Pela desobediência de um só homem (pecado de Adão) muitos foram feitos pecadores.
"Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram" (Rm 5.12).
A Bíblia leva o pecado a sério, entretanto, é muito comum outras literaturas distorcerem as verdades que permeiam sua doutrina. Lauro Trevisan, no livro Aquário: a nova era chegou, disse que o problema do pecado é a ignorância, e a solução para isso seria o ser humano reconhecer que tem em si mesmo o "poder e a sabedoria infinita". Mas este argumento parece mais uma desculpa para minimizar a seriedade e os efeitos do pecado. A Bíblia revela que o pecado separa o homem de Deus, deixando-o cada vez mais distante (Is 59.2). O pecado exerceu seus resultados catastróficos na humanidade em diversas frentes de relacionamento. Por exemplo: o homem e Deus; o homem e a sociedade; o homem e o mundo em que ele vive. Os resultados das tragédias humanas se evidenciam na certeza de que o ser humano não possui forças para controlar o pecado, precisando, assim, de um resgatador, um redentor, um salvador.
A definição de pecado no Antigo Testamento pode ser a "violação da comunhão, a traição do amor de Deus e a revolta contra o seu senhorio". A natureza pecaminosa do ser humano pode ser vista no seu modo de proceder. Existem alguns que rejeitam o ensinamento do pecado original. Ocorre que se o ser humano não herdou o pecado de Adão, neste caso, a corrupção moral e a tendência para o pecado seriam naturais, e ele (o homem), por si só, teria a decisão, a escolha arbitrária de cometer o pecado.
No entanto, num primeiro momento, o home não escolhe pecar, antes é a sua natureza humana pecaminosa herdada que o faz pecar. Cada ser humano é pecador por natureza: "Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe" (Sl 21.5).
Há os que afirmam que o texto de Romanos 5.12 não serve para justificar a questão do pecado original, pois o que está em pauta é a morte passada a todos os homens. Entretanto, verificando melhor o contexto, observamos, no v. 13, que "... até a lei estava o pecado no mundo...". O pecado já se encontrava no mundo desde os primórdios da criação e a Lei com suas ordenanças não teve a capacidade de resolver este problema. O v. 16 diz que a ofensa resultou em condenação, mas a graça é o resultado dessas ofensas, justificando o homem para com Deus. No texto de Romanos 5.12-21 há um contraste entre a ofensa e a condenação, culminando com o ato da justificação. Finalmente, o v. 19 diz que pela desobediência de um só homem (pecado de Adão) muitos foram feitos pecadores.
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