Apologética



Igreja Local de Witness Lee – Parte 19 – João Batista – O profeta desciado?


Assim Crê a Igreja Local:

A Igreja Local declara: João Batista é um exemplo de alguém que começou na linha da vida, na incumbência de Deus, mas que no fim se desviou. Ele foi usado por Deus para mudar uma era. (...) No início, ele foi totalmente contra os fariseus, chamando-os de raça de víboras, mas depois se igualou a eles (Mt 9.14). João começou a perder totalmente a direção de Deus. (...) No princípio, João tinha um coração voltado ao Senhor, mas depois ele olhou para o que tinha realizado e não quis avançar com o Senhor. Ele se orgulhou, até mesmo chegou a competir com Cristo: tinha seus próprios discípulos e andava no seu próprio caminho. Por isso, o Senhor permitiu que sua cabeça fosse cortada (Jornal “ÁRVORE DA VIDA” /Ano 3 – número 25, p. 6).

Resposta Apologética:

Contrariando essa estranha teoria, o apóstolo João, escritor do quarto Evangelho, testifica de João Batista afirmando: Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz; mas para que testificasse da luz (Jo 1.6-8).

João Batista é a única pessoa do Novo Testamento, exceto Jesus, cuja obra foi predita no Antigo Testamento. Em Isaías 40.3 ele é a voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor. Seu nascimento foi anunciado a seu pai, Zacarias, que não acreditou na mensagem do anjo Gabriel e ficou mudo até que se deu o seu nascimento.

O seu ministério profético é relatado em Mateus 3.1-5: E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, Endireitai as suas veredas. E este João tinha as suas vestes de pêlos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre. Então ia ter com ele, Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão. E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.

Em Malaquias 4.5 fala-se dele: Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor (veja Mateus 11.14). Um homem cujo ministério profético foi elogiado por Jesus é objeto de acusações jamais previsíveis por qualquer leitor menos preparado da Bíblia. Nunca! Nunca! Nunca poderíamos admitir que qualquer escritor jamais viesse denegrir o ministério profético de um homem tão íntegro e incorruptível como João Batista!

ANALISANDO AS DECLARAÇÕES DA IGREJA LOCAL SOBRE JOÃO BATISTA

João Batista – um desviado?

João Batista é um exemplo de alguém que começou na linha da vida, na incumbência de Deus, mas que no fim se desviou. Ele foi usado por Deus para mudar uma era. (...) No início, ele foi totalmente contra os fariseus, chamando-os de raça de víboras, mas depois se igualou a eles (Mt 9.14). João começou a perder totalmente a direção de Deus. (...) No princípio, João tinha um coração voltado ao Senhor, mas depois ele olhou para o que tinha realizado e não quis avançar com o Senhor. Ele se orgulhou, até mesmo chegou a competir com Cristo: tinha seus próprios discípulos e andava no seu próprio caminho. Por isso, o Senhor permitiu que sua cabeça fosse cortada (Jornal “ÁRVORE DA VIDA”/Ano 3 – número 25, p. 6).

Resposta Apologética:

O articulista do jornal acusa João Batista de desviado e que, pelo orgulho, chegou a competir com Jesus. Isso não tem base bíblica. E apresentamos a prova bíblica irrefutável quando ele foi interrogado se era o Cristo, sua resposta foi negativa: ele não era o Cristo.

E confessou, e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo (Jo 1.20). Disse mais: Este é aquele que vem após mim, que é antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca (v. 27). Mais tarde, seus contemporâneos quiseram abrir rivalidade entre ele e Jesus e disseram a João: E foram ter com João, e disseram-lhe: Rabi, aquele que estava contigo além do Jordão, do qual tu deste testemunho, ei-lo batizando, e todos vão ter com ele. João respondeu, e disse: O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dada do céu. É necessário que ele cresça e que eu diminua (Jo 3.26-27, 30). Quem pode vislumbrar nesse procedimento de João Batista palavras de um desviado e de alguém orgulhoso?

Quem poderia imaginar que um homem da estirpe de João Batista pudesse um dia ser difamado com o título de desviado! Só porque manifestou certa dose de dúvida quando na prisão, mandando emissários a Jesus perguntar se Ele era o Cristo ou deveriam esperar outro. Isso não significa que tivesse traído seu Mestre, nem que tivesse se tornado infiel. Se o tivesse feito, Jesus não teria dado a João Batista um elogio que não deu a qualquer outra pessoa. E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir (Mt 11.14). Com isso, dizia Jesus que João estava se portando, profeticamente, como um homem da envergadura espiritual de homem de Deus como foi chamado Elias. Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é a verdade (1 Rs 17.24). João nasceu com uma missão: ser o precursor de Jesus a apresentá-lo ao mundo. Isso Ele o fez com clareza: No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). João Batista cumpriu cabalmente sua missão.

O TESTEMUNHO DE JOÃO BATISTA SOBRE JESUS

João Batista veio para dar testemunho de Jesus: Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele (Jo 1.7). Nessa sua missão lemos do testemunho de Jesus nos versículos 7,15, 32 e 34. São algumas das verdades que João afirmou:

a) Que Jesus era a luz dos homens;

b) Que o que veio depois dele, era antes dele;

c) Que ele mesmo não era o Cristo;

d) Que era apenas uma voz;

e) Que Jesus era infinitamente mais digno do que ele;

f) Que Jesus era o Cordeiro de Deus;

g) Que o Espírito Santo desceu sobre Jesus;

h) Que Ele era o Filho de Deus (“A Bíblia Explicada”, p. 374).

O TESTEMUNHO DE JESUS SOBRE JOÃO BATISTA

O recado de João Batista revela uma certa decepção de Jesus: E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos, a dizer-lhes: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro? Jesus aponta alguns dos benefícios mais evidentes do seu próprio ministério em resposta à dúvida de João: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho (Mt 11.2-3-5). Esses milagres comprovavam a messianidade de Jesus, como em outra ocasião testemunhou aos judeus depois de declarar: Eu e o Pai somos um (Jo 10.30). Entendendo os judeus a reivindicação de igualdade com Deus, o Pai, Jesus apresenta prova de sua igualdade por meio de seus milagres (Jo 10.37-39). E o que Jesus fez aqui quando recebeu o recado de João Batista manifestando sua dúvida. Em seguida, Jesus dá o seguinte testemunho sobre João Batista:

a) Mais do que um profeta. Fala dele como ...muito mais do que profeta (v. 9);

b) Não era nenhum volúvel, e sim um espírito forte: não era ... uma cana agitada pelo vento... (v. 7);

c) O maior dos nascidos de mulher: Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista... (v. 11) (“A Bíblia Explicada”, p. 316).

Diante de elogios tão enfáticos de Jesus sobre João Batista, poderia alguém que lesse a Bíblia, com a iluminação do Espírito Santo, chegar a conclusões tão levianas e esdrúxulas sobre João Batista? O discurso de Paulo sobre João Batista é conclusivo: Tendo primeiramente João, antes da vinda dele, pregado a todo o povo de Israel o batismo do arrependimento. Mas João, quando completava a carreira, disse: Que pensais vós que eu sou? Eu não sou o Cristo; mas eis que após mim vem aquele a quem não sou digno de desatar as alparcas dos pés (At 13.24-25). João Batista completou sua carreira assim como o apostolo Paulo o fez dizendo: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé (2 Tim 4.7). Poderia alguém afirmar, conscientemente, que Paulo falhou na sua missão? Certamente que não! O mesmo se pode dizer de João Batista.

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