Pastor batista e missionário na África junto à MIAF (Missões para o Interior da África)
Os sociólogos reconhecem a família como célula-mãe da sociedade. Seu surgimento foi no Éden, quando Deus oficializou o primeiro casamento e inaugurou a mais antiga instituição da raça humana.
O casamento está presente em todas as culturas do mundo. Com mais ou menos formalidade, os povos realizam a cerimônia matrimonial de formas bem diferentes, conforme suas crenças e costumes.
Todavia, o que chama a atenção em algumas culturas não é tanto a maneira como a cerimônia é realizada e a sua duração, mas a incompatibilidade dos noivos. Em alguns países, como na Índia, por exemplo, há ocorrências de casamentos de seres humanos com animais. Por mais contraditório que pareça, por causa da crença da reencarnação, alguns hindus acreditam que seres humanos podem reencarnar em animais. Portanto, na visão hinduísta do mundo, um marido que perde a esposa pode, por exemplo, casar-se com uma macaca, desde que acredite que o animal é a reencarnação da esposa falecida.
Entretanto, o que mais tem despertado a atenção internacional é o casamento, na Índia, de animais com crianças, abaixo da linha da adolescência. Um caso de grande repercussão foi o da menina Karnamoni Handsa, de apenas nove anos, que se casou com um cachorro vira-lata.
O matrimônio teve motivos religiosos, como informou a agência de notícias Trust, da Índia. A tradição da tribo local Santhal ensina que, se o primeiro dente de uma criança cair da gengiva superior ela corre grandes riscos que somente podem ser evitados pelo matrimônio. Entretanto, o pai da menina, Baburam Hands, por ser um pobre camponês, não teve dinheiro suficiente para pagar o dote a um rapaz e, por esse motivo, deu sua filha em casamento a um animal.
Conforme informou o jornal Hindustan Times, a cerimônia foi celebrada no povoado de Khanyan, no Estado indiano de Bengala. Compareceram mais de cem convidados como parte do ritual e o cachorro, chamado Bachchan, estava vestido com um manto e foi colocado em um patamar superior.
Considerando a tradição local, a menina, no futuro, poderá se casar novamente. Desta vez, com um ser humano. Felizmente, na escolha de um futuro marido, a menina não será obrigada a se divorciar do cachorro ou pedir a anulação do primeiro casamento.
Com o objetivo de confundir os maus espíritos, os noivos trocam habitualmente as roupas um com o outro.
Como símbolo de fertilidade e sorte, é plantado um pinheiro fora da casa dos recém-casados.
É comum serem convidadas mais de mil pessoas para o casamento. Os noivos cumprimentam individualmente cada um dos convidados, que formam uma longa fila.
Os noivos bebem nove goles de saquê, tornando-se marido e mulher a partir do primeiro gole.
Com o objetivo de se purificarem, as mulheres marroquinas tomam um banho de leite antes da cerimônia do casamento.
Um homem pode ter até quatro esposas, desde que tenha condições de sustentá-las. Por vezes, uma mulher é prometida mesmo antes do seu nascimento.
São queimadas e deitadas fora sete vassouras, simbolizando o abandono de qualquer mau hábito que possa pôr em causa o casamento.
Antes da cerimônia, o futuro casal prepara alimentos para os monges. Em compensação, estes irão abençoar os noivos.
Nas cerimônias tradicionais de casamento, as famílias dos noivos e, por vezes, os próprios noivos, trocam, entre si, treze moedas de ouro como símbolo de sorte e prosperidade.
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