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Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos (Mateus 5.20,43-47)


Espiritismo. Afirma que Jesus, ao dizer estas palavras, não pretendia que as pessoas sentissem pelos inimigos a mesma ternura que nutrem por um irmão.

Resposta apologética: Há uma ausência gritante de exegese na interpretação espírita com respeito a esta seqüência.

No versículo 20, Jesus afirma que a justiça dos que desejam a salvação “deve exceder” à dos homens comuns e não que deve ser igual. No 44, determina que devemos amar os nossos inimigos. Ora, não existem variantes desta palavra que possam defini-la como “amar mais ou menos”. E Jesus prossegue ainda ordenando: bendizer; fazer bem e orar pelos inimigos. Proceder conforme a orientação espírita é transgredir o que a Bíblia orienta: “O amor não suspeita mal” (1Co 13.5). No 45, constata-se que Deus não faz acepção de pessoas, conforme praticada pelos espíritas (At 10.34). Antes, o Senhor trata a todos, justos e injustos, de igual maneira. No 46, Jesus explica que amar os que nos amam não proporciona qualquer recompensa, enfatizando que os publicanos (pessoas de interesses egoísticos) também agem desta forma. Dessa forma, fica esclarecido que, embora exista a necessidade do esforço humano para se atender a esta máxima cristã, o correto é amar efetivamente o inimigo, não fazendo diferença entre ele ou o amigo.

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