Apologética



Ordem Rosa Cruz – Parte 11 – Alguns conceitos rozacruzes sobre a Bíblia


À semelhança de outras seitas, a Ordem Rosacruz faz sua própria interpretação das Escrituras, e estabelece vários comentários sobre a Bíblia, que divergem dela própria.

Exemplos de conceitos errôneos emitidos, contrariando o registro sagrado:

a) Sobre o Dilúvio – o relato do Dilúvio registrado em Gn 6.13 a 7.1-24 é dito como se originado de informações colhidas em conclaves da G. F. B. como se lê abaixo:

A história do grande dilúvio que sobreveio para destruir todas as pessoas más do mundo originou-se com os conclaves da G.F.B. da Grande Loja Branca, e foi levada às diferentes terras pelos representantes da organização, que tinham que modificar a história para se adaptar à religião, e aos ensinamentos filosóficos e místicos de suas tribos e povos individuais. 26

b) Sobre o Sonho de Jacó em Betel – o relato bíblico de Gn 28.10-22 é contestado e é tido como originário do costume pagão de adoração da forma fálica – altares de pedra arredondada erigidos ao lado das estradas e desertos:

Verificará no fim da história, conforme apresentada no capítulo vinte e oito do Gênese, que após, Jacó despertar, cedo pela manhã, apanhou a pedra que tinha usado como travesseiro e erigiu-se como um pilar, derramando óleo sobre ela e chamando ao local de Beth-el. Era uma prática comum para as comunidades e distritos que veneravam a forma fálica de adoração, o erigir ao lado das estradas ou deserto, altares que consistiam de uma pedra arredondada, perpendicularmente erigida numa base, também de pedra. Esse era o símbolo da forma fálica de adoração. A história está repleta de descobertas de tais altares simbólicos antigos. E encontramos muitas referências a eles em vários escritos místicos. Os israelitas estavam especialmente acostumados a erigir tais pedras perpendiculares e as chamavam de baety-li, que é uma palavra pouco diferente de Beth-el. 27

c) Sobre a Voz de Deus Ouvida Junto à Sarça Ardente é: o registro de Ex 3.1-4 é contestado e é dito que a voz de Deus não se fez ouvir:

Nos registros de G.F.B. nada consta referentemente a uma voz vinda da sarça ou de qualquer particular e, realmente, pode-se perfeitamente deduzir que foi a pequena voz interior, e não qualquer outra exterior, que transmitiu a mensagem inspirada a Moisés. De conformidade com os escritos da G.F.B., essa mensagem inspirada determinava que Moisés em vez de demonstrar a sua exuberância e determinação em auxiliar a sua tribo, matando a quem pudesse maltratar seu povo, deveria despender essa energia, conduzindo o seu povo para uma terra mais próspera.28

d) Sobre o Jardim do Éden o relato bíblico de Gn 2.4-17 não é aceito como realidade histórica, mas deve ser tido como uma alegoria:

Assim, no alvorecer da evolução do Homem, encontramos o homem e a mulher em um lugar alegoricamente chamado Éden – o Jardim do Éden. De certo modo, devemos interpretar esse jardim como sendo um lugar representando tudo que Deus criou e tudo que precedeu ao Homem no processo dessa evolução física. O Homem ali representava o padrão mais elevado de vida criada e evoluída. Ao seu redor estavam todas as coisas das quais ele provinha – plantas, (flores, animais, terra, fogo, água, ar, sol e lua. Era, realmente, um Jardim, se tomarmos o significado da palavra Jardim em seu verdadeiro sentido. Era como um museu, um anfiteatro. A palavra Éden é de origem hebraica significando Deleite, um local de sonhos, de retrospecção e introspecção agradáveis.

Devemos, portanto, considerar o Jardim do Éden como uma condição e não um lugar, pois onde quer que o Homem tenha, inicialmente, se tornado consciente de seu Eu Divino mais elevado, devemos considerar a Terra ao seu redor, as coisas viventes, o mundo de criação material, como um verdadeiro jardim ou museu de Deleite. Ele ali estava como a perfeição de tudo e, dizem-nos, foi criado para o primeiro Homem, uma mulher. 29

Resposta Apologética:

A Bíblia é muito clara nessas passagens:

a. Dilúvio, Gn 6.13 – 7.24: o Dilúvio foi real e um instrumento de Deus para aplicar juízo sobre a humanidade pervertida e corrupta (Gn 6.5-7).

b. O sonho de Jacó, Gn 28.10-22: o sonho foi a forma que Deus usou para fazer aliança com Jacó, assim como havia feito com Abraão e Isaque. Ao despertar, Jacó usou a pedra que usara como travesseiro como altar onde derramou óleo e adorou ao Deus verdadeiro que lhe falara no sonho, e não prestou uma adoração da forma fálica como pretende dar a entender a Ordem Rosacruz.

c. A voz de Deus na Sarça Ardente, Ex 3.1-4: pode-se notar claramente no versículo 4: Bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés.

Não há outra forma de interpretação, senão que Deus realmente falou com Moisés nessa passagem.

d. O Jardim do Éden, Gn 2.4-17 – o versículo 8 diz: E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs nele o homem que tinha formado. O texto é claro demonstrando que se trata de um lugar criado por Deus e não uma condição, um estado de espírito como os Rosacruzes ensinam. Como Deus plantaria uma condição?

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