O martelo e a foice foram jogados fora, mas o desafio de levar o amor de Deus aos russos ainda é forte e intenso.
Com certeza, todos já lemos ou ouvimos falar do antigo império comunista, formado pela extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS. Propositalmente, o governo desse país patrocinava o esporte, a literatura e todo tipo de atividade cultural com um único objetivo: propagar o regime comunista. Há uma década, o regime socialista acabou, no entanto, a necessidade por Jesus continua latente nessa parte do globo, apesar da liberdade religiosa.
Antes de Bolchevique Lênin e Josef Stálin promoverem o socialismo na Rússia, houve mil anos de cristianismo. Com o surgimento do comunismo, as igrejas se tornaram currais para animais e algumas delas, destruídas. Hoje, essas igrejas foram restauradas ou, em alguns casos, estão sendo reconstruídas. Atualmente, o governo tenta solucionar os problemas decorrentes da transição política do comunismo para o capitalismo.
Em Moscou, capital da Rússia, é evidente o contraste do pós-comunismo. Novos hotéis contrastam com prédios antigos do arcaico regime socialista. Há um movimento intenso nas ruas, com atividades que refletem a comoção e o excitamento, a dor e o trauma, fazendo de Moscou o lugar ideal para saber sobre a nova Rússia.
A nação possui uma enorme extensão territorial, atingindo boa parte do leste e nordeste da Europa e todo o norte da Ásia. O clima e o relevo são variáveis, apresentando enorme contraste de paisagens subtropicais e semidesérticas.
Os russos são detentores de uma grande cultura. Na época do comunismo, os jornalistas ficavam surpreendidos com o profundo interesse do povo pela cultura. Era comum ver espaços teatrais superlotados e longas filas nas bilheterias. As livrarias também estavam sempre lotadas. No metrô, os passageiros faziam suas viagens lendo livros. Era essa a "vitrine" divulgada pelo comunismo.
Hoje, a situação mudou um pouco, pois a abertura comercial trouxe benefícios e malefícios. A professora e doutora, Elena Vássina, da Universidade de São Paulo - USP, diz o seguinte: "A Rússia vive a utopia da liberdade econômica". Para ela, ainda, "a crise que a Rússia está vivendo hoje em dia não é a primeira das ultimas décadas. Desde a época de Gorbatchióv a Rússia tem passado por crises quase permanentes".
Mas para isso existe uma explicação, ainda que nos últimos quatro anos tenha registrado crescimento econômico, o panorama social assusta os governantes. A população russa diminui 650 mil por ano. Aumentou o índice de divórcios, da criminalidade... As máfias estão por todos os lados. E o que dizer do consumo do álcool e das drogas, que cresce vertiginosamente?
Daí surge uma questão. Quem manda na Rússia hoje? Eis aí uma pergunta conveniente. As grandes companhias estatais (de petróleo, gás, carvão, ouro, entre outras) caíram nas mãos de antigos administradores, novos barões de uma oligarquia aristocrática e devoradora. Já os negócios de varejo e lojas comerciais são uma verdadeira "roleta-russa", pois são controlados por grandes e pequenos mafiosos. As idéias de como negociar estão em desenvolvimento.
Outro problema grave ocorre no país: seis mil cientistas têm dificuldades para sobreviver. Imigrar para os EUA, Austrália, Inglaterra ou para outros lugares tornou-se uma tentação sedutora. A fuga de "cérebros" é um risco concreto à nação. Aqueles que permanecem podem estar dispostos a fazer um free lance para algum país estrangeiro ou magnata árabe.
Todo mundo sabe que, mesmo depois do desarmamento nuclear, a Rússia possui reservas de urânio e plutônio capaz de produzir milhares de armas nucleares. Foi isso que lhe garantiu participação como membro do G-8, grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia.
Atualmente, a vida dos russos é muito agitada. Nos finais de semana, porém, a praça vermelha, perto da sede do governo, no Kremlin, é invadida por um pelotão de pessoas que faz seu piquenique semanal. Ficam deitados no chão lendo, ouvindo música e alguns até arriscam cantar e dançar. Nas ruas principais de Moscou, é comum ver carros importados de última linha transitando ao lado do antigo Lada, automóvel que não mudou muito desde sua fabricação. Isso demonstra o paralelismo entre o antigo e o novo regime vivido pelos russos.
Um aperto firme de mãos, olho no olho. É dessa forma que os russos estão acostumados a se cumprimentar. Às vezes, em alguns lugares da Rússia, as pessoas costumam, entres amigos mais chegados, cumprimentar-se com o "abraço do urso" acompanhado por dois ou três beijos no rosto ou com um beijo diretamente na boca. E isso ocorre até mesmo entre homens.
Um detalhe. O visitante deve prestar atenção, pois o país é muito grande e em alguns lugares esse comprimento não é mais usado.
Em algumas partes do país, assobiar é sinal de reprovação e discórdia, principalmente em público. Existem ainda outros costumes que, se para nós é normal, para eles pode ser uma terrível afronta, principalmente para os mais velhos, que ainda não se adaptaram totalmente ao modo capitalista de viver. Por exemplo: fazer o sinal de OK pode ser considerado desrespeito. Com os jovens de lá não existe problema, já se acostumaram com "as novidades". Assim, o missionário que estiver (ou for para) lá não deve se preocupar com a prática de certos costumes ocidentais das Américas.
No interior da Rússia, há regiões mais tradicionais. Como exemplo, o Distrito de Vasileostrovky, onde balançar os punhos, levantando-os, é sinal de desacordo e cólera. Em compensação, o polegar para cima pode ser utilizado em todo o país. O visitante deve observar que os moscovitas não sorriem muito em público, mas em reuniões menores e particulares são mais abertos.
Segundo especialistas, as únicas coisas que ainda permanecem na Rússia são sua cultura e sua criatividade. Embora não receba ajuda do governo para essas áreas, os russos têm extrema facilidade de "tirar coelho da cartola". Isso é evidente na arte e na literatura. O fabuloso circo de Moscou, famoso em todo o mundo, os mosaicos das igrejas ortodoxas, os espetáculos de dança e teatro e o precioso acervo do museu do Kremlin testificam que o país possui um arsenal de arte tão forte quanto suas ogivas nucleares.
Poderíamos dizer que existe uma Rússia dentro de outra Rússia, como no caso das bonequinhas típicas: as matryoshkas, que se repetem em ordem decrescente, com uma cabendo dentro da outra.
Verdade seja dita. Os russos contribuíram muito para a posteridade da literatura mundial. E isso graças a Tostói e Dostoiesvky, dois escritores russos geniais, entre outros. Os russos são importantes para o mundo, pois legaram à humanidade um acervo cultural estrondoso, além de contribuírem com a ciência, o esporte e a educação.
Na época do comunismo, nós, latinos, assistíamos, às vezes de "camarote", às investidas do missionário holandês que não media esforços para pregar o evangelho a esse povo. Estamos falando do irmão André, o contrabandista de Deus, como era conhecido. Ele transpunha a cortina de ferro, desafiando os agentes secretos e o governo, a bordo de seu fusquinha lotado de Bíblias. Realmente, ele foi, e ainda é, um grande exemplo para todos aqueles que anseiam falar do amor de Deus.
Mas, e agora, como está a fé do povo russo? Pergunta interessante.
A Rússia é um país muito grande. Tem duas vezes mais a área do Brasil e, por isso, pode mandar pessoas indesejáveis para muito longe sem precisar transpor suas fronteiras nacionais. E era justamente isso que o comunismo fazia: mandava todos os indesejáveis para a Sibéria, a terra do fim do mundo. Lá, quase não existe nada, além de frio, neve e a maior estrada de ferro do mundo: a transiberiana. Quase ninguém tem conhecimento de Jesus, pois as pessoas levam uma vida de subsistência. Vivem da caça e da pesca. Na Sibéria, poucos cidadãos têm informação sobre o que acontece no mundo, o que não deixa de ser um grande desafio para missões.
A doutora Vássiva afirma que a religião exerce papel importante na cultura da Rússia hoje. Para ela, "na ultima década a fé religiosa começou a ocupar um lugar muito especial para os russos". No entanto, em um país formado por 21 repúblicas, a diversidade é muito grande. O islamismo tem crescido principalmente nas regiões de fronteira com o Cazaquistão, onde cerca de 7% da população é adepta do islamismo.
O teólogo, sociólogo e missionário, Jonas Luiz Bernardino, declarou: "A Rússia ainda é um desafio para falar do amor de Deus". E diz mais: "A necessidade de evangelização na Rússia é urgente, pois, apesar de uma década da chamada abertura, os russos continuam sem o testemunho do amor de Deus".
E a igreja evangélica russa? Continua viva, mas precisa de ajuda urgente. Sua relação com o Brasil melhorou muito, mas eles desconhecem que o Brasil é o terceiro maior país evangélico no mundo.
O envolvimento da igreja ortodoxa com o Estado é um problema freqüente na Rússia, o que abre as portas para a entrada de outras religiões no país, como, por exemplo, o hinduísmo, as seitas orientais, os mórmons e as testemunhas-de-jeová. Tais religiões já estão até mesmo ocupando horário nobre da TV e do rádio. Controlar a igreja ortodoxa é complicado, pois, atualmente, seus adeptos dominam todo o tipo de literatura religiosa no país. E, além disso, a Constituição garante liberdade religiosa.
Antes da queda do muro de Berlin, em 1989, que quase coincidiu com o fim da URSS, em 1991, era moda falar de ateísmo. Mas, ainda hoje, os ateus representam quase a metade da população russa. E aí a situação torna-se mais perigosa, porque poucos são os obreiros russos preparados para defender a fé genuína.
A Rússia enfrenta ainda outra invasão religiosa. Estamos nos referindo ao "mercadores do evangelho", que no Brasil são conhecidos por sua doutrina da "teologia da prosperidade". Num país com crises financeiras decorrentes da mudança do seu regime político e econômico, o Jesus que deixa a pessoa rica e ainda a leva para o céu tornou-se uma sedutora "muleta" para aqueles que desejam alcançar a vida eterna.
Podemos dizer que a Rússia vive uma "salada mista" de religiões, um sobe-e-desse, uma "montanha-russa", de proporções iguais ao Brasil, onde a veracidade do evangelho defende a genuína fé diante de lobos devoradores que tentam devorar as ovelhas.
Oremos pelos russos, pois ainda são um grande desafio às boas novas de Cristo!
Primeiro milênio a.C
Tribos eslavas migram para a região que hoje é a Rússia.
Século IX
Os vikings fundam as cidades de Kiev e Ninji Novgorod.
Século X
O príncipe Vladimir anuncia aos eslavos o cristianismo.
Século XIV
Moscou passa a ser a principal cidade russa.
Século XVI
Ivã IV, o terrível intitula-se czar e expande seu poder político.
Século XVIII
Pedro I moderniza a Rússia, tornando-o um exemplo para toda a Europa ocidental.
1712
Fundação de São Petersburgo, que passa a ser a nova capital do país.
1861
O cruel regime de servidão deixa de existir.
1890
Surgem as classes de operários e grupos urbanos de ideologia marxista.
1917
Lênin chega ao poder.
1922
É formada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
1924
Stálin assume o poder e persegue os antigos líderes bolcheviques, inclusive Trótski.
1940
Trótski é assassinado no México por agentes secretos.
1943
Em Stalingrado, os russos derrotam as tropas nazistas, dando um novo rumo à Segunda Guerra mundial.
1985
Gorbachev assume o poder e dá início à Glasnost e à Perestroika.
1991
A URSS deixa de existir, surgindo a Federação Russa.
1994
Tropas russas invadem a Chechênia.
1998
Iéltsin declara a moratória da dívida externa.
2001
A Rússia declara apoio à guerra contra o terrorismo.
Nome do povo: Checheno
País: Rússia
Sua língua: Chechen
População: 25.725.000
Maior religião: islamismo sunita
Cristãos: 0%
Escrituras disponíveis em sua língua: porções bíblicas
Evangélicos (desse povo no país): 126.050 (49%)
Nome do Povo: Balkar
País: Rússia
Sua língua: Karachay-Balkar
População: 85.000
Maior religião: islamismo sunita
Cristãos: 0%
Escrituras disponíveis em sua língua: porções bíblicas
Evangélicos (desse povo no país): (0%)
Nome do Povo: Circassiano Oriental Kabardin
País: Rússia
Sua língua: Kabardin
População: 46.000
Maior religião: islamismo sunita
Cristãos: 10%
Escrituras disponíveis em sua Língua: porções bíblicas
Evangélicos (desse povo no país): 470 (1.02%)
Nome do Povo: Darguin
País: Rússia
Sua língua: Dargwa
População: 369.000
Maior religião: islamismo sunita
Cristãos: 01%
Escrituras disponíveis em sua língua: Nada
Evangélicos (desse povo no país): (0%)
Nome do Povo: Lak
País: Rússia
Sua língua: Lak
População: 112.100
Maior Religião: Islamismo sunita
Cristãos: 01%
Escrituras disponíveis em sua Língua: Nada
Evangélicos (desse povo no país): (0%)
Nome do Povo: Tabasaran
País: Rússia
Sua língua: Tabasaran
População: 95.000
Maior Religião: islamismo sunita
Cristãos: 0%
Escrituras disponíveis em sua língua: Nada
Evangélicos (desse povo no país): (0%)
Fonte: infobrasil
A melhor época para se familiarizar com a Rússia é o verão, de julho a agosto, quando Moscou fica animada diariamente por causa do calor, ainda que a temperatura média é de apenas 17 °C.
O inverno rigoroso, com temperaturas negativas de dois dígitos, começa em novembro, e só termina em abril. Setembro e outubro, meses do outono, são considerados os mais belos, mas é bom lembrar que há frio suficiente capaz de afastar os missionários acostumados às temperaturas tropicais.
1. Pelos missionários na Rússia.
2. Pela igreja evangélica russa, pois está passando por momentos muito delicados.
3. Pela situação econômica e social vivida pela Rússia.
4. Pela Sibéria e pelos povos que desconhecem o amor de Deus.
... Que a base da culinária russa é composta por carne de porco e frango, sempre acompanhada por um prato de sopa.
Católicos ortodoxos: 51%
Sem religião: 28%
Ateus: 8%
Islamismo: 7%
Evangélicos: 5%
Outras: 1%
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