Cristo ressuscitou! A ressurreição é a vivificação do que estava morto.
O mormonismo afirma: "Como o homem é, Deus foi; como Deus é, o homem poderá vir a ser", ou seja, Deus é um ser progressivo, "um Ser que chegou a esta condição exaltada por um caminho que a seus filhos é permitido seguir, e de cuja glória antes participaram como herdeiros" ("Regras de fé", James E. Talmage, 1983, p.389). Dessa forma, tanto o Filho como o Pai eram humanos que atingiram a glória de deuses, e os adeptos mórmons também podem alcançar a mesma posição.
Em contraponto, a Bíblia esclarece que Deus não é uma posição para ser alcançada, mas uma existência soberanamente imutável. As Escrituras aplicam a Deus atributos incomunicáveis, isto é, atributos que não podem ser compartilhados com nenhum outro ser. Encontramos três pessoas testificadas pelas Escrituras como Deus: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Logo, Deus é imutável, imensurável, atemporal, onisciente, onipresente, onipotente. Resumidamente, poderíamos dizer que Deus não é criatura e a criatura nunca será Deus.
As Escrituras ensinam que "Jesus, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana" (Fp 2.6,7). Cristo nunca mencionou que estava em uma trajetória de glória progressiva. Ao contrário, Ele havia deixado sua glória para, depois, recebê-la novamente, é o que lemos em sua oração no Getsêmani: "e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que tive junto de ti, antes que houvesse mundo" (Jo 17.5 - grifo nosso).
Para entendermos a forma existencial de Cristo, precisamos conhecer o conceito bíblico quanto à ressurreição. Ressurreição é a vivificação do que estava morto, e não de algo da mesma natureza. O corpo de Cristo foi ressuscitado. Ele não morreu novamente. O apóstolo João viu o corpo glorificado de Jesus. O próprio Senhor Jesus testificou de sua ressurreição: "vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho¬" (Lc 24.39).
Assim, cremos em um só Deus distinto em sua Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Em Cristo, há duas naturezas, porém não misturadas nem confundidas, mas em tal união que seu resultado fez de Cristo uma pessoa com duas naturezas distintas para sempre, concomitantemente Deus e homem.
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