Uma nação que mudou o mundo, sem dúvida, foi a Espanha. Quando ouvimos falar desse país, sempre nos lembramos das touradas, dos gols de Ronaldo (o fenômeno, como é chamado por lá) e das descobertas de seus exploradores na América Latina. Contudo, seu grande sucesso não esconde seus problemas sociais e muito menos oculta a religiosidade conturbada dos espanhóis. A nação está vivendo um declínio social que precisa mudar. Conheçamos a Espanha!
O povo espanhol é muito conservador. No decorrer da história da Espanha através dos séculos, constatamos que foi ela quem colonizou a maior parte da América Latina. Detentora de forte tradição católica, recebe milhares de peregrinos todos os anos na cidade Santiago de Compostela, onde, segundo os espanhóis, se encontra a sepultura do apóstolo Tiago, padroeiro da reconquista cristã que encerou o domínio mulçumano na península.
A cultura espanhola possui a dança flamenca e a famosa tourada. Mas essa belíssima cultura não mostra a desigualdade na distribuição da população, e isso tem gerado um desequilíbrio entre as regiões que apresentam distintos e contrários níveis de densidade demográfica. Por esse motivo, a população tende a concentrar-se mais no litoral e menos nas cidades industrializadas. As regiões litorâneas apresentam melhor estrutura urbana.
A Espanha (ou Reino da Espanha) é um Estado Social Democrata de Direita. Seu sistema de governo é a Monarquia parlamentarista, estabelecida na Constituição de 1978. Seu atual rei é Juan Carlos I (desde 1975). Sua capital é Madri, onde ficam a sede do Governo, a residência do rei e os poderes legislativo e judiciário. Hoje, a Espanha está constituída por cinqüenta províncias e dois territórios admistrativos: Celta e Mililla. Cada uma dessas cidades é regida por um Estatuto de Autonomia.
Na Espanha se encontra o grupo ETA (Euskadi Ta Askatasuna), que luta pela liberdade do País Basco, uma região autônoma e com língua própria: o euskara. Povo de traços fortes e de grande poder econômico, conhecemos, aqui no Brasil, uma importante instituição financeira pertencente aos bascos. Trata-se do BBVA (Banco Bilbao Viscaya). Com cidades belíssimas e turismo forte, como, por exemplo, San Sebastian, o País Basco tem suas costas banhadas pelo Mar Cantábrico. Sua culinária é praticamente voltada aos frutos do mar. Não podemos esquecer de destacar a pequena cidade de Guernica que, durante a Guerra Civil Espanhola, foi bombardeada pelas tropas militares e inspirou Pablo Picasso a pintar a sua tão famosa tela "Guernica".
A capital da Espanha, Madri, desfruta de uma importante história cultural. Para o missionário interessado em fazer missões na Espanha, conhecer o museu Prado é um excelente meio para se conhecer o povo espanhol. Em Madri, com mais de 2 879 052 de habitantes, a culinária é praticamente composta de massas e frutos do mar, uma importante dica para os missionários brasileiros que tentam se familiarizar com a comida espanhola, muito diferente da do Brasil. Como podemos ver, lá não se come arroz nem feijão.
Os horários de trabalho por lá também são diferentes de tudo o que nós, brasileiros, estamos acostumados. O setor comercial da cidade abre das 10h às 14h e das 17h às 20h. O intervaldo para descanso é longo, com exceção de algumas lojas. O missionário que estiver conhecendo a Espanha nunca deve jantar antes das 21h, pois vai comer sozinho. Em Madri as pessoas costumam jantar após às 22 horas.
O povo da Catalunha, cuja capital é Barcelona, possui culturas próprias, tendo até um dialeto diferente do espanhol: uma mistura do castelhano com o francês. Barcelona é uma cidade muito moderna e agitada. Foi sede das olimpíadas de 1992. Lembram? Os jovens de Barcelona sempre estão nas praças e principais centros turísticos, como a igreja da Sagrada Família. Barcelona, à noite, é um lugar agitado, o que não deixa de ser uma ótima oportunidade para o evangelismo.O missionário que estiver atuando em Barcelona tem de ser eclético, saber atrair os jovens com os mais variados meios de evangelismo.
Quem confundir um barcelonense com um madrileno estará em maus lençóis, é o caminho mais curto para se entrar numa "fria". Ambos detestam um ao outro! Se duvidar, pergunte a um barcelonense se ele é espanhol. Você tem nove chances em dez para ouvir: "Não, sou catalão!".
Ser catalão significa ser um trabalhador incansável (Barcelona é a cidade mais rica da Espanha, com 1 503 451 de habitantes e bancos em plena expansão, como o Santander, entre outros).
Se o visitante (no caso o missionário) desejar ir para uma cidade um pouco menor, mas muito carente de Deus, pode ir para Valência. Com 739 412 habitantes, Valência é conhecida mundialmente como a cidade das cerâmicas, das artes e das touradas, esporte muito popular naquela região.
Infelizmente, a Espanha está mergulhada em problemas sociais vinculado ao uso de drogas. A prostituição vem crescendo e, junto com ela, cresce também a pedofilia. As drogas têm levado milhares de jovens à morte. No campo da saúde, o país tem sofrido com o aumento da AIDS. Segundo a JOCUM (Jovens com uma Missão), 50% dos jovens de 18 a 21 anos têm morrido de AIDS. Os casos, quase sempre, estão relacionados ao uso de drogas injetáveis. Em toda a Espanha, cerca trezentos mil jovens são viciados em heroína e cocaína, maior epidemia da Europa. De acordo com a JOCUM, 11% do setor privado tem utilizado sua renda per capita nos jogos de azar, e isso tem prejudicado o custo social para as famílias.
A liberdade religiosa na Espanha está garantida pela sua Constituição. Mas nem sempre foi assim. Durante a ditadura de Franco, o catolicismo foi a religião oficial do país. E por não pregar o evangelho original, como faz em todo o lugar em que se instala, o catolicismo causou nos espanhóis certa indiferença religiosa quanto ao cristianismo (refiro-me ao genuíno cristianismo e não ao papismo), tornando as pessoas céticas, como não poderia deixar de ser. Os não-católicos, especialmente os evangélicos, foram discriminados e até mesmo a perseguidos. A Constituição de 1978 garantiu igualdade de direitos para todas as ideologias e religiões, mas nem uma única fé tem status nacional. A total igualdade para evangélicos, muçulmanos e judeus só foi plenamente estabelecida em 1992.
A Espanha clama pelos benefícios espirituais e sociais decorrentes da pregação do evangelho. Com uma população que traz em sua memória as atrocidades ocasionadas pela Inquisição, a desilusão com a vida religiosa é hoje uma realidade, o que tem resultado em um aumento crescente de dependentes de drogas.
Solo fértil para o desenvolvimento de seitas como Testemunhas de Jeová, Mórmons e igrejas satanistas, que representam cerca de 10% das trezentas religiões ativas, esses grupos distorcem a verdadeira mensagem de Jesus Cristo quanto à libertação do homem ao propagarem seus ensinamentos perniciosos. Suas mensagens apresentam sempre soluções fáceis e futuristas. Há um aumento expressivo da quantidade de pessoas convertidas ao evangelho, contudo menor do que o esperado. A distribuição de igrejas é irregular. A maioria delas está concentrada nas regiões da Catalunha, Andaluzia e Madri. Quinze milhões de pessoas vivem em cidades, vilas e distritos onde não existem igrejas evangélicas. Das quinze regiões, três têm menos de dez igrejas protestantes: Cantaria, La Rioja e Navarro. Das cinqüenta províncias, dezesseis têm poucas igrejas evangélicas ou crentes. Dos 8 046 municípios, somente 435 têm um testemunho evangélico. A sociedade universitária apresenta um quadro de quinze cidades sem a presença de um aluno evangélico sequer.
O país tem minorias com grande representação social que precisam ser alcançadas pelo evangelho. Os bascos são um povo antigo que não possui nenhuma igreja evangélica em sua língua, o euskara. As poucas igrejas na região dos bascos são de língua espanhola.
A Espanha é um país com grandes oportunidades para o evangelismo. Os canais de comunicação têm dado liberdade para a transmissão de programas de rádio e TV, com duração de quinze minutos a cada três semanas. Há um grande clamor por parte dos missionários para que Deus envie ajuda para promover a evangelho no país.
Por Eliel e família. Eles estão em fase de levantamento de sustento.
Por Keli Cristina, missionária da JOCUM, pelo trabalho que vem realizando no norte do país.
Pelos líderes do Projeto: Nilton Selmo e Cristina.
Pela coordenação do Projeto Recursos Financeiros.
Pela viagem da equipe da JOCUM à Espanha no próximo ano.
Por provimento de recursos para as viagens missionárias.
Pelos novos obreiros dedicados à evangelização.
Antes de ir à Espanha, o missionário deve consultar uma agência missionária séria, como, por exemplo, a JOCUM (Jovem com uma Missão)
Endereço da JOCUM:
Caixa Postal 6180 - CEP: 80011-970 - Curitiba, PR
Telefone: (41) 364-3766
Site: http://www.curitiba.jocum.org.br
E-mail: Espanha@jocum.org.br.
Mais informações podem ser adquiridas no Consulado Espanhol. Telefone: (21) 2543-3200. Ou no Centro de Turismo Espanhol. Telefone (11)3865-5999.
Atenção, missionário: evite dizer que está indo ao país para ser missionário. O consulado não vê com bons olhos as viagens por motivos religiosos.
A Varig tem passagens a partir de US$1.100 (ida e volta), com escala em São Paulo. Na Tam, as tarifas estão a partir de US$1.060 (ida e volta), com conexão em Paris e Madri, pela Air France. Na Ibéria, as passagens (ida e volta) estão a partir de US$1.078.
A melhor forma de se conhecer a cidade é por baixo da terra, literalmente. As dez linhas de metrô funcionam diariamnete, das 6h às 21h45, e atingem todos os principais pontos da cidade. Os trens possuem calefação e os guichês oferecem mapas com as linhas. Há também o MadridTour, um serviço de linha turística de ônibus com dezessete paradas nos principais pontos turísticos. Os bilhetes podem ser adquiridos na recepção dos hotéis.
A diferença do fuso horário do Brasil para Madri é de duas horas. No inverno, o dia amanhece mais tarde, enganando os visitantes que encontram a cidade às escuras às 9h da manhã. O comércio abre às 10h, mas fecha para a sesta das 14h às 17h. Só os grandes shoppings funcionam neste horário.
A moeda utilizada na Espanha é o euro (1 euro = 1,3 dólar).
Para permanecer na Espanha até três meses, o missionário de nacionalidade brasileira não precisa de visto do Consulado Espanhol.
O ETA (sigla em língua basca para Euzkadi Ta Azkatasuna, quer dizer Pátria Basca e Liberdade) luta para formar uma entidade independente no País Basco, região que compreende uma porção do nordeste da Espanha e uma pequena parte do sudoeste da França.
O grupo terrorista se originou do Partido Nacionalista Basco, fundado em 1894 e que conseguiu sobreviver na clandestinidade sob o governo do ditador Francisco Franco (1939-1975).
Em 1959, alguns membros da legenda, descontentes com a rejeição do partido à luta armada, fundaram o ETA.
Em 1966, o grupo dividiu-se em duas alas: "nacionalista", com o objetivo de atingir a autonomia basca, e "ideológicas", marxista-leninistas, que defendia o uso de sabotagem e, a partir de 1968, de assassinatos, para conseguir a independência.
Após a morte de Franco, em 1975, os governos democráticos espanhóis tomaram medidas para conceder autonomia às províncias bascas e anistia aos membros do ETA que renunciassem ao terrorismo. No entanto, o número de atentados cresceu. Segundo dados oficiais, cerca de oitocentas pessoas morreram em trinta anos de luta armada.
Após uma trégua de quatorze meses, iniciada em 1998, o grupo informou, em dezembro de 99, que retomava a luta armada devido à "repressão" dos governos da Espanha e da França e ao fracasso dos nacionalistas bascos moderados em criar um Estado basco independente. Em 2000, um atentado, que vitimou 23 pessoas e alguns políticos espanhóis, é atribuído ao ETA.
Mostrar o polegar para cima é um símbolo de apoio ao movimento separatista basco e, portanto, torna-se uma declaração política que pode realmente incitar forte discordância. Os homens normalmente esperam que todas as mulheres do recinto sentem-se antes deles. O sinal de O.K., com o polegar e o indicador formando um círculo e os outros dedos esticados, é um gesto obsceno na Espanha.
As mãos não devem ficar dentro dos bolsos quando se conversa. Mascar chiclete em público é considerado rude.
Os apertos de mãos são calorosos e amigáveis na Espanha, muitas vezes acompanhados de um leve tapinha nas costas. Os homens e as mulheres sempre apertam as mãos ao encontrar-se.
Ao sentar-se em frente a um público, não importa quão pequeno seja, bocejar ou espreguiçar-se é atitude considerada imprópria.
É considerado "impróprio" a uma dama cruzar as pernas;
À mesa, muitos costumes continentais são válidos: os convidados de honra sentam-se à direita do anfitrião; come-se com o grafo constantemente na mão esquerda; os dedos nunca devem ser usados para empurrar comida para os talheres; os pulsos devem ser mantidos na mesa; as mãos jamais devem ser postas sobre o colo. E, para indicar que acabou de comer, o garfo e a faca devem ser colocados em paralelo, atravessados no prato - colocá-los em lados contrários do prato pode ser interpretado como "gostaria de comer mais".
93,1% católicos romanos
4 % evangélicos
2,9 % outras seitas
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