Comentário apologético: Algumas pessoas ficam impressionadas com a salvação gratuita proporcionada por Cristo e não conseguem entendê-la. Deduzem que, para que sejam salvas, devem (notadamente os espíritas) ser apenas boas. Longe de condenarmos as práticas de bondade (Ef 2.10), devemos entender, também, que a salvação é alcançada pela fé e não pelas obras, portanto, praticamos boas obras porque somos salvos e não para sermos salvos, ou seja, nossos gestos refletem a nossa condição de resgatados pelo verdadeiro evangelho (Tg 2.17).
O conceito de fé da ortodoxia bíblica rechaça a tese espírita, que afirma a “fé” é um atributo necessário ao chamado “homem de bem”. Mas isso não procede, até porque, a definição da crença em um Ser superior alcança uma peculiaridade quando associada ao culto no qual a pessoa está inserida. Dessa forma, a fé do muçulmano não é a mesma fé do católico que, por sua vez, diverge da fé espírita, que não tem nada a ver com a fé cristã. Logo, todos os homens de bem podem ter fé. Mas fé em quem? O cristão “recebe” a fé como dom de Deus – um presente que, obviamente, não estará direcionado a qualquer outro “deus” senão no Deus proposto pela Bíblia, por meio da qual os verdadeiros servos de Deus são orientados (Rm 10.17).
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