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Porventura farei propiciação por vosso pecado (Êx 32.30-33)


Catolicismo Romano. Em defesa da doutrina das indulgências, ensina uma expiação vicária dos membros do corpo de Cristo, a Igreja: "Como Cristo, a Cabeça sofreu a expiação e tomou lugar dos membros, assim também um membro pode tomar o lugar de outro membro".

Resposta apologética: Deus não riscou o nome de Moisés de seu livro, isto é, não tomou a vida de Moisés como propiciação pelo pecado de idolatria do povo de Israel. Ao contrário, "visitou, neles, o seu pecado" (v. 34,35). Só existe uma propiciação pelos pecados da humanidade, o sacrifício do Filho de Deus (Rm 5.18; 2Co 5.14,15,18-21; 1Jo 2.1,2; Hb 9.11-14). O que os cristãos fazem é praticarem, entre si, a solidariedade, que é própria de irmãos: "Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo" (Gl 6.2).

Quanto ao sentimento de Moisés, ele preferia a própria morte à condenação do povo de Israel. O apóstolo Paulo, no Novo Testamento, expressa o mesmo sentimento (Rm 9.1-5; 10.1,2). Embora tais gestos indiquem um amor profundo, um pecador não pode remir outro pecador (Sl 49.7,8). E muito menos a misericórdia de Deus pode ser movida pela vontade humana (Rm 9.15,16). Assim, a referência em estudo não serve como fundamento para a doutrina católica, que, aliás, contradiz a doutrina da auto-suficiência da morte de Cristo para a imputação da justiça aos que nele crêem (Jo 19.30; Hb 1.3; 2.14,15).

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