O Sinédrio tinha uma prática que, segundo seus membros, amenizava o sofrimento.
O apedrejamento era o método mais aplicado como forma de punição entre os israelitas. Eram inúmeros os delitos que poderiam ser punidos com esse tipo de execução, dentre os quais, o adultério, o sacrifício de crianças, a blasfêmia, a feitiçaria, a quebra da guarda do Sábado, a traição e a rejeição aos pais. O grupo que executava a pena devia ser constituído de vários indivíduos da comunidade, sendo que as testemunhas tinham de atirar a primeira pedra (Dt 17.7).
O Sinédrio tinha uma prática que, segundo seus membros, amenizava o sofrimento do criminoso. Determinavam que o réu fosse lançado do alto de um penhasco. Certa vez, alguns sacerdotes e escribas tentaram apanhar Jesus em um ardil, mas Cristo reverteu a situação ao fazer uma pergunta difícil. E, se não a respondessem com cuidado, poderiam cair no descontentamento do povo e até mesmo serem apedrejados, pois a multidão poderia ficar indignada com eles. Preferiram, então, não responder.
Vejamos a pergunta: "E aconteceu num daqueles dias que, estando ele ensinando o povo no templo, e anunciando o evangelho, sobrevieram os principais dos sacerdotes e os escribas com os anciãos, e falaram-lhe, dizendo: Dize-nos, com que autoridade fazes estas coisas? Ou, quem é que te deu esta autoridade? E, respondendo ele, disse-lhes: Também eu vos farei uma pergunta: Dizei-me pois: O batismo de João era do céu ou dos homens? E eles arrazoavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que o não crestes? E se dissermos: Dos homens; todo o povo nos apedrejará, pois têm por certo que João era profeta. E responderam que não sabiam de onde era. E Jesus lhes disse: Tampouco vos direi com que autoridade faço isto. (Lc 20.1-8; grifo do autor).
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