Comentário apologético: Na compreensão dos adeptos da Igreja da Unificação, Jesus, o segundo Adão, deveria casar-se com uma segunda Eva e produzir uma raça perfeita. Mas tal fato não aconteceu, por causa da morte de Jesus na cruz, que não era o propósito de Deus. Ou seja, Jesus morreu na cruz porque foi traído por João Batista, logo, a redenção na cruz não pode ser completa. Jesus, ainda na concepção dessa Igreja, só pôde realizar uma parte da redenção: a da queda espiritual, mas não a da queda física.
Na ocasião em que esta Igreja realiza a ceia, uma gota de sangue do seu líder, reverendo Moon, é derramada no cálice para purificar seus adeptos da obra de redenção física não concluída por Jesus. Biblicamente, porém, podemos afirmar que somos completamente salvos somente pelo sangue de Jesus: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1Pe 1.18,19). Além disso, a Bíblia ensina que, pela oblação de seu corpo, feita uma só vez, Cristo efetuou a nossa eterna redenção (Hb 10.10,12; 7.25). Quanto à afirmação de que “a morte de Jesus na cruz não era o propósito de Deus”, a Bíblia declara o contrário: “A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos” (At 2.23). Na cruz, Jesus bradou: “Está consumado”.
Teologia da prosperidade. Seus mestres declaram que Jesus foi ao inferno para pagar a Satanás o preço da nossa redenção, e não que Jesus nos resgatou por sua morte na cruz. O castigo pelo nosso pecado não foi morrer sobre a cruz, pois, se assim fosse, os dois ladrões poderiam ter pago o preço. A punição foi descer ao próprio inferno e lá cumprir a pena, separado de Deus. Satanás e todos os demônios do inferno pensaram ter amarrado e enredado Jesus quando o arrastaram às profundezas do próprio inferno para que pagasse a nossa sentença.
Resposta apologética: Como poderia alguém perder de vista o que o Senhor disse ao ladrão na cruz? Jesus não disse: “Hoje estarás comigo no inferno”, mas: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43). Na visão de Paulo, o paraíso está no terceiro céu (2Co 12.2-4). Não há como reconciliar a explícita declaração de Cristo, sobre a cruz, com o ensino de que Jesus sofreu no inferno. Cristo triunfou sobre o diabo na cruz. Foi sua morte na cruz que tornou possível a nossa salvação. Jesus disse que devemos rememorar sua morte na cruz quando participarmos da ceia do Senhor (1Co 11.24-26). Fomos perdoados na cruz, onde o corpo de Cristo foi partido e o seu sangue, derramado, nas condição de Cordeiro imaculado e incontaminado (Hb 9.1-14;10.19-22).
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