘Método terapêutico de purificação Nippon’) (“Igreja Messiânica Mundial”, dezembro/1980, p.68).
O Johrei foi revelado por Deus, concretizado pelo mestre, e permitido aos fiéis da Igreja Messiânica Mundial. O poder do Johrei emana do mundo de Deus, onde não se interpõe a ação da mente humana nem a força do homem. O Johrei é a luz de Deus canalizada por Meishu-Sama para o ‘Okari’ (luz divina), consagrada no Solo Sagrado por Kyoshu- Sama e irradiada através das mãos dos fiéis.
Exemplificando: pode-se supor Deus como a estação de rádio, o mestre um transmissor e o fiel o receptor. Assim, se houver algo impedindo a onda eletromagnética, sua recepção será dificuldade; da mesma forma se tiver interferência da força humana no Johrei, a luz será reduzida. O Johrei pertence ao campo espiritual, inexplicável pela ciência atual; é o sagrado ato de purificação (“Igreja Messiânica Mundial”, dezembro / 1980, p.63)
A IMM considera essa prática como a mais importante de todas:
A IMM é uma religião com poderes suficientes para eliminar os sofrimentos da humanidade. Sua atuação é uma ‘Obra de Salvação’ ultra-religiosa. O johrei é um dos pontos mais importantes da doutrina messiânica, podendo-se dizer que ele é a essência da mesma, o que melhor a caracteriza, não havendo nada que lhe compare (“Alicerces do Paraíso”, vol. 5, p.69).
A prática do Johrei, em si, é baseada numa sessão de imposição de mãos na frente e nas costas da pessoa. Para que tenha eficácia é preciso o amuleto (Ohikari).
5.4. – SAGRADO PONTO FOCAL (OHIKARI)
Quando recebe seu Ohikari (sagrado ponto focal) e se torna um messiânico, você passa a fazer parte integrante da Igreja. Desse momento em diante, a Luz Divina é canalizada através de Meishu-Sama, do solo sagrado para a Sede Central e de sua própria Igreja para alcançar o seu Ohikari. Esse invisível elo espiritual é estabelecido no Reino Espiritual e, para manter a luz fluindo poderosamente através dele, todas as coisas da nossa vida devem ser mantidas em equilíbrio (“Recomendações para os Messiânicos”, p. 259).
O messiânico precisa de cuidados especiais com sua medalha: Como cuidar do Ohikari:
O seu Ohikari é um Sagrado Depositário a ser zelado e tratado com toda a reverência. Para manter sua pureza, lembre-se:
1. Ele é unicamente seu e não pode ser dado, vendido ou emprestado a ninguém;
2. Use-o sempre sobre o peito, pendurado ao pescoço;
3. Ao tirá-to ou recolocá-lo, segure-o com reverência por um momento, numa atitude de prece;
4. Antes de tirá-lo, lave as suas mãos;
a) Quando em casa, em ocasiões de banho, por exemplo, coloque-o numa caixa especialmente preparada ou pendure-o num prego novo e especial. Esteja certo de que nada seja colocado acima, ou sobre ele;
b) Quando não estiver em casa, envolva-o numa folha de papel nova ou lenço novo, colocando-o em lugar protegido (“Recomendações para os Messiânicos”, pp.32-33).
Portar amuletos ou medalhas sagradas, crendo que possam emanar ou canalizar poderes especiais é, por um lado, superstição pura e, por outro, idolatria e misticismo. Entre o povo pagão, as práticas ocultistas multiplicam-se a olhos vistos – o Ohikari nada mais é que uma delas. A medalha Ohikari é um amuleto ao qual se atribui o poder de afastar perniciosos eflúvios, denominados máculas na IMM.
Resposta Apologética:
Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinqüenta mil peças de prata (At 19.19). Quando tiveram um encontro com o Deus Todo-Poderoso, por meio da pregação de Paulo, o povo da cidade asiática de Éfeso, habituado a toda sorte de prática pagã, não teve nenhuma dúvida ou dificuldade para queimar tudo quanto antes lhe impedira de conhecer a verdade. Haviam encontrado a luz que lhes permitiria ver tudo claramente. Suas artes místicas, magias e mágicas já não serviam para nada.
Toda prática ocultista é veementemente condenada nas Escrituras a vista como abominação para Deus, pois fere sua intenção de que todos os homens o adorem em espírito e em verdade. Cegos à luz verdadeira (cf. Jo 1.9), prendem-se a toda forma de engano a mentira, distanciando-se cada vez mais do único Deus que pode salvá-los: Ao único Deus, Salvador nosso, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora, e para todo o sempre (Jd 25).
Elimas, o encantador, que procurava a todo custo afastar da fé o procônsul Sérgio Paulo, foi não só repreendido por Paulo, como ficou cego: Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor? (At 13.10). Tudo quanto serve para privar as pessoas de um encontro pessoal com o Deus vivo é pernicioso e atende a propósitos diabólicos. Não é de admirar que o diabo valha-se de todos os meios ao seu alcance para manter os homens afastados e cegos à verdade, pois se a conhecessem não mais lhe serviriam (cf. Jo 8.32).
5.5. – MÁCULAS
A origem das máculas é indicada da seguinte forma:
Causa das nuvens espirituais – As máculas ou nuvens espirituais podem ser herdadas dos antepassados, trazidas de encarnações anteriores, originadas por pensamentos, palavras e atos de maldade (máculas da atual encarnação), geradas pela ingestão de produtos nocivos (produtos cientificos, medicinais, produtos incorporados à alimentação) os quais turvam o sangue (o sangue é o espírito materializado). Quanto mais aumentam as máculas, mais baixo se torna o nível espiritual, e, conseqüentemente, maior é a infelicidade da pessoa (“Apostila para Aula de Iniciação”, p. 6).
Como se observa, para a origem das máculas são as seguintes causas:
a) herdada dos ancestrais;
b) causada pelos desvios cometidos da encarnação anterior;
c) por todos os erros que a pessoa comete nesta encarnação;
d) turvação no sangue no corpo físico devido à ingestão de produtos tóxicos.
Resposta Apologética:
a) Tanto a primeira causa apontada quanto a segunda não se confirmam na Bíblia. Primeiramente, está dito que a alma que pecar esta morrerá (Ez 18.4). O filho não leva o pecado do pai e vice versa: O filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho (Ez 18.20, 21).
Em segundo lugar, as Escrituras não dão base à doutrina da reencarnação, que é claramente espírita e pagã. Esta doutrina apresenta se como uma explicação lógica para o sofrimento humano, que ignora a posição bíblica: Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram (Rm 5.12). A causa de todos os males é o pecado e só há um remédio definitivo – A Bíblia nos conta que Deus providenciou este remédio. Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar, nem o seu ouvido agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça (Is 59.1 2); De que se queixa, pois o homem vivente? Queixe se cada um dos seus pecados (Lm 3.39).
b) O efeito do pecado de Adão e sua descendência pode ser ilustrado pelo que acontece a uma máquina delicada, usada indevidamente. O mecanismo desenvolverá problemas e, com o tempo, deixará de funcionar. De modo idêntico, a criatura humana agiu contra a natureza (sua), alienando se da intenção original do Criador, e o resultado não foi outro: E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua concepção; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz da tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra pôr causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá, e comeras a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás (Gn 3.16-19).
c) O mal do homem é o seu pecado, por cuja causa surgiram as doenças, a dor e o sofrimento. Os alimentos podem até causar doenças, mas, por quê? Porque constituem o produto de uma terra enferma, sob maldição. A boa intenção de Deus, entretanto, é pôr fim a esta situação calamitosa, eliminando de vez o pecado. Quanta a isso, Ele mesmo tomou a iniciativa: Eu, eu mesmo, sou o que apaga as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados me não lembro (Is 43.25); Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador (Is 43.11).
d) O meio (remédio falado antes) encontrado por Deus para a solução da problemática humana, tanto o pecado quanto a morte, é Jesus Cristo: Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16); Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 6.23).
e) Da parte do homem, torna-se mister o arrependimento e a aceitação de Jesus: Se vos não arrependerdes, todos de igual modo perecereis (Lc 13.3); Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome (Jo 1.12).
5.6 – ALIMENTOS SEM PRODUTOS QUÍMICOS
Desde que as máculas do corpo espiritual surgem também em conseqüência da utilização indevida de remédios, adubos e outros produtos de alto grau tóxico, a IMM recomenda a agricultura natural.
É dada ênfase ao plantio natural sem adubos químicos ou inseticidas:
Além do mais, adubos e inseticidas agrícolas, bem como substâncias químicas e diversos elementos adicionais aos alimentos que o homem ingere de modo inevitável, devido ao meio em que vive, são causadores dos chamados ‘danos alimentares’. E mais ainda, há várias toxinas geradas pelas impurezas da água e do ar, isto é, em virtude da poluição, as quais invadem o interior do corpo, aí permanecendo (“Igreja Messiânica Mundial”, dezembro/1980, p. 58).
A priori, nada contra os alimentos naturais, mas qual é a fonte dessa inspiração doutrinária? O já falado panteísmo segundo o qual a natureza possui a força vital e fecunda da própria divindade. Assim, a Terra passa a ser tida como divina, ou parte da divindade.
Resposta Apologética:
Deus é o Criador da natureza e não parte dela: Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam (Sl 24.1). Não discernir o Criador da criatura é tirar a glória que a Deus é devida: Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis (Rm 1.22-23).
5. 7 – OFERENDAS A DEUS
Como a Igreja Messiânica Mundial traduz seu agradecimento ao deus panteísta?
Antes das orações que se entoam diante do altar, durante os cultos da Igreja Messiânica Mundial, são colocadas pelos oficiantes as oferendas.
São respeitosamente portadas sobre potes de madeira crua chamados Sambo e, numa ordem determinada pelo ritual, depositadas sobre o altar.
As oferendas são constituídas de frutas, verduras e legumes dos mais variados, bem como, entre outros produtos alimentícios, não devem faltar o peixe, a água, o arroz e o sal. Cada produto representa um símbolo e de modo geral se fazem presentes os alimentos providos do campo, da montanha e das águas.
Em síntese, esse ritual vem a ser nossa forma de humilde agradecimento, isto é, de seres humanos para Deus que nos proveu com a Sua Santa Fartura. É uma forma materializada e visível de gratidão que nos vai na alma, pelas abundantes bênçãos recebidas (“Recomendações para os Messiânicos”, pp.14-15).
Resposta Apologética:
Cultuar a terra é honrar mais a criação do que o Criador: Portanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificam como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insento se obscureceu (Rm 1.21).
5.8 – MILAGRES
A Igreja Messiânica Mundial afirma que os milagres provam que ela é a religião verdadeira:
Eis porque, nossa igreja surge incontáveis milagres: são curadas doenças consideradas incuráveis pela medicina; são evitadas coisas que deveriam acontecer às pessoas como: perigos de desastres, de incêndio e etc. Por conseguinte, quanto mais se manifesta o benefício material, mais prescisamos estar conscientes de que, no centro dessa Religião, está presente o supremo Deus (“Alicerce do Paraíso”, vol.4, p.55).
E continuando a Igreja Messiânica Mundial:
Tornando-se messiânica, ela compreenderá também que uma das grandes características de nossa religião é a ocorrência de muitos milagres. Certamente a História das Religiões não registra nenhuma outra em que eles sejam tão numerosos. Milagre, como já referimos, é benefício material, por isso não há dúvida de que consideremos atingir o nosso objetivo; construir um mundo absolutamente isento de doença, miséria e conflito (“Alicerce do Paraíso”, vol.4, p.19).
Procuram atestar a veracidade de seus milagres e de ser a IMM uma religião verdadeira – citando que Cristo fazia também milagres:
E desde quando existem os mistérios chamados milagres? Temos registrados os milagres de Cristo, os quais são muito conhecidos e dispensam comentários; no Japão, evidenciam-se entre outros, o de Nitiren e os realizados pelos fundadores das igrejas Tenri-Kio, Oomoto Kio, Konko Kio, Hito no Miti (atualmente igreja Perfect Liberty). Sabe-se que em vários outros lugares ocorrem pequenos milagres, mas o interessante é que nas mais antigas e abalizadas religiões eles quase não ocorrem. É possível que, quando seus fundadores estavam vivos, tenham realizados muitos milagres, mas com o passar do tempo se extinguiram por completo ( “Alicerce do Paraíso”, vol.4, p.18).
Resposta Apologética:
a) Nem sempre os milagres provam a verdade de uma religião, sendo condenados pela Escritura quando dela divergem, servindo de laços para o povo nas mãos de falsos líderes religiosos: Quando profeta ou sonhador de sonhos levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, de que houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma (Dt 13.1-3).
b) Jesus preveniu contra os falsos Cristos e falsos profetas que fariam sinais e prodígios, com possibilidade de enganar até os escolhidos: Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos (Mt 24.24). Sobre o anticristo: A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem (2 Ts 2.9-10).
5. 9 – O HOMEM COM TRÊS ESPÍRITOS
Segundo o ensino da IMM, o homem tem três espíritos:
Materialmente, o nascimento de um ser humano se origina na concepção. Um espermatozóide do macho penetra no óvulo da fêmea e a fecundação se processa. Espiritualmente, entretanto, uma parte individualizada de Deus estabelece-se no óvulo. Essa é a alma de um ser humano.
A alma é o espírito primário, divina em sua natureza e é o centro da consciência espiritual do homem. Ela está localizada no plexo solar. Por ser pura e perfeita, ela precisa ser revelada e expandida na sua encarnação fisica.
O espírito primário está diretamente conectado a Deus e com espíritos divinos por um elo espiritual, através dos quais seu desejo, de Deus, é transmitido ao espírito primário.
Depois do nascimento, dois outros espíritos vêm ao encontro do espírito primário, e forma-se grande relação entre os três. São o espírito secundário e o espírito guardião (“Apostila para Iniciação”, pp. 12-13).
Descrevendo os dois outros espíritos, assim se lê:
O secundário, que é animal em sua natureza, geralmente penetra o indivíduo na idade de um ou dois anos. Ele está ligado aos espíritos divinos e é o responsável por todos os desejos fisicos de posse, fama, sucesso etc. O espírito guardião tem sido descrito em outros artigos. Ele é selecionado dentre os ancestrais do indivíduo, no mundo espiritual, e permanece junto – mas não dentro da pessoa – até sua morte física (“Apostila para Iniciação”, pp. 12-13).
Resposta Apologética:
a) O homem é um ser de natureza tríplice: corpo, alma, espírito.
E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; a todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de Nosso Senhor e SalvadorJesus Cristo (1 Ts 5.23).
b) O espírito e a alma, embora distintos, são inseparáveis:
Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos do coração (Hb 4.12).
c) A imagem de Deus no homem está no espírito e o espírito do homem se assemelha ao espírito de Deus em muitos aspectos. Podemos ver a imagem de Deus no homem de três maneiras:
1) Na sua natureza moral: o senso do certo e do errado;
2) Na sua natureza estética: o amor à beleza;
3) Na sua natureza espiritual: o desejo de adorar e a capacidade de ter comunhão com Deus.d) O espírito dos que morreram não acompanha os vivos para protegê-los, como se diz do espírito guardião. A proteção dos que servem a Deus em verdade vem do próprio Deus: Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do onipotente descansará. Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei (Sl 91.1-2).
e)Esses espíritos guardiões são aqueles que se transfiguram em anjos de luz, mas a Bíblia dá a sua verdadeira identidade: Então saiu um espírito, e se apresentou diante do Senhor, e disse: Eu o induzirei. E o Senhor lhe disse: Com quê? E disse ele: Eu sairei, e serei um espírito de mentira na boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o induzirás, e ainda prevalecerás; sai e faze assim (1 Rs 22.21-22).
5. 10 – PARAÍSO TERRESTRE
De vez em quando a IMM se lembra de Cristo para justificar seus ensinos e, falando do paraíso terrestre, não fugiu à regra:
A começar por Cristo, todos os fundadores de religiões fizeram profecias sobre o fim do mundo, mas isto, em verdade, significa o fim do mundo maligno e o advento de um mundo ideal, isento de doenças, misérias e conflitos, o mundo de Verdade, Bom e Belo, o mundo de Miroku, reino dos céus etc. Os nomes diferem, mas o significado é único (“Alicerce do Paraíso”, vol. 4, p. 76).
Esse paraíso terrestre é parte da revelação dada a Meishu-Sama:
Disse Meishu-Sama: Deus estendeu a sua amorosa mão para salvar o homem, fortificando-o com sua luz. Meishu-Sama foi iluminado sobre o Divino Plano, para realizar o mundo ideal com Verdade, Virtude e Beleza, pois chegará o tempo para que a humanidade o concretize. A realização do paraíso da Terra foi planejada por Deus desde os primórdios de sua criação, e o homem nasceu para cumprir seu plano. Portanto, Meishu Sama fundou a Igreja Messiânica Mundial com este propósito: a realização do céu na Terra, com Verdade, Virtude e Beleza que trarão saúde, prosperidade e paz (“Igreja Messiânica Mundial” - 1971/1972, p. 13).
Resposta Apologética:
a) Para ver o Reino de Deus, é imprescindível nascer de novo (Jo 3.3), isto é, ser regenerado pelo poder de Jesus, ouvindo e crendo no Evangelho: Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16).
b) A verdade do Evangelho é comunicada interiormente pelo Espírito Santo, o qual atua mediante a Palavra de Deus (Ef 6.17, 1 Pe 2.2), convencendo o homem do pecado (Jo 16.7 9), a fim de que, após o arrependimento, se torne nova criatura e cidadão do céu: Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (2 Co 5.17).
c) Jesus prometeu que a morada eterna dos que o receberam, se tornando em conseqüência filho de Deus (Jo 1.12), é o céu: Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo lo teria dito; vou preparar vos lugar. E se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também (Jo 14.2 3); Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas (Fp 3.20 21).
5.11 – CULTO AOS ANCESTRAIS
Falando da Segunda líder, Nidai-Sama, assim se diz:
Coube a ela também, planificar a parte litúrgica, o estabelecimento de normas litúrgicas: Antepassados de Hakone – outubro de 1985-, foi determinado o culto de Kaishiki-Gooshi e diversos outros cultos mais formando assim uma religião viva através do equilíbrio entre o espírito e a matéria – a identidade espírito-matéria (“Ensinamentos de Nidai-Sama”, vol. 1, p. 8).
O costume oriental de honrar os antepassados mortos, na crença de que estão conscientes num mundo invisível e que pode ser de ajuda (daí a necessidade de cultuá-los), é um costume pagão, próprio do Xintoísmo, que se baseia no culto aos Kami (espíritos dos mortos) da família, ou da vila, ou do clã e outros.
Resposta Apologética:
a) É devido e correto o respeito aos pais vivos:
Honra o teu pai, e a tua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que te dá o Senhor teu Deus (Dt 5.16). Ouve o teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer (Pv 23.22).
b) Ensina ainda que os mortos bem-aventurados estão conscientes no céu (Ap 6.9-11; Fp 1.21-23; 2 Co 5.6-8) e os mortos impenitentes estão no Hades/Seol (inferno) em tormentos (Lc 16.22-25; 2 Pe 2.9) e não se comunicam com os vivos: Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre os dentes – não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra nunca verão a alva (Is 8.19-20).
5.12 – REMISSÃO DE PECADOS
Quando alguém contribui financeiramente para a IMM, está eliminando suas máculas: A partir do instante em que doamos dinheiro, espontaneamente gratos por todas as bênçãos recebidas, muitas das nossas máculas serão eliminadas. Eu não gosto de falar em dinheiro, pois as pessoas não entendem o que quero dizer. Mas nossos membros devem saber o que verdadeiramente pretendo (“Ensinamentos de Nidai-Sama”, vol. 1, p. 68).
Continua a IMM esclarecendo que:
O dinheiro dado à causa de Deus é como tesouro guardado, mais seguro do que em qualquer cofre, uma vez que é empregado com juros e devolvido na época adequada pelo caminho certo. Isso é realmente notável. Deus nunca permite que seus Servos dedicados sofram privações financeiras, mesmo quando passam por dificuldades. Assim funciona a lei do mundo (“Tornemo-nos Dignos de Amor”, vol. 2, p. 69).
Resposta Apologética:
a) O dinheiro dado à causa religiosa não pode apagar as máculas de ninguém, nem perdoar pecados ou cancelar dívidas espirituais: Aqueles que confiam na sua fazenda e se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele (pois a redenção da nossa alma é caríssima e seus recursos se esgotam antes) (S149.6-8).
b) Assim, contribuir financeiramente para a IMM com este propósito – ser aliviado das máculas – é jogar dinheiro fora: Porque gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura (Is 55.2).
c) A redenção do homem foi concluída por Cristo no Calvário, e somos purificados unicamente pelo seu sangue: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado (1 Pe 1.18 19); O sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo o pecado (1 Jo 1.7); ...àquele [Jesus] que nos ama, e em seu sangue nos lavou de nossos pecados (Ap 1.5).
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