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Quem honra seu pai expia seus pecados (...) Uma caridade feita ao pai não será esquecida: e para teus pecados te valerá reparação (Eclesiástico 3.3,14)


Catolicismo romano. No texto há um equívoco quanto à reparação dos pecados, que poderiam ser atenuados pelas caridades que um filho realizasse em favor do pai, como se fosse possível, por esse meio, proceder à devida expiação. O texto, apesar de absurdo, serve bem aos intentos do Vaticano, que acrescenta o papel redentor das obras à soteriologia bíblica.

RESPOSTA APOLOGÉTICA. O versículo seguinte é ainda mais contundente e antibíblico ao apresentar a seguinte comparação: “teus pecados se desfarão como gelo ao sol” (v.15). Da maneira como escreve o autor do livro apócrifo, parece ser bem fácil resolver o problema do pecado que assola a humanidade e a separa de Deus. Basta a um filho praticar caridade ao seu próprio pai. Ora, este procedimento não atende sequer aos padrões caritativos que o próprio Cristo ensinou, e muito menos servem como escape para salvação. Jesus foi bem claro sobre o mérito desse tipo de comportamento: “Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (Mt 5.46). Fazer caridade ao pai não repara pecados, pois embora isso seja recomendável, nossos atos de justiça são insuficientes para nos salvar: “não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.” (Tt 3.5). A justificação de nossas almas e perdão de nossos pecados é um dom de Deus para nós, do contrário, o sacrifício de Jesus seria em vão: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Ef.2.8,9).

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