O relato em tela encontra-se em Mateus 8.28-34 (compare com Marcos 5.1-20 e Lucas 8.26-39).
A distinção dos relatos dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas é que Mateus relata dois endemoninhados enquanto que Lucas e Marcos apenas um. Eram dois ou apenas um? Parece natural que enquanto Mateus foi mais detalhista em seu escrito; Marcos e Lucas focalizaram apenas aquele endemoninhado que foi proeminente. Os escritores (Marcos e Lucas) enfatizaram o personagem proeminente. Encontramos o escritor sagrado Mateus sendo mais detalhista em suas considerações como ocorreu também em relação à cura de dois cegos (Mt 20.30). O ponto principal que devemos considerar é a questão do ponto básico que os evangelistas apontam. Houve ou não o milagre da libertação? Conferem os evangelistas ao apresentar o poder de Cristo? Demonstram todos eles evidências de ser Jesus o Messias? Ou são titubeantes nas credenciais messiânicas? Notamos que todos os evangelistas apresentaram evidências conclusivas da vida, ministério, sacrifício, morte e ressurreição de Jesus. Até mesmo seus inimigos, isto é, as classes religiosas de sua época e os céticos historiadores registraram evidências de sua vida. Nisto vemos inteira convicção dos evangelistas. Quanto aos pormenores, cada um escreveu conforme sua perspectiva. Conforme os detalhes lhes saltavam aos olhos escreveram: O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra 1 Jo 1.1-4.
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