A história de Minas Gerais está intimamente ligada ao descobrimento do Brasil, ao domínio da Coroa Portuguesa sobre os territórios conquistados e à descoberta de ouro e diamantes. Tanta riqueza e domínio territorial, no entanto, não fez que os mineiros se voltassem para o genuíno evangelho de Cristo: são extremamente carentes nessa área. Outro fator negativo é a situação de muitas crianças que vivem em Belo Horizonte, capital do Estado, sem nenhum apoio familiar. Como se tudo isso não bastasse, temos ainda a precariedade do sertão de Minas, uma das regiões mais pobres do Brasil, onde as pessoas vivem com extrema falta de alimento natural e espiritual. Esta última é a pior de todas as fomes. Será que isso não o incomoda, amado leitor?!
Durante os dois primeiros séculos, as Capitanias não passavam de meros entrepostos comerciais ou engenhosos produtores de açúcar, quase sem nenhuma articulação entre si. Tratavam diretamente com Lisboa, ignorando-se umas às outras e mal reconhecendo a existência dos Governos Gerais. Nem a mesma língua falavam: uma parcela da população usava o português, mas a maioria se comunicava por meio das línguas indígenas.
"Viviam voltadas para fora, 'arranhando' as praias como 'caranguejos'", segundo a pitoresca e sábia definição do historiador Sérgio Buarque de Holanda. Somente a partir do século VIII, graças à descoberta do ouro em Minas, e depois, dos diamantes, foi que o Brasil começou a constituir-se como país. As áreas de mineração, as Minas Gerais, tornaram-se o centro econômico do Reino Português, mais ricas do que a Metrópole, e em torno delas se foi integrando a atividade produtiva das diferentes regiões, até mesmo das mais afastadas.
Calcula-se que cerca de meio milhão de pessoas afluíram às Minas, em uma das maiores migrações registradas na História. O ouro enriquecia forasteiros vindos de todas as procedências. As quantidades extraídas, entre 1700 e 1800, foram superiores a tudo o que havia sido produzido anteriormente no mundo, incluindo as minas do Rei Salomão.
Nos locais da mineração começaram a surgir as primeiras vilas e cidades: Mariana, Ouro Preto, Sabará, Caeté, Congonhas, São João Del Rei, Tiradentes, Pitangui, Diamantina, Serro, Paracatu e dezenas de outras.
Iniciava-se um vertiginoso processo de interiorização e urbanização que o Brasil jamais conhecera. A nascente e urbanizada sociedade mineira diversificou-se: para atender aquela multidão, reunida de uma hora para outra em espaço físico relativamente limitado, era preciso organizar-se. Para aqui vieram juízes, militares, funcionários civis, profissionais liberais, comerciantes, trabalhadores especializados, artesãos, artistas e intelectuais. Nascia, assim, uma classe média influente que inexistia no resto do país, ainda dominado pela exclusiva relação senhor/escravo.
As Minas se tornaram um poderoso pólo de convergência da atividade econômica. Do Rio de Janeiro, principal porto de saída do ouro, chegavam as mercadorias estrangeiras e os escravos africanos. De São Paulo, novas levas de bandeirantes, que descobriram os minerais e julgavam-se os donos da terra. Do extremo Sul, os tropeiros gaúchos, fornecedores de carne bovina e de muares usados no transporte. Do Nordeste, os fazendeiros trazendo da Bahia, de Pernambuco e de outras áreas banhadas pelo São Francisco o gado e os produtos agrícolas. De mais longe ainda, os curraleiros do Maranhão, do Piauí e do Pará. Enfim, gente proveniente de todos os cantos, atraída pelas riquezas do novo eldorado.
Existem milhares de crianças e adolescentes que fizeram da rua sua moradia permanente. A equipe da Casa Resgate vai ao encontro delas visando sua recuperação e reintegração à sociedade. Casa Resgate é uma instituição da JOCUM (Jovens com uma Missão) e da Missões Urbanas, em Belo Horizonte.
Os obreiros da Casa Resgate procuram os meninos na rua, conversam com eles, brincam e contam sobre o amor de Deus. Por meio desses contatos, repetidos, conseguem a amizade e a confiança dessas crianças, tão necessárias para uma possível recuperação e reintegração à sociedade.
Na Casa Resgate, as crianças e os adolescentes podem tomar banho, comer e brincar alguns dias por semana. Ao serem entrevistadas, para a elaboração de uma pesquisa social, passam por um período de aconselhamento e oração. A equipe faz contato com a família das crianças e dos adolescentes e com as autoridades locais, e os ajuda a reintegrar-se aos seus lares, onde continuam recebendo visitas regulares.
Alguns não podem retornar para casa porque suas famílias encontram-se desestruturadas, muitos pais são abusivos ou viciados em drogas e álcool. Então, as crianças e os que enfrentam esse problema são convidados a permanecer na Casa Resgate, onde passam por uma triagem de duas semanas. Durante a triagem, são preparados para que possam ir para os abrigos da JOCUM. Estamos falando da Casa Restauração, para meninos, e da Casa Recanto, para meninas.
A região do vale do Jequitinhonha possui atualmente 80 municípios e 1 milhão de habitantes em um território que corresponde 15% da área total do Estado de Minas Gerais.
A ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleceu um triste apelido para o vale: "vale da miséria".
Desde então, os órgãos de comunicação vêm noticiando as mazelas dessa área tão castigada. Os desafios no vale começam com a falta de água. Lá, as crianças morrem de fome. As crianças subnutridas que conseguem chegar à idade adulta geram filhos no mesmo estado ou, às vezes, pior.
Esses dados demonstram que o sertão mineiro precisa de muita ajuda, tanto espiritual quanto material. Os missionários que atuam nessa área são mais do que meros líderes espirituais, às vezes, são enfermeiro, professores e até mesmo pais e mães.
Os pastores têm enfrentado muitos obstáculos, pois é difícil levar as pessoas para o cristianismo quando a barriga delas dói de fome ou sentem a boca seca por falta de água.
Oremos, irmãos, em favor do Estado de Minas Gerais, pois, como vimos, suas necessidades são enormes.
...Ouro Preto, patrimônio da humanidade desde 1980, que detém o mais complexo e bem conservado conjunto de obras de aleijadinho, mantém ainda em suas ladeiras íngremes o calçamento original de 300 anos atrás.
1. Para que o governo de Minas Gerais consiga promover o desenvolvimento que o Estado necessita.
2. Para que as agências missionárias de lá tenham êxito no trabalho de evangelização e restauração que vêm realizando com os meninos e as meninas de rua de Belo Horizonte.
3. Para que a ajuda chegue ao sertão mineiro e possibilite melhores condição de vida a seus habitantes.
78% católicos romanos
14% evangélicos
4,1% sem religião
1,3 % espírita
0,8% outras religiões
0,1 % umbanda e candomblé
1,7% não determinada
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