Ceticismo. Vale-se deste versículo para questionar os atributos da onisciência e onipresença aplicados a Deus, segundo a ortodoxia cristã.
Resposta apologética: É forçoso o apoio dos céticos, neste texto, para questionar os atributos divinos (onisciência e onipresença), cujo objetivo é impingir supostas contradições à Bíblia. O exemplo cotidiano social mostra que esta prática divina, de questionar o transgressor, mesmo conhecendo de antemão seu erro, é comumente empregada em investigações policiais ou por pais que desejam ouvir uma confissão do filho que praticou algum ato ilícito e cuja culpa já é conhecida. Adão não tinha por hábito esconder-se, já que, até então, não havia motivos para tal procedimento. Mas, ao tentar, inutilmente, "ocultar-se" de Deus, o Senhor, obviamente, conhecendo o seu paradeiro e o motivo que o levou a agir dessa forma (Sl 139.2,3), procurou arrancar-lhe uma confissão. O Senhor Deus empregou semelhante procedimento quando desejou desmascarar os crimes de Davi (2Sm 11.4,15), apresentando, pela boca do profeta Natã, um enigma que fez que o próprio transgressor entregasse a si mesmo (2Sm 12.1-15). As mensagens dos anjos que visitaram, a mando de Deus, José, Maria e Zacarias (Mt 1.20; Lc 1.5-11), antes do nascimento de Cristo, corroboram a verdade sobre a onisciência divina. Além disso, o exemplo de Mateus 26.33,34 deixa claro que Deus (na pessoa de seu Filho, Jesus Cristo) tinha pleno conhecimento de que Pedro, temendo ser morto por ter sido identificado como correligionário de Jesus, optaria por negar o Salvador. Quanto à sua onipresença, é suficiente o texto de João 1.48.
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