Catolicismo Romano. Adota esta referência para defender seu ensino de que as "relíquias sagradas" são uma fonte ou canal de milagres; logo, são dignas de veneração e culto.
Resposta apologética: O texto em referência é uma confirmação de que Eliseu seria o sucessor de Elias, o qual também "partiu" as águas do Jordão com o seu manto (v. 8). Não há nenhuma relação entre este episódio e o relicário sagrado católico.
Roma dogmatizou estes episódios para poder valorizar a intermediação do colegiado romano e suas sagradas relíquias junto aos fiéis católicos, pregando que o poder momentâneo apresentado nas citações, operado segundo a ordenança divina, permanece inalterado e ativo nas relíquias sagradas, assim nomeadas pelo Vaticano.
...sendo bom, entrei num corpo imaculado (Sabedoria 8.20)
Catolicismo Romano. Emprega o texto em destaque para sustentar a imaculada conceição da virgem Maria.
RESPOSTA APOLOGÉTICA. O texto não trata de uma profecia acerca da virgindade imaculada de Maria, até porque Maria era virgem por ocasião da anunciação da concepção de Jesus, mas não era imaculada (sem pecado), tanto assim que ela mesma reconheceu isso ao afirmar: "E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; porque atentou na baixeza de sua serva" (Lc 1.47,48). Somente Cristo foi assim concebido sem pecado ou imaculado (Hb 7.26). Os demais seres humanos são todos pecadores: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." (Rm 3.23). O salmista Davi tinha a consciência do pecado e escreveu: "Em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe" (SI 51.5). Quem nos purifica de todos os pecados é o sangue de Jesus, como disse o apóstolo João: "Mas se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1J.o 1.7). Além disso, é fato que Maria não permaneceu virgem após o nascimento de Cristo. O evangelho diz: "E José despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus." (Mt 1.24,25). A expressão "até que" limita o tempo em que José e Maria não deveriam se conhecer sexualmente, podendo fazê-lo depois do prazo imposto pelas conveniências de ordem moral ou religiosa. Dentre os irmãos de Jesus são citados: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 12.46; Mc 3.31-35; 6.3; Jo 7.3-5,10; At 1.14). Os próprios evangelistas (Mt 10.3; Mc 3.18; Lc 6.15; At 1.13) dizem que Tiago era filho de Alfeu e Maria, parenta da mãe de Jesus. O evangelista João também faz menção aos irmãos de Jesus: "Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui, e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Porque nem mesmo seus irmãos criam nele." (Jo 7.3-5).
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