Apologética



Islamismo – Parte 06 – A formação do Alcorão – O livro sagrado muçulmano


6.1 – O CONCEITO DE REVELAÇÃO DE MAOMÉ

Segundo o Islamismo, o Alcorão é eterno no céu. O Alcorão foi escrito em placas de ouro no céu. O anjo Gabriel se aproximou de Maomé e lhe disse: Recite! Então Maomé memorizou o que escutou deste ser angelical, e recitou de memória, tudo que escutou. Conforme ele recitava a seus companheiros, iam escrevendo tudo que escutavam.

As recitações contidas no Alcorão foram dadas conforme a necessidade das situações em que se encontrava Maomé. Aparentemente, Maomé foi a uma caverna aos pés do Monte Hira, perto de Meca, para buscar estas revelações, enrolando-se num manto, da mesma forma que os outros faziam para buscar estas experiências. As primeiras revelações podiam ser anuladas por revelações mais recentes.

O Alcorão confirma todas as escrituras anteriores, que são a Lei de Moisés, os Salmos de Davi e o Evangelho de Jesus. Estes livros foram dados a estas pessoas da mesma forma que o Alcorão foi dado a Maomé. Como o Alcorão veio por último, já não se faz necessário estudar os livros anteriores. Segundo o islã, o Alcorão é todo-suficiente. Nunca mais haverá outro profeta ou livro sagrado. O Alcorão é a revelação final.

6.2 – COMO SE FORMOU O ALCORÃO APÓS A MORTE DE MAOMÉ?

Não tinha sido escrito de uma forma sistemática. Os primeiros adeptos do Islã memorizaram o Alcorão. Abu Bakr, a conselho de Omar, decidiu fazer uma coleção das revelações. Deve-se observar que por volta do ano 11 da Hégira havia morrido em combate grande número de adeptos do Profeta que sabiam de cor os textos corânicos. Zaïd ben Tsabit, que fora um dos escribas de Maomé, recebeu a incumbência de reunir tudo que havia sido escrito sobre os diferentes temas de revelação e também tudo que os companheiros do Profeta haviam retido na memória. Essa primeira compilação dos textos corânicos, embora não possuísse autoridade oficial, iria desempenhar papel relevante por ocasião da elaboração de uma nova compilação sob o califado de Otmã. Deve-se observar que a redação feita por Zaïd não foi a única: outros companheiros de Maomé promoveram também compilações particulares que apresentavam divergências entre si e provocaram naturalmente divisões doutrinárias entre os crentes. Compreende-se assim a decisão de Otmã no sentido de mandar fazer uma redação oficial do livro santo. O califa apelou para o auxílio de Zaïd cuja compilação serviu de base para o estabelecimento do novo texto. A nova versão foi então imposta oficialmente pelo califa: enviaram-se cópias às principais cidades com ordem de destruição das demais coleções. Compreende-se que essa imposição oficial tenha despertado reações por parte de muitos muçulmanos (“História do Mundo Árabe”, Mário Curtis Giordani, Ed. Vozes).

6.3 – OUTRAS FONTES DE AUTORIDADE ALÉM DO ALCORÃO

A tradição de Maomé foi primeiramente seguida por seus companheiros mais próximos e depois por seus sucessores, era chamada de Tradição Viva ou Sunnah. A Sunnah existia à parte do Alcorão e abarca tudo o que Maomé disse e fez. Eventualmente a Tradição Viva foi escrita e classificada em volumes chamados Hadith ou Traduções Escritas.

A Lei Islâmica (Sharia) é baseada principalmente em duas fontes: O Alcorão e o Hadith.

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