Islamismo. Declara que se Jesus fosse realmente divino não pronunciaria esta oração.
Testemunhas de Jeová. Por Jesus afirmar que tinha um pai e um Deus, ensinam que Jesus não poderia ser Deus da mesma forma.
Resposta apologética: Quanto ao fato de Cristo chamar o Pai de seu Deus, é perfeitamente inteligível, visto que era necessário que Jesus, em tudo, se assemelhasse aos seus “irmãos” na terra (Hb 2.17). E, neste sentido, deveria tratar Deus (o Pai) como seu Deus, não usurpando ser igual a Deus (Fl 2.6), mas prestando reverência a Deus, tal como os homens deveriam (e devem) fazer.
Quanto ao fato de Cristo chamar Deus de seu Pai, devemos entender que Jesus não é Filho de Deus por criação ou por adoção, como os demais homens. Jesus é o monogenes do Pai (3.16), o único da natureza do Pai, o seu Filho amado (Mt 3.17). O verbo que se fez carne (1.14). Jesus é o Filho de Deus pelo direito eterno de herança (Cl 1.15). Os homens são filhos de Deus por adoção (Rm 8.15). Enquanto procedemos de Deus, feitos à sua imagem (Gn 1.27), o Senhor Jesus possui a mesma essência do Pai (1.1; 10.30).
Não é só o Novo Testamento que ensina que Jesus é o Filho de Deus, o Antigo Testamento também afirma isso categoricamente ao profetizar a respeito do Messias que haveria de vir: “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel [Deus conosco]” (Is 7.14). “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu [...] e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6). Outras referências a respeito: Salmo 2.7 e 2.12. Cristo trazia em si as naturezas divina e humana. Sua aparência e necessidades eram totalmente humanas. Tinha de comer, beber, dormir. Sentia dores e tristeza, e demonstrou alegria. Como homem, sentiu, também, necessidade de orar. Mas foi a sua natureza divina que o capacitou a alimentar cinco mil pessoas com apenas cinco pães e dois peixinhos, a curar os leprosos, os aleijados, os paralíticos e os cegos, a acalmar a tempestade, a perdoar pecados, a andar sobre as águas e a ressuscitar os mortos.
Para nós, cristãos, que cremos na Palavra de Deus, o testemunho do Pai é superior ao de qualquer religião ou pensamento racional humano: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17; 17.5; Mc 1.11; 9.7; Lc 3.22; 9.35; 2Pe 1.17). Assim, como podemos constatar, o versículo em estudo alude exclusivamente aos homens e não ao Filho de Deus. Quando a Bíblia deseja mencionar Jesus como Filho de Deus, é clara ao fazê-lo: “Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?” (Hb 1.5). Até os demônios reconhecem que Jesus é o Filho do Deus vivo! (Mc 1.23,24). Logo, Jesus é de fato o Filho de Deus, da mesma essência do Pai. É Deus de Deus, Luz da Luz, Palavra da Palavra, Verdade da Verdade.
O evangelista João declara: “Graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor” (2Jo 1.3). Esse texto foi escrito cerca de quinhentos anos antes do Islã. Finalmente, as próprias palavras do Senhor Jesus declaram sua filiação: “És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? E Jesus disse-lhes: Eu o sou” (Mc 14.61,62).
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