Comentário apologético: Alguns grupos religiosos rejeitam a materialidade do corpo de Jesus, classificando-o como fluídico, etéreo, etc. A negação de que Cristo veio ao mundo em carne humana é conhecida como docetismo, doutrina que minimiza a humanidade plena de Cristo. O docetismo foi o termo usado para designar uma seita que surgiu do gnosticismo. O apóstolo João escreveu sua epístola advertindo a Igreja contra aqueles que contestavam que Jesus Cristo veio em carne (1Jo 4.2). Tal declaração insinua que Jesus veio em carne no passado e permanecia na carne quando o apóstolo escreveu estas palavras, após a ressurreição. No texto em estudo, vemos o apóstolo, mais uma vez, advertindo os crentes contra aqueles “que não confessam que Jesus Cristo veio em carne”.
Esta insistência esclarece que João considerava um grande erro doutrinário negar a carne de Cristo, tanto antes como depois de sua ressurreição. A razão é óbvia: a carne humana faz parte da nossa verdadeira natureza humana criada por Deus. Conseqüentemente, negar que Cristo ressuscitou em carne humana é privá-lo da plenitude de sua natureza humana. A Bíblia ensina que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo, mas o seu nascimento foi físico, com um corpo humano (Hb 10.5). Ele foi circuncidado (Lc 2.21-23); teve crescimento físico, intelectual e espiritual (Lc 2.52); sentiu fome (Mt 4.2); sede (Jo 19.28); comeu e bebeu (Mt 11.19); dormiu (Mt 8.24); suou sangue (Lc 22.44). Estas descrições a respeito das necessidades físicas de Jesus comprovam sua humanidade (Jo 1.1,14; Rm 9.1-5).
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