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Que se abstenham [...] do que é sufocado e do sangue (Atos 15.20,29)


Testemunhas de Jeová. Declaram que a transfusão de sangue é proibida, que sua utilização implica em aniquilamento. Ou seja, elimina qualquer possibilidade de ressurreição.

Resposta apologética: As Testemunhas de Jeová interpretaram, por algum tempo, que o texto se referia à vacinação, que também consideravam uma violação do pacto eterno que Deus fez com Noé, baseando tal pensamento em Gênesis 9.1-17. Abanou essa idéia, conforme relato publicado na revista A Sentinela (edição de janeiro de 1954, p. 15). Mais tarde, passaram a proibir o transplante de órgãos, com a explicação (argumentação) de que um transplante de órgãos equivalia a uma transfusão de sangue. E, como justificativa, indagam: “Deus permitiu que os humanos comessem carne animal [...] Será que isso incluía comer carne humana? Não! Isso seria canibalismo, costume repugnante a todas as pessoas civilizadas”.

Posteriormente, tal proibição foi revogada, com a seguinte alegação: “Embora a Bíblia proíba especificamente a ingestão de sangue, não há nenhuma ordem bíblica que proíba especificamente receber outros tecidos humanos”. Permanece a proibição da transfusão de sangue, a qual teve início em 1945, ano em que a revista Consolação (hoje Despertai!) publicou o seguinte: “Deus nunca justificou determinações que proíbam o uso de medicina, injeções ou transfusões de sangue. É uma invenção de homens que agem como os fariseus, deixando de fora a misericórdia do amor a Jeová. Servir a Jeová não exclui o nosso raciocínio, especialmente quando se trata de uma vida humana que está a serviço dele”.

O texto em estudo, no entanto, proíbe somente comer sangue de animais (Lv 17. 3,10-13). O animal pode ser morto para alimento, mas o seu sangue não pode ser comido. O versículo 13 esclarece que se trata de caça de animal ou ave que pode ser usado como alimento. As Testemunhas de Jeová, no entanto, argumentam: “A título de comparação, considere o caso de um homem a quem o médico dissesse que precisa abster-se do álcool. Estaria ele obedecendo à ordem, se deixasse de beber álcool, mas fizesse que este lhe fosse injetado diretamente nas veias?”.

Ora, se o médico proíbe o álcool, é claro que tanto por via oral como por via venal o efeito pode ser o mesmo. Mas se a proibição diz respeito ao álcool, não se pode incluir o suco de laranja. Assim, a proibição está restrita ao sangue dos animais como alimento e não ao sangue humano como medicamento.

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