Apologética



Igreja Local de Witness Lee – Parte 16 – A definição do homem


Assim Crê a Igreja Local:

A Igreja Local reage quando é acusada de pregar a divindade do homem: Vocês ensinam que o homem está evoluindo para Deus? Tal acusação, que tem sido feita contra nós, é totalmente falsa e sem fundamento. De acordo com a Bíblia, ensinamos que Deus está dispensando a Si mesmo para dentro do homem e que o crente está sendo transformado por e permeado com o elemento de Deus. O fato é que, como filhos de Deus, participamos da vida e natureza de Deus. Sim, o Deus Triúno está sendo trabalhado dentro de nós e nós estamos participando da Sua própria natureza, mas, definitivamente, não estamos evoluindo para a Deidade (“O Que Cremos e Praticamos nas Igrejas Locais.” Editora Fonte da Vida Ltda., p. 16).

No entanto, não é isso que encontramos em suas declarações: Ele não quer que você seja um homem bom, mas quer que você seja um homem-Deus. vocé pode ser um ‘homem bom’, mas jamais poderá ser uma expressão de Deus se for meramente isso. Deus fez o homem à Sua própria imagem com o objetivo de que este O expresse. Ao nos tornarmos um homem-Deus, que é cheio Dele, nós O expressamos. Um homem-Deus é uma expressão de Deus (“A Economia Divina”, Witness Lee. Editora Fonte da Vida. 1a Edição -1987, p. 17). Um cristão não é meramente um homem bom, mas um homem-Deus (“A Economia Divina”, Witness Lee. Editora Fonte da Vida. 1a Edição – 1987, p. 19).

Explicando o que significa a expressão homem-Deus com relação a Jesus, assim definem: Ele (Jesus) possuía duas naturezas: a divina e a humana. Ele era o Deus completo e o homem perfeito, um homem-Deus (“A Economia Divina”, Witness Lee. Editora Fonte da Vida. 1a edição – 1987, p. 45). Jesus era um homem-Deus e nós devemos tornar-nos um homem-Deus. Sendo assim, temos a mesma natureza de Jesus e se Jesus era “Deus completo” nós igualmente nos tornamos um Deus completo.

Isso se torna bem claro na seguinte declaração, guando somos o corpo vivo de Cristo em certo lugar realmente somos a casa de Deus e a coluna e base da verdade. Somos, então, o aumento, a expansão, da manifestação de Deus na carne. E novamente Deus Se manifestando na carne, mas de uma maneira mais ampla (“A Economia Divina”, Witness Lee. Editora Fonte da Vida. 1a Edição – 1987, p. 223)

Resposta Apologética:

Witness Lee deixa claramente implícito que pensa que Deus vai aumentando. Esse ensino é impossível à luz de Malaquias 3.6 onde Deus declara: Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Paulo falou de certos mestres que confundem Deus como a sua criação em Romanos 1.20-23.

Como vemos, a Igreja Local ensina inequivocamente que a Igreja (o Corpo de Cristo) torna-se Deus e que Deus torna-se a Igreja. Cada vez que alguém é adicionado à Igreja, Deus tem de expandir-se.

Para que não paire dúvida sobre esse ensino deificador do homem, a Igreja Local torna claro que sua teoria do Deus Processado na verdade constitui uma quaternidade: O Pai está no Filho, o Filho está no Espírito, e o Espírito agora está no Corpo. Eles agora são quatro em um: o Pai, o Filho, o Espírito e o Corpo (“A Expressão Prática da Igreja”, Witness Lee. Editora Árvore da Vida, 1a edição – 1989, p. 46).

Os mórmons tencionam se tornar deuses. É o ensino da exaltação do homem: o grande propósito dos mórmons. Esperam com a exaltação ganhar um planeta e se tornarem deuses. A Igreja Local, por sua vez não quer esperar para o futuro essa nova condição, mas proclama que já podemos ser homens-Deus.

A Bíblia nega essa condição de homem-Deus para o cristão e ensina mais que a pretensão de o homem se tornar igual a Deus partiu primeiro de Lúcifer que queria ser igual a Deus (Is 14.12-14; Ez 28.14-16). Insinuou ao homem no Eden essa mesma possibilidade (Gn 3.5) e levou nossos pais à queda (Rm 5.12).

Somos filhos de Deus por adoção (Gl 4.4-6), diferentemente de Jesus que é Filho unigênito, isto é, da mesma natureza (espécie do Pai) do grego monógenes. O homem regenerado é chamado nova criatura (2 Co 5.17). Repetindo: éramos criaturas de Deus (Gn 1.27) e nos tornamos filhos de Deus por adoção quando recebemos a Jesus como Salvador e Senhor (Jo.1.12; 1 Jo 3.1-2).

Não é isso o que ensina a Igreja Local: João 1.12 a 13 indicam que aqueles que recebem o SenhorJesus são nascidos de Deus. Nascimento envolve um relacionamento íntimo e orgânico. Pelo fato de sermos nascidos de nossos pais, temos uma relação íntima a orgânica com eles. De acordo com a Bíblia, não, somos filhos legais de Deus nem meramente Seus filhos adotivos (“Como Receber o Deus Triúno Processado.” Editora Árvore da Vida, p. 6).

O cristão é participante da natureza divina (2 Pe 1.4) quando manifesta os atributos morais de Deus, mas jamais podemos manifestar os atributos incomunicáveis de Deus: a eternidade, onipotência, onisciência e onipresença. Isso é negado pela Bíblia: Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Deus: Porquanto o teu coração se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares; e Não passas de homem, e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus (Ez 28.2). Não executarei o furor da minha ira; não voltarei para destruir a Efraím, porgue eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti; eu não entrarei na cidade (Os 11.9).

Portanto, a doutrina de Deus, ensinada pela Igreja Local, é manifestamente contrária ao que dizem as Escrituras. Ela ensina que Deus é mutável, primeiramente tendo-se transformado de Pai em Filho, de Filho em Espírito Santo e, então, tendo-se transformado na própria igreja. Ela nega as pessoas reais e distintas do Pai, do Filho e do Espírito Santo, preferindo falar em estágios da manifestação de Deus aos homens. Como é lógico, essa posição que nega o Pai, o Filho e o Espírito Santo é herética e devemos rejeitá-la: Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? E o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho (1 Jo 2.22).

© Copyright 2000-2024 Instituto Cristão de Pesquisas


Ícones feitos por Freepik from www.flaticon.com