Comentário apologético: Embora as Testemunhas de Jeová sejam contrárias à prestação do serviço militar, vemos, neste texto, que não era esse o posicionamento de Jesus diante das autoridades militares. O centurião era o comandante militar de uma centúria, ou seja, de uma companhia composta de cem soldados. Esse pelotão, no entanto, poderia ser bem maior. Cafarnaum, provavelmente, era a sede de um posto militar importante do governo romano. Pela atitude tomada pelo centurião (Mt 8.8), podemos observar sua humildade. Talvez fosse um religioso, pois tinha bom testemunho diante dos judeus (Lc 7.5).
Jesus, ao encontrar-se com o centurião, não o mandou abandonar a carreira militar, pois foi justamente o conhecimento daquele homem quanto à hierarquia e à obediência nessa área que impressionou o Filho de Deus (v. 9). Se Jesus tivesse proibido o serviço militar, como fazem as Testemunhas de Jeová, jamais teria se maravilhado com as palavras do centurião.
O Senhor não tem nada contra a carreira militar ou quem a ela se dedica, tanto é que curou o criado do centurião (Mt 8.13). Caso houvesse alguma objeção a respeito, teria recomendado ao centurião para que deixasse o seu posto de comando, a centúria, como fez com o jovem rico. Vemos, aqui, que o mesmo Senhor que ensinou a respeito do amor ao próximo não condenou aquele comandante militar romano que dominava o povo judeu. Antes, ouviu a sua petição.
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