O México é conhecido mundialmente por seus dez mil quilômetros de costas, onde convivem harmoniosamente o oceano Pacífico, o Caribe e o Golfo do México.
É um verdadeiro paraíso de belas praias e hotéis de luxo que vem fascinando
Muitas gerações de turistas, mas que só agora começa a ser descoberto pelos brasileiros. No entanto, o México é muito mais que sol e mar.
Quando o turista começa a percorrer o caminho desta maravilhosa descoberta, o paraíso que é o México, não deixa de deparar-se com civilizações que deram vida a esse fascinante país. Então, começa a viver o esplendor do passado ao visitar as zonas arqueológicas onde habitaram muitas culturas pré-hispânicas. Ou a comprovar que a maioria das tradições mexicanas ainda segue viva nas ruas conservadas das cidades interioranas, verdadeiros museus da melhor arquitetura colonial espanhola.
Se o visitante gostar de natureza, o México tem montanhas nevadas, desertos que florescem na primavera, bosques tropicais e outros cenários que não existem em nenhum outro lugar do planeta.
Ao explorar a fundo este éden, o turista vai encontrar um lugar único onde convivem tanto baleias como jaguares, além de apreciar espetáculos inesquecíveis, como os das borboletas monarcas.
A cozinha típica mexicana é uma das mais saborosas do mundo. Os sabores, os cheiros e as texturas se misturam. Resultado disso? Um banquete delicioso!
Sem contar a simpatia e a recepção calorosa que os mexicanos dispensam aos brasileiros, o que faz da viagem ao México muito mais do que um simples passeio ou visita.
O México e o seu povo são apaixonantes!
Também conhecido como o país dos quatorze climas, o México abriga em seu imenso território selvas e florestas tropicais, desertos, bosques alpinos, abismos insondáveis (como a Barranca do Cobre) e cavernas gigantescas, como as grutas de Cacahuamilpa e as de Justlahuaca, com suas pinturas rupestres. E, por todo o litoral, algumas das praias mais belas do mundo, entre elas, Acapulco, Huatulco e Cancún (tão célebre hoje), onde a água tem uma surpreendente transparência azul-turquesa.
Essa abundância de climas diferentes propiciou a existência de uma fauna e de uma flora de enorme variedade. Cabe destacar alguns animais aborígines como a iguana, o manati (ou peixe-boi), o misterioso axolotle (que inspirou um conto magistral ao argentino Julio Cortazar), a nútria e o cão chihuahua. Esses animais impressionaram e preocuparam o Cronista das Índias, o Padre Acosta; porquanto nenhum deles teria embarcado na Arca de Noé.
A fauna marinha mexicana é impressionante. Na Ilha Mulheres, em frente a Cancún, existem reservas de peixes tropicais de deslumbrante beleza. Assim como as borboletas monarcas, os flamingos chegam, aos milhões, a Celestún. O fenômeno ocorre no Estado de Michoacán, durante todo o mês de fevereiro. Junto com eles, mais uma infinidade de aves, como as graças e o pato selvagem, cuja imigração enriquecem, temporariamente, a nossa fauna.
Na lagoa marinha Olho da Lebre, na Baixa Califórnia, as baleias cinzentas cumprimentam os turistas com seus jatos festivos, enquanto no porto de Topolobampo famílias inteiras de golfinhos escoltam as embarcações, desenhando arcos no ar. Na costa do Atlântico, alguns esportistas exercitam-se na pesca do sábalo e do espadarte.
A opulência de toda a flora mexicana é o jacarandá, de flores de cor lilás-escuro, entre outras maravilhas. Nos climas cálidos, os jacarandás dão numerosas flores de vistosos coloridos e deliciosos aromas. A flor do México é a dália, que fora adotada pela imperatriz Josefina.
Dessas terras partiram flores como a magnólia e a nochebuena, também conhecida como poinsettia. Sem falar as flores que ornavam o peito de Margarita Gautier, heroína do romance de Alexandre Dumas Filho. Margarita Gautier também é conhecida como a "Dama das Camélias". Há outras infinidades de outras orquídeas e flores.
Ruína é uma palavra ruim, embora aceita mundialmente. Mas eu não chamaria de ruínas os restos arqueológicos das culturas pré-hispânicas da América Latina - a Asteca, a Tolteca, a Maia e a Inca, entre as mais notáveis. Esses vestígios demonstram o politeísmo dos povos antigos da região, um testemunho soberbo e dolorido de civilizações teocráticas de perturbadora grandeza, cuja vida foi cortada, de um golpe só, pela conquista. Por meio desses sinais sagrados, dessas pedras, fala ao coração do México antigo o México dos quatro sóis da cosmogonia Tolteca.
As monumentais pirâmides do Sol e da Lua, em Teotihuacán, Estado do México, os vestígios encontrados em Montealbán, em Oaxaca, Palenque, em Chiapas, Tajín, em Veracruz, e os gigantes de Tula, em Hidalgo, são dignos de serem visitados pelos mexicanos e pelos turistas. De visitação obrigatória são as maravilhosas construções maias de Uxmal e Chichén-Itzá, em Yucatán, e em Quintana Roo, na orla do mar do Caribe, Tulum. Mas o grande destino da região é Chichén-Itzá, a cidade maia mais famosa e mais bem restaurada do país. Lá, encontram-se o Templo dos Guerreiros, com a famosa figura inclinada do deus Chaac, em frente a um bosque de colunas, o Caracol, um observatório de astronomia, e o "Cenote" sagrado, um poço enorme, onde se realizavam sacrifícios.
Hoje, a cidade do México (que fica num gigantesco vale, onde outrora existiam vários lagos), possui dezoito milhões de habitantes e é o centro político/religioso do país. Fora construída onde existia, durante a civilização Asteca, o grande templo de adoração ao sol. Na cidade, pode-se encontrar o Museu de Antropologia, cujo extraordinário conteúdo de peças das culturas pré-colombianas da Mesoamérica inclui a formidável escultura da deusa Coatlicue e o calendário Asteca. Apesar de toda a destruição feita pelos espanhóis, pois costumavam levantar seus templos católicos sobre os restos dos templos indígenas, muita coisa ainda sobrou para registrar o glorioso passado dessas duas civilizações: Maias e Astecas.
Os produtos do artesanato mexicano falam aos cinco sentidos. Para o olhar, todos, por suas formas e cores, tanto o multicolorido vestido de uma tehuana (mulher do Estado de Tehuantepec) quanto uma árvore da vida, de Metepec. Para o tato, a frieza e as concavidades dos cântaros de prata martelada de Pachuca, no Estado de Hidalgo. Para o paladar, os produtos artesanais comestíveis, como as figuras de rabanete, de Oaxaca, ou os rostos de coco, de Veracruz. Para o olfato, as caixas e as grandes arcas de Olinalá, feitas com a madeira aromática da lináloe (áloe bastarda), ou os escorpiões tecidos com bainhas de baunilha, de Papantla, utilizados para perfumar a roupa. Para o ouvido, os chocalhos de palma e as penas de galinha, de Alfajayucan, em Hidalgo, as espalhafatosas matracas, os instrumentos musicais artesanais ou típicos: violões, flautas, apitos, marimbas... Não podemos esquecer dos pedaços móveis de ônix, que, com o vento, batem uns nos outros e produzem um belo som que, sem dúvida, poderíamos chamar de eólico.
O país possui dois mercados de artesanato fascinantes: Buenavista, no Distrito Federal, e San Pedro Tlaquepaque, una pequena cidadezinha sempre pulcra e alinhada, a um passo de Guadalajara. O visitante, ao ir até lá, não pode deixar de comprar uma travessa de Talavera de Puebla (louça típica desse Estado), uma toalha de mesa bordada de Tenango de Doria, um quadro de fio de lã huichol (povo ameríndio que conserva suas tradições), um rebozo (xale) de Acatlán, uma casa em miniatura lavrada em casca de pochote (paineira) de Tepoztlán, uma piñata, isto é, um cântaro de barro forrado com papel crepom ou com seda contendo laranjas e tejocotes (pequeno fruto amarelo típico do México), cana-de-açúcar ou confeitos.
O México deu também ao mundo, entre outras coisas, a baunilha, o abacate, o amendoim e o jitomate. Esse fruto, que conhecemos como tomate, recebe o nome de coração de donzela asteca e é chamado de pomodoro (maça de ouro) pelos italianos. Pablo Neruda dedicou uma de suas mais belas odes elementares a esse fruto. O tomate demorou para ser aceito na Europa, mas hoje faz parte indispensável da culinária da mais alta linhagem desse continente. As pizzas e as massas seriam inconcebíveis sem ele.
A culinária mexicana é infinita, e vale dizer, definitivamente, não tem nada a ver com a culinária "chicana" ou Tex-Mex, que viaja pelo mundo com passaporte falso e nem sempre é picante. Apesar de o México ter dado à civilização uma verdadeira constelação de pimentas de todos os tamanhos, formas, cores e sabores, em sua mesa, porém, abundam as iguarias de sabor suave e delicado e, é claro, as sobremesas.
Dentre os inumeráveis pratos, recomendamos o "mole", os chiles en nogada (pimentões em molho de nozes), de Puebla, a cochinita pibil (leitoa com molho de urucum com laranja ), de Yucatán, o pozole (cozido com carne de porco e enormes grãos de milho alvíssimo) e a birria (iguaria preparada com carne de cabrito desfiada), de Jalisco.
E, toda a república, os insubstituíveis tacos feitos com tortilha de milho e recheios diversos. Para o café da manhã e o lanche, o cardápio mexicano oferece uma infinidade de pães doces e bolos, produtos da padaria e confeitaria de origem espanhola, beneficiadas pela influência francesa e vienense.
Ainda hoje, os mexicanos produzem, no Dia de Finados, em 2 de novembro, caveirinhas e diminutos ossos de açúcar e "torrone" e um delicioso "pão de defunto" como costume para comemorar a data.
Os vegetarianos podem alimentar-se, entre outras coisas, com iguarias de flores, como a flor da abóbora, a da pita e a do colorín (árvore típica do México), e se refrescar com a água púrpura das flores da jamaica (planta malvácea).
Uma excelente opção para quem deseja aproximar-se dessa riqueza inigualável de sabores é visitar alguns bons restaurantes paulistas que seguem, fielmente, as receitas mexicanas.
Rua Adolfo Tabacow, 152
Jardim Europa - São Paulo - SP
Fone: (11) 3842-4717
Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 105
Vila Nova Conceição - São Paulo - SP
Fone: (11) 3845-4897
Quando pensamos em povos não-alcançados, quase sempre nos voltamos para os países da Ásia ou África. Temos a ligeira impressão de que esses grupos étnicos são compostos por gente diferente, com hábitos e alimentação exóticos, e muito distante de nós. Na verdade, hoje nos surpreendemos com as novas perspectivas de trabalho com os povos não-alcançados do México, um país bem perto de nós. Na região de Oaxaca, parte sul do México, existem mais de sessenta etnias em que não há nenhum cristão e igrejas que possam iniciar um trabalho de evangelismo.
Essa necessidade se torna mais intensa quando destacamos a perseguição religiosa que a Igreja de Cristo vem enfrentando. Esse é um lado negativo desse país tão belo. A Missão Portas Abertas é pródiga em publicar para todo o mundo casos que nos comovem e exigem de nós uma atitude corajosa em favor dos nossos irmãos perseguidos. Vejamos os relatos que seguem:
"Os caciques tradicionalistas de Chiapas aumentaram o assédio aos cristãos evangélicos tzotzil. No dia 2 de março, os incitaram uma turba para que queimassem a capela da igreja evangélica Asas da Águia, em Los Pozos, a quarenta quilômetros a leste de San Cristóbal de las Casas. Prenderam oito evangélicos, incluindo mulheres. Os tradicionalistas justificaram o ataque como 'vingança' pelo fato de os evangélicos terem desafiado uma ordem de proibição de culto público. Na vizinha Mitzitón, agressores desconhecidos incendiaram uma casa pertencente a Pedro Gomez Lopez, líder da Igreja Asas da Águia. A família de Gomez escapou de ser ferida, mas perdeu a fazenda e as ferramentas de trabalho, além da safra estocada.
No dia anterior, homens armados deram tiros contra uma 'picape' de Sixto Heredia Gómez, outro cristão de Mitzitón. O pastor e defensor dos direitos humanos, Esdras Alonso Gonzalez, apelou às autoridades para que prendessem os responsáveis pelos crimes. "Eles precisam assumir o controle desta questão e resolver a crise antes que ocorram incidentes mais graves, disse ele'". (www.portasabertas.org.br/noticias2003/03/mexico-030327.htm)
O ministro ordenado, Esdras Alonso, deixou sua antiga denominação evangélica em 1996 para começar a Igreja Asas da Águia que, desde então, cresceu para uma comunidade de 2 200 membros. Além da congregação central de 450 membros, em San Cristóbal, a Igreja Asas da Águia mantém uma rede de igrejas nos vilarejos tzotzil, no planalto de Chiapas. O forte crescimento da fé evangélica alimenta perseguição intensa no planalto de Chiapas há mais de 30 anos.
De acordo com o ponto de vista dos caciques, os evangélicos são uma má influência nas comunidades locais porque não participam dos ritos religiosos tradicionais nem são dados ao álcool, como determina o costume. Apesar da pressão, o cristianismo evangélico cresce no planalto de Chiapas. De acordo com os números do censo, 35% da população do Estado é evangélica, mais do que os 16%, em 1991. Chiapas tem agora mais protestantes per capita do que qualquer Estado do México.
Há trinta anos, os crentes nativos suportam a oposição e a violência, que se refletem nas condições sociais de Chiapas como um todo. Não obstante, as condições para os evangélicos melhoraram nos últimos dois anos, de acordo com o missionário da Igreja Reformada, Al Schreuder.
Al Schreuder creditou a maior cooperação entre as igrejas locais, a pressão de grupos internacionais e a melhora do governo estadual, a Pablo Salazar (primeiro governador evangélico na história do México). Ele espera que, com a ajuda de Pablo Salazar, a perseguição diminua. Alonso acredita ainda que as condições devem melhorar se os evangélicos do México mostrarem solidariedade para com os cristãos de Mitzitón e demais vilarejos do planalto de Chiapas.
Os huicholes são um pequeno grupo/tribal, quase vinte mil, que, após viver muito tempo isolado nas áreas montanhosas de Jalisco Nayarit e Durango, ao noroeste da Cidade do México, está começando a fazer parte da sociedade e economia mexicanas. São descendentes dos caçadores chichimecas, que viviam perto da divisa com os astecas. Dedicam-se à agricultura de subsistência. Semeiam milho, feijão e "ayotes". Alguns obtêm seu sustento econômico principal da criação e venda de gado aos mestiços. A poligamia é aceita e vivem em famílias extensas, que são a base da sociedade. Também é permitido o divórcio por causa de esterilidade ou maus-tratos por parte de qualquer um dos cônjuges. O adultério é muito freqüente.
Os huicholes rendem culto aos santos e às suas divindades e há muita mistura em sua religião com o catolicismo. Rendem culto ao "peyote", ao milho e ao "ciervo". Os três constituem a trindade fundamental na adoração dos huicholes. Do "peyote" extraem uma substância alucinógena que provoca os momentos de êxtase, fundamentais para o seu culto e para quando designam as autoridades da comunidade.
Habitando em cavernas e moradias primitivas incrustadas nos desfiladeiros da alta serra, a sudoeste de Chihuahua, em muitos aspectos ainda vivem como antes da chegada dos espanhóis. Durante o verão, moram nos planaltos frios e, no inverno, entre os desfiladeiros aquecidos. Desde que fugiram do trabalho forçado imposto pelos colonizadores, há séculos, constituem um povo fechado e isolado. Embora sejam considerados agrícolas, muitos ainda vivem apenas da caça e da coleta de frutos.
Os tarahumaras chamam a si mesmos de Raramuri corredores, e apostam corridas entre si em distâncias que chegam a 3,5 quilômetros. Seus principais produtos agrícolas são o milho e o feijão. São hoje em torno de quinze mil, dos quais cerca de 340 indivíduos são cristãos.
Os zapotecos vivem em uma vasta região do México Central. Em sua maioria, são agricultores, mas também se dedicam muito ao comércio, produzindo objetos de manufatura caseira. Os homens usam mantos de lã, confeccionam cestos e, junto com as mulheres, trabalham com cerâmica.
Os zoques, dez mil indivíduos, vivem em uma faixa de terra em Chiapas Ocidental, entre Tuxtla Gutiérrez e Tabasco. É uma região mais baixa e menos acidentada do que a de seus vizinhos mixes, possuindo algumas áreas férteis. Cultivam pinha, mamão, tomate, café, feijão, milho e melancia. Para a pesca, envenenam os peixes com drogas. Alguns vivem em pequenas casas de madeira com os tetos cobertos de telhas, mas predominam as cabanas recobertas de folhagens. Sua religião é semelhante à dos mixes: identificam as batidas do coração com a alma. Uma pulsação fraca significa uma alma que está morrendo.
Os brasileiros não precisam de visto para ingressar no México como turistas, para uma permanência de até 180 dias. Devem preencher um formulário migratório FMT (cor azul), obtido na Seção Consular da Embaixada, em Brasília, nos Consulados Gerais no Rio de Janeiro e em São Paulo, ou nas linhas aéreas e pontos de entrada para o México. O período de permanência será definido, em cada caso, pela autoridade migratória mexicana.
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