Um homem foi ao barbeiro.
Enquanto. seus cabelos eram cortados conversava com o barbeiro, falando da vida e de Deus.
Daí a pouco, o barbeiro, incrédulo, não agüentou e falou:
– Deixa disso, meu caro, Deus não existe!
– É claro que Deus existe.
– Ora, se Deus existisse não haveria tantos, miseráveis, passando fome! Olhe em volta e veja quanta tristeza. E só andar pelas ruas e enxergar!
O freguês pagou o corte e quando ia sair da barbearia avistou um maltrapilho imundo, com longos e feios cabelos, barba desgrenhada, suja, abaixo do pescoço. Deu meia volta e disse para o barbeiro:
– Sabe de uma coisa, não acredito em barbeiros!
– Como assim…? riu-se o barbeiro.
– Se existissem barbeiros, não haveria pessoas de cabelos e barbas compridas como aquele ali, por exemplo!
– Ora, este sujeito ali está assim porque, evidentemente, faz tempo que não vai a um barbeiro!
– Que bom que agora você entendeu tudo, respondeu o freguês.
“Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos que o receberam, aqueles que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” – João 1-12.
Autor: Carlos E. Faiz
Fonte: O MENSAGEIRO, edição 2005, pg. 64.Agradecemos à Associação Menonita Beneficente que tão gentilmente autorizou-nos a publicação deste artigo.
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