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Tomou sobre si as nossas enfermidades (Isaías 53.4,5)


Teologia da prosperidade. Afirma que devemos nos apropriar destes benefícios e que o crente verdadeiro nunca deveria contrair qualquer doença.

Resposta apologética: De acordo com a Bíblia, haveremos realmente de desfrutar do pleno restabelecimento físico na ressurreição (1Co 15.42-44; 1Ts 4.15-17), mas o restabelecimento do nosso corpo, no estado mortal em que nos encontramos, não é garantido.

O contexto da referência em estudo indica que o restabelecimento espiritual também está em vista: “Quem deu crédito à nossa pregação? [...] Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades”. Pregação, transgressões e iniqüidades atribuem ao contexto um restabelecimento espiritual — o pecado está sendo focalizado. Diversas ocasiões são registradas nas Escrituras em que servos de Deus, acima de qualquer suspeita, foram limitados e não puderam resolver os problemas como desejavam.

Lemos em 2Coríntios 4.16: “Ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia”. O apóstolo Paulo não pôde curar a enfermidade de Timóteo (1Tm 5.23), e muito menos Epafrodito (Fp 2.25-27) e Trófimo (2Tm 4.20). O próprio apóstolo ficou doente (Gl 4.13-15) e sofria com um espinho na carne (2Co 12.7-9). Contudo, ninguém se atreveria a dizer que Paulo estava desqualificado como crente verdadeiro. Pelo contrário, esses cristãos aceitaram suas situações e confiaram na graça de Deus para sustentá-los. As Escrituras nos incentivam: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças” (Fp 4.6).

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