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Pregou aos espíritos em prisão (1 Pedro 3.18,19)


Mormonismo. Ensina que este texto comprova que, entre a morte e a ressurreição, Jesus esteve realizando um trabalho missionário no lugar em que se encontravam os mortos, dando-lhes oportunidade para que fossem salvos.

Resposta apologética: A Bíblia diz enfaticamente que o homem tem apenas uma oportunidade (Hb 9.27). A morte sela o nosso destino eterno (Lc 16.19-31). Jesus afirma, na passagem do rico e Lázaro, que o justo não pode passar para o lugar onde estão os injustos (Lc 16.26). Além disso, não existe ninguém inocente perante Deus, todos serão julgados de acordo com a luz que tiveram (Rm 1.19-20; 2.12-15).

Segundo a escritura mórmon (Livro de Moisés 8.19-24), esses povos não morreram ignorantes, para que possam ter outra chance de ouvir o evangelho. Todavia, a doutrina de que há salvação para os mortos não só contraria a Bíblia como também o próprio Livro de Mórmon, porque Alma 34.31-35 (outra escritura mórmon) afirma que não existe salvação após a morte.

Além disso, existe uma tremenda contradição no que diz respeito à pregação do evangelho aos mortos. Enquanto a Bíblia declara que Jesus foi pessoalmente e pregou aos espíritos, Joseph Smith diz que quem fez isso foram outros mensageiros (Doutrinas e convênios 138.29,57). Outro fator que desqualifica tal interpretação é o fato de que a pregação, no texto em referência, se restringe apenas aos povos da época de Noé (v. 20) e não a todo o mundo, como dizem os mórmons.

Finalmente, o texto bíblico em estudo também não diz que Cristo foi e pregou o evangelho aos espíritos, mas apenas que “proclamou” (kerusso) algo. É importante ressaltar que Pedro usa estas pessoas como exemplo de castigo eterno e não de salvação (2Pe 2.4-9). A idéia de que a salvação está sendo oferecida no mundo dos espíritos está fora de cogitação.

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