Comentário apologético: O espiritismo cai em contradição quando Kardec discorre sobre a imperfeição humana. Vejamos duas de suas declarações: a) “O homem não chega a Deus, enquanto não se fizer perfeito”, e b) “Porque os homens, sendo ainda imperfeitos, têm inclinação para o mal, e porque as más árvores dão maus frutos”.
Vemos que, num primeiro momento, Kardec afirma que o homem precisa tornar-se perfeito para que possa ver Deus. Mas, depois, declara que a natureza do homem é intrinsecamente má (ou seja, imperfeita) e suas obras, conseqüentemente, más. Logo, a segunda declaração anula a expectativa da primeira. A Bíblia, neste sentido, fornece esperança ao homem que, embora seja irremediavelmente imperfeito (Rm 11.32; Gl 3.22), pode chegar-se a Deus tão logo reconheça sua condição e se arrependa.
O texto de 1Pedro 5.10 relata que o Criador é quem nos aperfeiçoa e não nós mesmos. A João, no livro da revelação, foi sentenciado: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21.5), o que não pode ser tomado apenas no sentido escatológico, posto que todas as mudanças procedidas no homem, para que se regenere, provêem de Deus (Ez 11.19b).
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