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Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos (João 20.25)


Agnosticismo. Emprega a tese de Immanuel Kant para fundamentar a idéia da razão limitada, ou seja, aquela que prega que o conhecimento é algo limitado à percepção dos sentidos e, por estar fora dessa percepção, Deus pode não existir.

Resposta apologética: Pelo texto em referência, podemos constatar que Tomé provou que também estava na dependência do que é material, visível e incontestável. As palavras dos demais discípulos foram desprezadas pelo cético Tomé, para quem Cristo poderia ou não ter efetivamente ressuscitado, necessitava de provas, sem as quais desconsideraria a informação trazida pelos demais. A repreensão de Cristo responde a Tomé e aos agnósticos, quando sentencia: “Bem-aventurados os que não viram e creram!” (v. 29). O emprego dos sentidos na argumentação da existência de Deus é desprezível se comparado à necessidade da fé, como determinante da concessão da graça, ambas (fé e graça) são provenientes de Deus (Ef 2.8,9).

Testemunhas de Jeová. Dizem que Jesus morreu em uma estaca de tortura e não em uma cruz. Inclusive, em sua versão da Bíblia (a TNM), traduzem a palavra “cruz” por “estaca de tortura”.

Resposta apologética: O livro Conhecimento que conduz à vida eterna (p. 67) traz uma gravura de Jesus preso em uma estaca com as mãos sobrepostas, pregadas por um único cravo, e acima, os dizeres: “Jesus Nazareno, Rei dos judeus”. O que é uma afronta à História e à própria Bíblia.

No texto em referência, porém, Tomé disse: “Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos”. A palavra cravo está no plural, o que significa mais de um. Ou seja, um em cada mão, o que não combina com a gravura que aparece no livro supracitado. Em Mateus 27.37, está escrito que a placa com os dizeres estava sobre a cabeça de Jesus. Para que a gravura estampada na obra publicada pelas Testemunhas de Jeová fosse correta, a palavra deveria estar acima da cabeça de Jesus, em concordância com o relato de Mateus. Certamente, Jesus estava com as mãos no sentido horizontal, pregado numa cruz, e não com as mãos sobrepostas, acima da cabeça. Além disso, a própria História testemunha em favor de réus morrendo crucificados e não estacados.

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