Uma pessoa familiarizada com a Bíblia se mostra surpresa com a clara declaração espírita de que constituem a terceira revelação de Deus aos homens. Isto porque o Deus da Bíblia se mostrou abertamente contrário aos cultos de invocação de mortos como se lê em Dt 18.9-12, que declara: Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos (destaque nosso). É a prática mais saliente do espiritismo. Agora, para maior surpresa nossa, a umbanda arroga para si o título pomposo de Quarta revelação de Deus aos homens. E então raciocinam: Moisés trouxe a primeira revelação, Cristo veio com a segunda revelação, Kardec declarou o espiritismo a terceira revelação, mas a umbanda seria a última, a quarta revelação. Assim como Cristo retificou e superou Moisés, como Kardec corrigiu e suplantou Cristo, assim a umbanda julga purificar e vencer Kardec, Cristo e Moisés.
Segundo eles, os umbandistas tiveram a felicidade de entrar em relações com espíritos superiores aos daqueles que ditaram suas mensagens a Allan Kardec. Enquanto os kardecistas pretendem entrar em contato com os espíritos dos mortos; a umbanda admite ter três tipos diferentes de espíritos do além: os orixás, que são tipos como deuses intermediários entre o seu deus e os homens; os exus, que são espíritos perversos, também chamados de elementais; e os eguns, que seriam os desencarnados sendo conhecidos como pretos velhos e caboclos.
Como admitir essa pretensão quando o próprio Deus se manifestou contra o que crê e pratica a umbanda? Ainda assim, se arroga a umbanda como quarta revelação de Deus aos homens. Para aceitarmos essa pretensão, só admitindo o que Paulo declarou em 2 Co 4.4: Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. Também, quanto à evocação de orixás, exus, mortos (pretos velhos e índios), a Bíblia é enfática, atribuindo essa atividade como culto aos demônios: Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios (1 Co 10.19-20). Adivinhação (búzios) são práticas proibidas pela Bíblia. Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles (Is 8.19-20 veja também Lv 19.31; 20.6-27; Dt 18.10-12).
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