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Eles lançaram-no na cova dos leões, onde esteve seis dias (Acréscimos de Daniel 14.31)


Catolicismo Romano. Segundo o texto apócrifo, Daniel teria sido novamente lançado na cova dos leões.

RESPOSTA APOLOGÉTICA. Enquanto na história do dragão (14.23-30) temos excesso de fantasia e invenção, aqui temos praticamente um plágio mal realizado do texto canônico de Daniel 6.1-27. Daniel é, novamente, lançado na cova dos leões, mas por razões diferentes. No texto inspirado, Daniel fora lançado na cova por não adorar o rei e por não cessar suas orações diárias ao Senhor (6.10). E permaneceu apenas uma noite na cova (6.18,19). No texto apócrifo, Daniel foi lançado na cova, onde permaneceu por seis dias, porque o rei foi ameaçado por seus próprios súditos. O texto é carente de coerência interna porque demonstra o rei refém de seus comandados, que lhes disseram: “Entrega-nos Daniel, senão nós te mataremos a ti e a toda a tua casa!”. Que espécie de poder tinha este rei, uma vez que precisou sucumbir a uma pressão dessa ordem? Ademais, questiona-se que ensinamento adicional poderia trazer essa narrativa, além daquele que já podemos abstrair de Daniel 6; isto é, de que Deus é poderoso para livrar seus filhos quando lhe apraz, que somente Deus deve ser adorado e que somente Ele é soberano sobre todos os deuses da terra. O fato é que a segunda presença de Daniel na cova dos leões nada acrescenta em todos os sentidos possíveis: bíblico, histórico e espiritual.

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