Islamismo. Afirma que a filiação de Jesus era semelhante à dos demais homens, como, por exemplo, Adão, Israel, Davi e Salomão. Sua intenção, com isso, é negar a divindade de Jesus.
Resposta apologética: Jesus não é Filho de Deus por criação ou adoção, como os demais homens. Antes, é o monogenes do Pai (3.16), o único da natureza do Pai, o seu Filho amado (Mt 3.17). O verbo que se fez carne (1.14). Jesus é o Filho de Deus pelo direito eterno de herança (Cl 1.15). Os homens são filhos de Deus por adoção (Rm 8.15). Enquanto procedemos de Deus, feitos à sua imagem (Gn 1.27), o Senhor Jesus possui a mesma essência do Pai (1.1; 10.30).
Não é só o Novo Testamento que ensina que Jesus é o Filho de Deus, o Antigo Testamento também afirma isso categoricamente ao profetizar a respeito do Messias que haveria de vir: “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel [Deus conosco]” (Is 7.14). “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu [...] e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6). Outras referências a respeito: Salmo 2.7 e 2.12. Cristo trazia em si as naturezas divina e humana. Sua aparência e necessidades eram totalmente humanas. Tinha de comer, beber, dormir. Sentia dores e tristeza, e demonstrou alegria. Como homem, sentiu, também, necessidade de orar. Mas foi a sua natureza divina que o capacitou a alimentar cinco mil pessoas com apenas cinco pães e dois peixinhos, a curar os leprosos, os aleijados, os paralíticos e os cegos, a acalmar a tempestade, a perdoar pecados, a andar sobre as águas e a ressuscitar os mortos.
Para nós, cristãos, que cremos na Palavra de Deus, o testemunho do Pai é superior ao de qualquer religião ou pensamento racional humano: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17; 17.5; Mc 1.11; 9.7; Lc 3.22; 9.35; 2Pe 1.17). Assim, como podemos constatar, o versículo em estudo alude exclusivamente aos homens e não ao Filho de Deus. Quando a Bíblia deseja mencionar Jesus como Filho de Deus, é clara ao fazê-lo: “Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?” (Hb 1.5). Até os demônios reconhecem que Jesus é o Filho do Deus vivo! (Mc 1.23,24). Logo, Jesus é de fato o Filho de Deus, da mesma essência do Pai. É Deus de Deus, Luz da Luz, Palavra da Palavra, Verdade da Verdade.
O evangelista João declara: “Graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor” (2Jo 1.3). Esse texto foi escrito cerca de quinhentos anos antes do Islã. Finalmente, as próprias palavras do Senhor Jesus declaram sua filiação: “És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? E Jesus disse-lhes: Eu o sou” (Mc 14.61,62).
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