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E a vida eterna é esta (João 17.3)


Testemunhas de Jeová. Dizem que a vida eterna é reconhecer Jeová como único Deus e Deus de seu filho, Jesus Cristo. Sua intenção, com isso, é afirmar que somente Jeová é Deus verdadeiro.

Islamismo. Declara que estas palavras de Jesus provam que só há um Ser divino e que Jesus, por sua vez, nada sabia a respeito da Trindade.

Resposta apologética: Se perguntarmos a uma testemunha-de-jeová se ela possui a vida eterna, responderá, enfaticamente, que não, porque ninguém, dirá, pode ter certeza de vida eterna. Os adeptos que pensam dessa forma contabilizam dez, vinte ou mais anos de estudos dos livros publicados pela Sociedade Torre de Vigia, o que demonstra que não possuem nenhum conhecimento do único Deus verdadeiro e do seu Filho, Jesus Cristo. Se tivessem o conhecimento exato, certamente teriam a certeza de vida eterna (5.24; Rm 8.1).

Quando os jeovistas e os muçulmanos declararem que Jeová é o único Deus, na verdade, estão negando a deidade de Cristo, como se Jesus não estivesse em unidade divina. Entretanto, o fato de Jeová ser chamado de o único Deus não exclui a deidade absoluta de Cristo (1.1, 8.58; 10.30-33; 1Jo 5.20). E, da mesma foram, o fato de Jesus ser o único Senhor (1Co 8.6) não exclui o senhorio do Pai, que também é chamado de Senhor em vários textos da Bíblia.

O texto em referência é uma das passagens mais extraordinárias da Bíblia. É simplesmente um golpe fatal em todas as ramificações gnósticas. Mas as testemunhas-de-jeová, os muçulmanos, os unicistas e todos aqueles que negam a divindade de Cristo rejeitam esta verdade, esforçando-se, o quanto podem, para separar a natureza do Pai e do Filho. O Pai não é o Filho, nem o Filho é o Pai. São pessoas distintas que formam, com o Espírito Santo, a unidade composta da divindade.

Estamos estudando um texto que revela um conhecimento místico, e isso implica em comunhão, fé, obediência, adoração. Não revela um conhecimento ético quanto às ações do cristão. Para as testemunhas-de-jeová, esse conhecimento é meramente técnico e artificial: “Fazer a vontade de Deus exige ter um conhecimento exato, tanto sobre Jeová como sobre Jesus Cristo. Esse conhecimento leva à vida eterna”. Tal declaração é falsa, pois Jesus disse: “Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (5.24). A salvação é pela fé em Jesus (Ef 2.8,9; Tt 3.5). Foi o que Paulo e Silas disseram ao carcereiro de Filipos (At 16.31). É justamente este sentido de conhecer Deus na referência 17.3 deste evangelho.

Crer no Filho e rejeitar sua divindade é uma crença falsa. Seria algo inconcebível associar a vida eterna a Deus e a uma criatura, se o Filho não fosse divino. O texto ensina o monoteísmo judaico-cristão, sem prejudicar em nada a doutrina da Trindade e da deidade do Filho. Esse mesmo Jesus (que nesta passagem é relegado pelas testemunhas-de-jeová a mero coadjuvante e pelos muçulmanos como mais um dos mensageiros) é declarado, por este mesmo autor, como Deus verdadeiro. Vejamos: “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1Jo 5. 20).

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