Apelidada de Terra dos Marechais, Alagoas se situa entre três estados brasileiros: Sergipe, Pernambuco e Bahia. Os colonizadores, ao aportarem nas terras virgens do solo brasileiro, viram muitas lagoas interagindo entre si, e muitos rios que se lançavam ao mar, então, batizaram o nome daquele grande pedaço de terra de "alagoas", o mesmo que "lagoas", depressões de pequena profundidade.
Quando a expedição portuguesa deslocou-se para o Brasil em 1503, tinha como seu comandante Duarte Coelho Pereira. Após prestar relevantes serviços a Portugal na Índia, foram lhe doadas 60 léguas de costa no Brasil, nos atuais estados brasileiros: Alagoas e Pernambuco. Antes de se tornar independente, ainda no período colonial, Alagoas pertencia à capitania de Pernambuco, cujo donatário era o comandante Duarte Coelho Pereira.
É atribuído a tribo indígena Caetés, existentes na região, um dos momentos mais importantes e marcantes da história alagoana. Após naufragar com seu navio em frente à pequena baía, onde é hoje o pontal de Coruripe, o bispo dom Pero Fernandes Sardinha, foi atacado, morto e devorado pelos índios quando regressava a Portugal procedente da Bahia, em 1556. Entre outros momentos importantes podemos destacar a revolução do Quilombo de Palmares e a expressiva participação dos intelectuais no combate em consideração a abolição da escravatura e a instituição da república.
O desenvolvimento econômico e cultural deu ao estado a oportunidade de se tornar Comarcai em 1711. Tornou-se uma capitânia autônoma em 1817. A este fato atribui-se uma represália do governo central à Revolta Pernambucana. Sua conversão à província deu-se após a Independência do Brasil, em 1822.
Economicamente se sustenta na agricultura, pecuária, extração de sal-gema, gás natural, petróleo e na indústria (cimento, alimentícia, química, açúcar e álcool). A cultura agrícola é bem diversificada e nela podemos alistar o algodão, milho, fumo, mandioca, coco-da-baía, sendo o estado o maior produtor de cana-de-açúcar do Nordeste.
Por concentrar lindas praias em seu litoral, principalmente em Maceió, o turismo é uma importante fonte de renda ao governo e afins.
Este foi o nome dado ao local para onde afluíram inúmeros escravos que trabalhavam nos grandes engenhos. Os habitantes de um quilombo são chamados de "quilombolas". A União dos Palmares, na Serra da Barriga, foi instituída no início do século XVII. Em busca da liberdade os escravos, a União conseguiu se organizar de forma que podiam cultuar suas tradições, falar em seu próprio idioma e gozar a liberdade da tirania opressora. Zumbi, o líder deles, foi o responsável pela maior revolta de escravos em todo o país. O Quilombo resistiu por um bom tempo, mas, em Novembro de 1695, foi atacado vorazmente. Zumbi fugiu e foi morto. O sonho de liberdade daqueles ex-escravos, só se concretizaria oficialmente em 1888, com a abolição da escravatura. No dia 20 de Novembro se comemora o "Dia da Consciência Negra" alusivo à morte de Zumbi, o ícone da resistência negra ao escravismo e da luta pela liberdade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que altera a de nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996, incluindo o feriado no calendário escolar.
Alagoas deu ao Brasil ilustres personalidades dotadas de dons maravilhosos, que representam com propriedade nossa nação em vários segmentos. Há músicos, escritores, dicionarista, político, cantor, etc. Nomes como: Hermeto Pascal, Graciliano Ramos, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Marechal Deodoro da Fonseca, Fernando Afonso Color de Melo, Djavan, entre outros.
De grande importância em Alagoas é sua imensa atividade cultural. No final do decênio de 1979 já contava com cerca de 250 bibliotecas, universitárias, populares e particulares. Na época havia sete museus com destaque para os três principais: Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, História e Arte Sacra, do dr. Mário Hélio Gouveia, além da Pinacoteca do Palácio dos Martírios. As instituições culturais fundamentais do estado são o Teatro Universitário, a Comissão Alagoana de Folclore, o Instituto Histórico , já mencionado, a Associação Alagoana de Imprensa , a Associação Teatral das Alagoas e, finalmente, a Academia Alagoana de Letras.
Possuidor de várias expressões folclóricas, Alagoas figura entre os mais importantes estados do país neste quesito. Entre danças e folguedos são mais de 25 tipos diferentes.
As manifestações folclóricas são advindas da Europa, juntando-se as existentes aqui de origem indígena e africana, somando-se as suas formas, danças, cores e ritmos. Pode-se optar entre as casas especializadas nas danças e folguedos ou se preferir participar nas praças e ruas com os tradicionais cortejos. Entre as mais importantes podemos alistar:
É a subsistência do Quilombo de Palmares. Neste modo, as danças adaptadas, representam lutas, alternando entre brancos e negros, índios, cristãos e mouros. A dança tem três etapas: 1.) Roubo da liberdade, 2.) Roubo e o batuque e 3.) A luta e a prisão dos negros. É uma dança que se prolonga durante horas.
É um folguedo em que os encenadores com trajes coloridos, reproduzindo fielmente as roupas da aristocracia colonial, retratam por via de suas peças as belezas do Estado. É dançado notavelmente no Natal.
Realizado geralmente no período de festa junina. É um círculo de homens e mulheres com um solista no centro, cantando e fazendo passos figurados até que, ao final, se despede, convidando o substituto escolhido com uma umbigada. Os instrumentos que animam o Côco são de percussão, como cuícas, pandeiros, ganzás e bombos.
Segundo o censo de 2000, os católicos (nominais ou não) somam 73,57% no Brasil. Não seria diferente na expressiva comunidade alagoana, onde a "força" católica se mostra vívida. Municípios como São José de Trapera, Craíbas, Monteirópolis, Pariconha e Água Branca, contam com 98,8% de adeptos do romanismo e 1% de evangélicos. A diferença é desmedida.
Desde 1995, o Ministério Universidades Renovadas, promove na UFAL (Universidade Federal de Alagoas) o Encontro Nacional de Universitários Católicos Carismáticos (ENUCC).
Estas informações devem preocupar e gerar motivações aos salvos em Alagoas, pois o IDE de Jesus não deve ser olvidado: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19).
Catolicismo: 2.306.135
Evangélicos: 242.280
Espíritas: 11.288
Testemunhas de Jeová: 9.461
Candomblé: 1.043
Budismo: 249
Islamismo: 71
Hinduísmo: 15
Judaísmo: 09
Religiões Orientais: 1.286
Outras: 15.946
Não Determinadas: 4.920
Sem Religião: 228.924
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 / CERIS
Alagoas: 27.767,661 km
População total: 3.015.912
Densidade demográfica: 101,84 hab / km
Capital: Maceió
Clima: Tropical
Numero de municípios: 102
Cidades mais populosas: Maceió, União dos Palmares, Rio Largo, São Miguel dos Campos, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia, Campo Alegre, Coruripe.
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