A missão Portas Abertas Internacional divulga, anualmente, uma lista que classifica os países em que há mais perseguição aos cristãos em todo o mundo.
Encabeçando a lista deste ano, encontra-se a Coréia do Norte. Essa nação Acomunista e reclusa obteve a primeira posição na classificação de países por perseguição nos últimos cinco anos. Não há outro país no mundo em que os cristãos sejam perseguidos de forma tão horrível e incansável, em virtude da absoluta falta de liberdade religiosa, que recrudesceu em 2006. O reino dos wahhabistas da Arábia Saudita assegura um sólido segundo lugar, seguido de perto pelo Irã, um país regido pela sharia, o código legal do Alcorão. O islamismo é a religião oficial nesses países, bem como na Somália e nas Maldivas, países que sustentam, respectivamente, a quarta e a quinta posições.
Neste ano, os cinco piores países a violar a liberdade religiosa para os cristãos permanecem os mesmos.
O Iêmen aparece pela primeira vez na sexta posição com o aumento de um ponto, ultrapassando o Butão e o Vietnã, que ocupam, respectivamente, a sétima e a oitava posições. Nesses dois últimos países, algumas mudanças promissoras parecem ter ocorrido. As condições de liberdade religiosa melhoraram ligeiramente no Laos, que permanece na nona posição. De volta à relação dos dez piores deste ano, encontra-se o Afeganistão, em decorrência de um ligeiro aumento de pontos e de uma leve redução de pontos por parte da China, agora na décima segunda posição. O islamismo é a religião predominante em seis dos dez primeiros países de nossa lista: Arábia Saudita, Irã, Somália, Maldivas, Iêmen e Afeganistão. Três países contam com governos comunistas: Coréia do Norte, Vietnã e Laos. O Butão é o único país budista entre os dez primeiros da lista.
Em 2006, deterioraram-se as condições de liberdade religiosa para os cristãos na Coréia do Norte, Uzbequistão, Eritréia, Comoros, Iraque, norte da Nigéria, Argélia, Mauritânia, Turquia, Etiópia e nordeste do Quênia. Em cinco desses países (Iraque, norte da Nigéria, Turquia, Etiópia e nordeste do Quênia), as tensões religiosas se intensificaram em virtude da publicação, no ano passado, de caricaturas de Maomé em jornais da Dinamarca.
Informações demonstram claramente a intensificação das pressões sobre os cristãos na Coréia do Norte. Segundo relatos, houve maior número de prisões de cristãos em 2006 que em 2005.
Muitos cristãos, ao voltarem para a Coréia do Norte, após terem fugido da China, foram presos, torturados e mortos.
Os acontecimentos ocorridos em maio de 2005, em Andijan, indicam uma mudança na política do Uzbequistão. O governo iniciou um novo período de fortes perseguições aos cristãos, e as perseguições continuaram em 2006. Diversos trabalhadores cristãos expatriados foram deportados do país. Programas de TV retrataram negativamente os cristãos, aumentando a pressão sobre eles, especialmente por parte de parentes e de autoridades locais. Na Eritréia, o governo restringe rigorosamente a liberdade religiosa de grupos não registrados e viola os direitos de alguns dos grupos registrados. A situação dos cristãos, já deplorável, piorou sensivelmente em 2006. Hoje, em toda a Eritréia, mais de dois mil cristãos se encontram presos em postos policiais, campos militares e cadeias.
Em muitos casos, autoridades policiais submetem os cristãos detidos a surras e a outros tipos de agressões físicas. Dois cristãos foram torturados até a morte após terem sido presos, dois dias antes, por realizarem um culto religioso em uma residência particular.
Em maio, quatro homens foram condenados à prisão em Comores, por envolvimento com o cristianismo. A polícia os agrediu, insultou-os e tentou fazê-los renunciar à fé em Cristo. Apesar de haver uma discriminação contra os cristãos amplamente disseminada na sociedade, não havia registro desse tipo de perseguição nas Ilhas Comores desde o final da década de 1990.
As tensões religiosas continuaram a crescer no Iraque no decorrer de 2006. Além do sangrento conflito entre muçulmanos sunitas e xiitas e do fato de que muitos ataques fazem apenas parte da rotina diária da caótica era pós-Sadam, houve relatos de aumento da violência no país, voltada especificamente contra cristãos. Em 2006, vários cristãos foram assassinados, sofreram abusos, ou raptos.
Igrejas foram bombardeadas e incendiadas. Doze Estados do norte da Nigéria impuseram as leis islâmicas nos últimos seis anos. Desde essa época, ocorrerem repetidas eclosões de violência religiosa, ceifando milhares de vidas. Infelizmente, a tendência se manteve em 2006. Cristãos foram mortos e locais de culto, atacados. A evangelização junto aos muçulmanos teve de se defronta com a violência.
Na Argélia, aprovou-se uma lei que proíbe as iniciativas para a conversão dos muçulmanos para outras religiões, e que atribui ao governo o direito de regulamentar todos os aspectos da prática cristã. Fontes locais confirmam que a situação na Argélia piorou durante o último ano e que as autoridades buscam isolar os cristãos mediante a não- concessão de vistos para viagens.
O total de pontos da Mauritânia cresceu consideravelmente em 2006. Informações adicionais relativas a esse país não são boas: houve, também, um aumento da coerção exercida no decorrer do último ano sobre os crentes do país e sobre igrejas africanas expatriadas.
A tolerância religiosa parece ter piorado na Turquia em comparação com o ano anterior. Um padre da Igreja Católica Romana foi morto e diversos outros clérigos foram ameaçados e atacados. No total, aconteceram quatro ataques a clérigos católicos e dois a líderes da igreja protestante turca. Em novembro, uma igreja protestante foi alvo de bombas incendiárias.
Na Etiópia, os cristãos enfrentaram a maior oposição das autoridades locais e dos muçulmanos radicais na maioria das regiões islâmicas. Extremistas muçulmanos atacaram uma organização cristã e diversas igrejas, agredindo os convertidos. A violência eclodiu entre muçulmanos e seguidores da Igreja Ortodoxa da Etiópia, matando cristãos e muçulmanos. Edifícios foram incendiados, dois mil moradores ficaram desabrigados. As pessoas foram obrigadas a se converter ao islamismo.
Na maior parte das áreas do nordeste do Quênia, os cristãos enfrentam restrições e intimidações em virtude de sua fé.
Tal pressão aumentou um pouco durante 2006. Em março, três missionários foram expulsos depois que diversos muçulmanos se converteram ao cristianismo. Uma emissora de rádio cristã foi atacada por extremistas muçulmanos. Esse ataque brutal deixou um morto e três feridos.
Em 2006, a situação dos cristãos melhorou, em proporções diferentes, no Marrocos, na Indonésia e no Nepal.
Houve poucos interrogatórios de cristãos no Marrocos. Segundo contatos locais, a atitude do governo está mais aberta em relação aos fiéis do que no passado. Os cristãos, entretanto, ainda enfrentam diversas restrições quanto à prática da fé.
Em áreas da Indonésia predominantemente islâmicas, os cristãos enfrentam mais pressões que em outras regiões. A totalização de pontos para a Indonésia aumentou nos últimos anos, porém, somente uma pessoa foi morta. Não há notícias de novos prisioneiros.
O novo regime do Nepal modificou a constituição. O Nepal não é mais um reino hindu. No ano passado, a igreja cresceu rapidamente.
Não há notícias de ataques de nenhuma espécie contra crentes e igrejas. Como resultado disso, o Nepal tem hoje mais liberdade religiosa que há um ano.
Pelo quinto ano seguido, a Coréia do Norte lidera a classificação de países que perseguem os cristãos. É a nação que mais viola os direitos religiosos dos cristãos. Em 2006, recebeu a atenção dos meios de comunicação, mas nada mudou para o povo da Coréia do Norte.
O regime norte-coreano lançou mísseis e testou armas nucleares naquele ano, aumentando as pressões internas por lá. Informações recentes mostraram que mais cristãos foram presos em 2006 do que em 2005. Ainda há muitas pessoas em campos de trabalho forçado e a vida diária é desumana na Coréia do Norte. Cerca de 50 mil a 70 mil cristãos sofrem, no momento, em campos de prisioneiros. Muitos deles são torturados. As pessoas ainda colocam suas vidas em jogo ao tentar fugir para a China. Após cruzarem a fronteira, muitas delas, após entrarem em contato com cristãos, converteram-se.
Os cristãos nascidos de novo são muito corajosos e retornam à Coréia do Norte para contar aos outros a respeito de Jesus. O governo da Coréia do Norte, por considerar o cristianismo uma ameaça enorme contra a estabilidade do país, caça os cristãos por todo o país, especialmente aqueles que tentam retornar da China. Muitos são aprisionados, torturados e mortos. Entretanto, em meio a toda essa perversidade no país, os cristãos locais se dedicam a servir ao Corpo de Cristo local e permanecem firmes durante esse período de perseguição incansável.
Na região da Arábia Saudita regida pela sharia, o estado deplorável da liberdade religiosa permaneceu inalterado em 2006. Quatro cristãos do leste da África foram perseguidos e aprisionados quando se reuniram para o culto no segundo trimestre do ano. Após ficarem detidos por mais de um mês em condições ilegais, os crentes foram deportados para seus países de origem. Conforme relatado, não chegaram a ser formalmente informados a respeito das acusações existentes contra eles.
Não obstante, os quatro foram supostamente presos porque "estavam pregando para os muçulmanos, implantando igrejas e reunindo homens e mulheres para as orações". De conformidade com a interpretação rígida vigente da lei islâmica, a apostasia (conversão para outra religião) pode ser punida com a morte. Cultos coletivos não-islâmicos são proibidos, e ainda assim membros da família real insistem em que os cristãos são livres para realizar os cultos em suas próprias casas. A prática provou o contrário. O número total de cristãos presos no decorrer do último ano foi inferior ao de 2005, ocasião em que cerca de 70 cristãos expatriados foram presos, o que explica o ligeiro declínio no total de pontos.
No Irã, a religião oficial é o islamismo, e todas as leis e regulamentos devem se manter consistentes com a interpretação oficial da lei sharia.
Desde o início de 2004, ano em que o partido conservador venceu as eleições, a liberdade religiosa se deteriorou consideravelmente.
A situação piorou em 2005, com a eleição do conservador de linha dura Mahmoud Ahmadinejad. Embora os cristãos pertençam a uma das minorias religiosas reconhecidas, às quais se assegura liberdade religiosa, foram relatadas prisões, perseguições e discriminação em virtude de sua fé. Vários grupos cristãos, conhecidos por utilizarem literatura e outros meios para difundir sua fé entre a maioria da população muçulmana xiita, foram perseguidos no último ano. Ao menos em oito incidentes conhecidos, antigos muçulmanos que se converteram ao cristianismo foram presos e mantidos em custódia por diversas semanas antes de serem libertados. Na maioria dos casos, eles foram forçados a pagar fianças pesadas, como também lhes disseram que seus casos permaneciam em aberto para uma possível execução criminal. Sob a rígida legislação do Irã com relação à apostasia, qualquer muçulmano que deixe o islamismo para abraçar outra religião é passível de pena de morte. No entanto, temos algo positivo a relatar: o caso de um antigo coronel do exército que se converteu ao cristianismo. Ele foi falsamente acusado de esconder sua fé, mas foi libertado após dois anos de prisão.
A Somália não dispõe de uma constituição ou de outro dispositivo legal para a proteção da liberdade religiosa. O islamismo é a religião oficial e as pressões sociais com relação à tradição islâmica são fortes, particularmente em algumas regiões rurais do país. A maior parte das regiões lança mão das tradições locais para a solução de conflitos, sejam arbitramentos de natureza secular fundamentados nos clãs tradicionais, sejam os relacionados à lei islâmica (sharia). Menos de 1% da etnia somali é cristã, e essa minoria vivencia secretamente sua fé. No início de junho, a capital, Mogadíscio, caiu nas mãos das milícias islâmicas depois de lutar, durante quatro meses, contra a aliança de comandantes militares. O conselho Shura atuou como parlamento em todas as áreas de domínio da UCI (União das Cortes Islâmicas). A lei sharia foi imposta na capital. No final do ano, a UCI foi afastada por tropas do governo de transição.
O levante da UCI foi nefasto para um punhado de cristãos da Somália. Em 2006, embora seja difícil estabelecer uma relação com os desdobramentos políticos do último ano, pelo menos seis cristãos foram mortos na Somália em decorrência de sua fé. Muitos deles eram de origem muçulmana e foram mortos após sua fé ser revelada. Uma enfermeira italiana foi morta, possivelmente em conseqüência dos comentários feitos pelo papa Bento XVI ao citar um texto medieval a respeito da violência no islamismo. Alguns filhos de refugiados cristãos no Quênia foram supostamente raptados por seus parentes muçulmanos e levados para "reabilitação" em instituições islâmicas na Somália.
O islamismo é a religião oficial no arquipélago das Ilhas Maldivas, e todos os cidadãos precisam ser muçulmanos.
A lei sharia é respeitada, o que impede a conversão de islamitas para outra religião. Um convertido pode perder sua cidadania. É proibida a prática de qualquer outra religião que não seja o islamismo, considerado uma importante ferramenta para estimular a unidade nacional e a manutenção do poder do governo. Por esse motivo, é impossível abrir quaisquer igrejas, embora aos estrangeiros seja permitido praticar sua religião na privacidade de suas casas, desde que não estimulem outros cidadãos a participarem de suas reuniões.
A Bíblia e outros materiais cristãos não podem ser importados, exceto um único exemplar para uso pessoal. Nesse país - um dos últimos a ser evangelizado no mundo - há somente um pequeníssimo grupo de cristãos nativos, e eles vivem sua fé em absoluto segredo.
Nas Ilhas Maldivas, a falta de respeito para com a liberdade religiosa permaneceu inalterada em 2006. Graças a quatro relatórios deste ano, enviados por cristãos que permaneceram por um longo período nas Maldivas, as informações sobre o país são mais acuradas, que teve seu número de pontos elevado este ano. Houve a prisão de um cristão local idoso. Depois de preso, ele foi encaminhado a um centro de reabilitação de drogados. Isso aconteceu em agosto de 2006.
A constituição iemenita assegura a liberdade de religião, mas declara também que o islamismo é a religião estatal, e que a sharia é a fonte de toda a legislação.
O governo iemenita permite aos expatriados alguma liberdade para vivenciarem sua fé, mas os cidadãos iemenitas não têm liberdade para se converterem ao cristianismo (ou a outras religiões). Convertidos de origem islâmica devem enfrentar a pena de morte, caso sejam descobertos.
No decorrer do último ano, diversos cristãos convertidos foram presos e fisicamente agredidos em virtude de sua fé. Pelo menos um deles foi vítima de rigorosa pressão para renunciar à sua nova fé, e sucumbiu a essas pressões. Informações sobre a situação dos cristãos no Iêmen determinaram um ligeiro aumento em seus pontos.
No reino do Butão, no Himalaia, a religião oficial é o budismo mahayana.
Oficialmente, a fé cristã inexiste e aos cristãos não é permitido orar nem cultuar em público. O governo também proíbe aos cristãos encontros domésticos que envolvam diversas famílias. Aos empregados a serviço de religiões, negam-se os vistos de entrada no país. Muitas crianças cristãs têm permissão para freqüentar as escolas, mas enfrentam muita discriminação. Quando algum estudante cristão é descoberto, não pode ter acesso à educação de nível superior.
Para os cristãos com trabalho junto ao governo, a discriminação é igualmente ou maior problema. Há casos de cristãos demitidos de empregos governamentais em virtude de sua crença. A importação de material religioso impresso é limitada, e, no país, somente são permitidos textos religiosos budistas. A sociedade exerce forte pressão para que as pessoas observem as normas budistas. Perseguição e pressão por parte de budistas fanáticos, em particular em áreas acentuadamente budistas, são as principais causas de preocupação para muitos cristãos. Os crentes não somente sofrem pressão por parte das autoridades, mas também por parte dos sacerdotes budistas, e, por vezes, enfrentam agressões físicas. No final de julho de 2006, foram colocados em liberdade dois cristãos locais que se encontravam presos. Em dezembro, o rei (que prometera abdicar de seus direitos hereditários e transformar o país do Himalaia em uma democracia) renunciou e foi sucedido por seu filho. Ainda é cedo para afirmar se o filho respeitará as promessas de seu pai ou não.
O Vietnã é um dos últimos países do mundo controlado pelo comunismo.
Apesar de a constituição estabelecer a liberdade religiosa, o regime ateu tenta manter a religião sob rigoroso controle por meio de um sistema de registros obrigatórios. Muitas igrejas optaram por permanecer sem registro por causa das restrições abusivas que o governo impõe sobre as igrejas registradas e seus crentes.
De tempos em tempos, o governo vietnamita patrocina campanhas e fecha igrejas, especialmente nas regiões montanhosas no centro do país.
Em 2006, o Departamento de Estado dos Estados Unidos retirou o Vietnã de sua relação de Países de Preocupação Específica (CPC, sigla em inglês) e apresentou dados que justificavam essa decisão. As informações contidas nesse relatório contemplavam a maior parte das igrejas registradas das maiores cidades. Em áreas com minorias étnicas, dificilmente houve qualquer melhoria. Prisões arbitrárias, perseguições e multas ainda se encontram na ordem do dia. Nos meses que xntecederam à seção do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, sigla em inglês), em Hanói, em novembro de 2006, o Vietnã procurou melhorar sua imagem - uns poucos dissidentes foram libertados e o número de incidentes de perseguição religiosa diminuiu. Após o término desse encontro, e de o Vietnã atingir seu objetivo de ser admitido na "Organização Mundial do Comércio", os dissidentes foram novamente presos.
Em novembro de 2006, a Solidariedade Cristã Mundial publicou um documento do governo (um manual) que "em última análise, pretende dirigir, limitar e reverter o crescimento do protestantismo no noroeste da região montanhosa, em um contexto em que busca, ostensivamente, proporcionar liberdade religiosa". Devemos ser cautelosos quanto a nossas conclusões a respeito do aumento da liberdade religiosa no Vietnã, uma vez que o manual publicado é ainda muito recente. Entretanto, poderíamos afirmar, com segurança, que o governo vietnamita é muito bom em mostrar uma imagem positiva em relação aos direitos humanos e à liberdade religiosa, e que os países ocidentais estão somente demasiadamente ansiosos por aceitar o que Hanói lhes mostra.
Uma vez que a realidade, no que se refere aos direitos humanos, pode ser diferente em muitos aspectos, e a perseguição religiosa continua em regiões mais remotas, não é tempo para sentar e relaxar. Em janeiro de 2007, a Human Rights Watch publicou um relatório sobre o Vietnã, declarando que não há melhorias nos direitos humanos.
O Laos é um Estado comunista, como o Vietnã e a China. A constituição do Laos assegura a liberdade religiosa. Entretanto, a ausência da regulamentação da lei e de regulamentações específicas relacionadas a assuntos religiosos, dá ensejo às autoridades locais para interpretar e implantar como quiserem as disposições constitucionais. As autoridades do Laos permitem uma presença limitada do cristianismo e colocam os crentes sob rigorosa observação. O regime limita o número de igrejas abertas e fecha regularmente igrejas, especialmente no interior.
No Laos, a igreja sofre pressões da sociedade contra os convertidos que renunciam à adoração do espírito maligno. O Estado exerce vigilância e controle social em todos os níveis. Existem, ainda, muitas atividades que não foram relatadas. Todavia, a igreja parece crescer, a despeito da perseguição. Obreiros brasileirosque atuam na região relatam que a situação melhorou para os cristãos em 2006: a perseguição foi definitivamente menos cruel, menos brutal que anteriormente. Este ano não houve relatos de cristãos mortos em virtude de sua fé.
O Laos ainda mantém cerca de dez cristãos prisioneiros por causa da religião. No entanto, algo positivo, a Igreja Católica foi capaz de ordenar um padre pela primeira vez em trinta anos.
O Afeganistão é uma república islâmica que não tem igrejas. Sua população cristã é de cerca de 0,01%. Após a dominação dos fundamentalistas muçulmanos, o país é, agora, governado por uma coalizão. Ainda há muita anarquia. O governo central não controla todo o país. A violência é freqüente, uma vez que a resistência dos fundamentalistas muçulmanos ainda está ativa.
A liberdade religiosa, conforme apresentada em sua Constituição, permanece uma contradição, já que a lei islâmica é propagada como sendo "a lei da terra".
Embora se assegure a liberdade religiosa para os não-muçulmanos, leis que sejam "contrárias às crenças e às disposições da sagrada religião do islamismo" são proibidas pela mesma Constituição.
Os cristãos precisam ser muito cuidadosos. Quando estrangeiros que buscam alcançar pessoas para Cristo são pegos nessa atividade, são presos e deportados. Nativos do Afeganistão que se entregam a Cristo são freqüentemente pressionados pela família e pela sociedade para seguirem as normas culturais do islamismo.
Os convertidos ao cristianismo sofrem repetidos ataques verbais, intimidação, agressões físicas, perda de emprego e até prisão.
A prisão de Abdul Rahman demonstrou a árdua vida de ser cristão, uma vez que ele enfrentou um julgamento e foi condenado por apostasia.
A situação de Rahman é o primeiro caso conhecido do judiciário local de perseguição por apostasia nas últimas décadas. Ele foi libertado após ter sido considerado mentalmente incapaz para enfrentar o julgamento e, finalmente, encontrou refúgio na Itália.
Uma avalanche de notícias, graças à cobertura da mídia sobre esse caso, provocou a prisão e o aprofundamento da perseguição a outros cristãos afegãos nesse país muçulmano ultraconservador.
1º Coréia do Norte
2º Arábia Saudita
3º Irã
4º Somália
5º Maldivas
6º Iêmen
7º Butão
8º Vietnã
9º Laos
10º Afeganistão
11º Uzbequistão
12º China
13º Eritréia
14º Turcomenistão
15º Comores
16º Chechênia
17º Paquistão
18º Egito
19º Mianmar
20º Sudão
21º Iraque
22º Azerbaidjão
23º Brunei
24º Cuba
25º Catar
26º Líbia
27º Nigéria
28º Djibuti
29º Índia
30º Sri Lanka
31º Argélia
32º Marrocos
33º Mauritânia
34º Tadjiquistão
35º Turquia
36º Omã
37º Etiópia
38º Emirados Árabes Unidos
39º Kuwait
40º Jordânia
41º Indonésia
42º Belarus
43º Colômbia
44º Bangladesh
45º Síria
46º Tunísia
47º Quênia
48º Nepal
49º México
50º Barein
Portas Abertas | Fone: (11) 5181-3330 |
imento@portasabertas.org.br | site: www.portasabertas.org.br
© Copyright 2000-2024 Instituto Cristão de Pesquisas
Ícones feitos por Freepik from www.flaticon.com