(Jd 18)*
A Igreja Madonna do Orgasmo, que tem centenas de seguidores, deu um importante passo em direção ao reconhecimento oficial na Suécia, quando uma corte disse que ela tinha o direito de registrar-se como uma comunidade de fé.
Inicialmente, um órgão público da Suécia recusou o registro, alegando que o nome da igreja poderia ofender os cristãos. Mas, o fundador da igreja, Carlos Bebeacua, ganhou a apelação na corte administrativa local. O órgão público ainda pode apelar da decisão, do contrário, será obrigado a registrar a igreja. Fundada no início dos anos 90, seu cardeal, autoproclamado, é o próprio Carlos.
Carlos teve a ideia de criar a igreja depois que a sua pintura, "A Madonna do orgasmo", sofreu protestos na Feira Mundial de Sevilha, na Espanha, em 1992.
Para Carlos, "O orgasmo é Deus, o orgasmo deve ser adorado". E prossegue: "O orgasmo é o principal sentimento de luxúria e não deve ser limitado à ejaculação. Você pode alcançá-lo pela arte ou pelo fato de olhar uma paisagem enquanto pensa".
A igreja tem apenas sacerdotisas e suas escrituras são chamadas de Catequismo do orgasmo. Trata-se do livro do sexo.
Durante as cerimônias, as sacerdotisas leem versos, comem frutas e bebem suco. Sexo não é o foco, mas também não é proibido.
Carlos diz que as alegações de que sua igreja só se interessa por orgias e sexo são falsas e alega que o propósito é ajudar as pessoas a ver o orgasmo como uma metáfora de amor pela vida.
"Não há nada perigoso sobre o que dizemos, somos inofensivos. Apenas temos as nossas dúvidas com relação às religiões estabelecidas", ele disse.
*Texto transcrito com alteração da conjugação verbal.
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