Situada numa zona subtropical com temperatura média de 25ºC, com mínimas de 18º C e máximas de 30ºC, Cuba desfruta de um verão perpétuo que, com a ajuda da Corrente do Golfo, suaviza os excessos de temperatura. O arquipélago cubano consta de 2 ilhas e 4.010 canyos, sendo sua superfície total de 110.922 km. E seus quase 6.000 km de costa e 300 praias formam com sua vegetação exuberante a mais bela ilha do Caribe, cujo povo é, sem dúvida, o mais carinhoso e alegre. Partindo de São Paulo a duração da viagem é aproximadamente de 8h.
Declarada capital de Cuba em 1607 (embora já o fosse de fato desde 1553), Havana é a principal cidade da Ilha. Os bairros principais de Havana são: La Habana Vieja, La Habana Centro e o Vedado. A melhor forma de conhecer Havana é caminhando. E você não pode deixar de visitar "Habana Vieja", um verdadeiro museu a céu aberto, que foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1982 e está recebendo uma sinalização especial para os turistas.
Em razão da origem africana da maioria da população, a cultura cubana possui elementos em comum com a brasileira, como o Carnaval e a santería, religião semelhante ao candomblé. É forte a influência espanhola - visível nos edifícios coloniais de Havana, considerados patrimônios da humanidade - e a norte-americana, representada pelo beisebol, o esporte nacional cubano.
O Carnaval cubano é uma festa tradicional em Santiago de Cuba e, durante todo o mês de julho, milhares de pessoas saem às ruas para se entregar a esta que é a mais típicas das manifestações da alegria caribenha.
Em 1492, época da chegada de Cristóvão Colombo, a ilha de Cuba era habitada por índios. Mas o domínio espanhol, ameaçado pelos ataques ingleses, só é oficialmente reconhecido somente em 1763. As guerras pela independência são uma característica muito forte entre os cubanos. A primeira delas aconteceu em 1868 e dura nada menos do que dez anos. A segunda, em 1895, é marcada pela morte de seu inspirador e líder, o poeta José Martí, assassinado numa emboscada.
Três anos depois, mais precisamente em 1898, chega a vez de a Espanha entrar em conflito com os Estados Unidos. Com a derrota, a Espanha deixa Cuba em 1899. Daí, o Estados Unidos mantêm a ocupação militar do país até 1902, quando Cuba se torna independente. Mas a independência alcançada por Cuba não impediu que os Estados Unidos conservassem sua base naval em Guantánamo nem o direito de intervir nos assuntos internos da ilha. E isso até 1934. Essa situação permite que as tropas dos EUA ocupem o território em 1906, 1912, 1913, 1917 e 1933.
Em 1933, o ex-sargento Fulgencio Batista lidera uma revolução. Ele se aproveita do levante popular que derrubou o ditador Gerardo Machado para dominar o governo, que fica sob sua chefia até 1944. Os anos se passam e, em 1952, Batista lidera um golpe de Estado e estabelece uma ditadura. Com isso, Cuba passa a desfrutar de certas regalias econômicas nos setores açucareiro, de mineração, turismo e jogo, que atraem para o país investimentos norte-americanos. Todavia, essa prosperidade não beneficia a maioria da população. Então, o que acontece? Uma oposição ao regime.
A insatisfação popular traz ao cenário cubano Fidel Castro Ruz que, em 1953, organiza um ataque ao quartel de La Moncada. Ele é preso e, ao ser solto, busca exílio no México. Sem desistir de seus objetivos, Fidel Castro retorna a Cuba com um grupo rebelde que se instala na serra Maestra. A luta de guerrilha, então iniciada, culmina com a tomada de Havana em 1 de janeiro de 1959. Ao tornar-se primeiro-ministro, Fidel Castro promete ao povo eleições diretas dentro de 18 meses. O regime revolucionário promove a reforma agrária, nacionaliza empresas estrangeiras e fuzila os colaboradores de Batista. Milhares de cubanos deixam o país.
O choque entre as reformas impostas por Fidel Castro e os interesses dos EUA resulta no rompimento das relações entre essas duas nações em janeiro de 1961. Com isso, a tensão entre Cuba e EUA cresce, chegando ao seu ápice em abril, quando exilados cubanos treinados e equipados pela CIA desembarcam na baía dos Porcos, numa tentativa frustrada de derrubar o regime cubano.
Inconformado, Fidel Castro, em dezembro de 1961, anuncia a adesão do Estado cubano à linha marxista-leninista. Os EUA decretam, em 1962, bloqueio econômico e político contra Cuba, que é expulsa dos Estados Americanos (OEA). No mesmo ano, em outubro, diante da descoberta da instalação de mísseis nucleares soviéticos na ilha, Washington arrisca-se num impasse que poderia ter conduzido a uma guerra nuclear, mas impõe um bloqueio naval a Cuba. E obtém da URSS a retirada dos mísseis.
Sob a liderança de Fidel Castro, Havana, a partir de 1965, passa a incentivar movimentos revolucionários de esquerda na América Latina e em outros continentes. Entra em cena o revolucionário Che Guevara que, ao tentar implantar a guerrilha no interior da Bolívia, em 1967, é executado por soldados do Exército. Enterrados em local secreto, seus restos são localizados em 1997 e voltam a Cuba, sendo recebidos com honras oficiais.
Em 1972, Cuba entra no Conselho de Mútua Assistência Econômica (Comecon), o mercado comum do bloco comunista, o qual recebe tratamento preferencial. O país obtém progressos econômicos e sociais, em especial nos campos da saúde e da educação.
Mas nem tudo são flores. Em 1985, Mikhail Gorbatchov assume a Presidência da URSS e pressiona Cuba a promover reformas políticas e econômicas. Mas Havana resiste às mudanças. Então, a ajuda soviética despenca com a dissolução da URSS em 1991. Em 1992, os EUA intensificam o embargo comercial contra Cuba. Privado do petróleo soviético e com queda nas exportações, Fidel Castro inicia severo racionamento de combustível, energia e alimentos e estimula investimentos estrangeiros.
Com a crise econômica, ocorre o êxodo maciço de cubanos rumo a Miami. A reação por parte de Washington é visível: anula, em 1994, a lei que atribuía status de refugiado a todos os cubanos interceptados na costa dos EUA e negocia a devolução dos fugitivos presos em troca da concessão anual, por Havana, de 20 mil vistos de saída para cubanos. Embora a ONU tenha votado em 1995, por ampla maioria, pela revogação do embargo a Cuba, ele é mantido pelos EUA.
Devemos orar para que o evangelho de Cristo se expanda por todo o território cubano, pelos líderes das igrejas evangélica nesse país e, principalmente, para que haja maior abertura em sua política comunista. Não obstante a tantos obstáculos religiosos e políticos aos evangélicos em Cuba, existem, portanto, ministérios cristãos desenvolvendo excelentes trabalhos por lá.
Ser cristão em Cuba é viver riscos constantes. A exemplo do que estamos falando, temos o caso do casal Jorge Ferrer e Ailin Leon, co-pastores da liga das igrejas cubanas, em Las Tunas, com mil membros.
Recentemente, eles sofreram uma grande perseguição. Tiveram a casa que compraram legalmente do governo confiscada em 26 de setembro do ano passado, enquanto estavam em viagem em Havana, capital do país. Agentes do governo invadiram o imóvel e expulsaram os dois filhos do casal: Jorge, 13 anos, e Aaron, 10, e o pai de Ferrer, um pastor aposentado de 67 anos, além de jogarem todas as mobílias na rua. Depois do ato, ainda puseram guardas à porta para impedir que a família tivesse acesso à casa.
Segundo alegação dos agentes do governo, eles não sabiam que os dois eram pastores e foi um erro ter vendido a casa para eles. "Os agentes sabiam que agiram de forma errada, e fizeram a venda apenas para pegar o dinheiro deles", desabafou um dos parente do casal, que mora em Miami.
Diante de tamanha crueldade, os membros da igreja de Ferrer têm realizado vigílias de oração para que seja feita justiça na vida de seus pastores. Embora o casal tenha entrado com um recurso na justiça para que possa reaver a casa, sua chance de vitória é muito pouca, ou quase nenhuma.
Devido a esse incidente, a Missão Portas Abertas está convocando o povo de Deus a orar pelas autoridades cubanas envolvidas no despejo da família de Ferrer e pelo próprio Ferrer e sua igreja, para que eles se mantenham fortes nesse período de perseguição. As orações devem ser também em favor do Conselho Cubano de Igrejas, para que este seja mobilizado no sentido de demonstrar ao governo a nossa preocupação e para que a casa seja devolvida ao casal.
"Participar do trabalho de Cristo em Cuba é o mesmo que viver as prisões do apóstolo Paulo". É o que relata Marcos Rezende, um dos diretores da CSG (Communication Service Gateway), que repassa entre 25% e 50% do lucro de sua empresa para as obras missionárias. O trabalho sustentado em Cuba é, na realidade, da Convenção Batista de Cuba Ocidental. O país é dividido ao meio entre Cuba ocidental e Cuba oriental. A convenção mantém 154 igrejas com 70 pastores e 54 seminaristas.
Dos seus quase 12 milhões de habitantes, 7% dos cubanos são cristãos, 80% católicos e o restante da população se divide entre outras religiões e seitas. Em janeiro de 1998, dias após as eleições legislativas, João Paulo II chega a Cuba. Essa foi a primeira visita de um pontífice ao país. As quatro missas celebradas contaram com a maciça participação popular. Fidel Castro assiste apenas à última. Na ocasião, o papa pede maior liberdade, abertura de Cuba para o mundo e critica o embargo dos EUA à nação. Em resposta aos pedidos do papa, Fidel Castro, reeleito para presidente em fevereiro, liberta cerca de 300 presos.
"As teorias do comunismo estão misturadas às necessidades de sobrevivência do povo cubano. O trabalho missionário em Cuba tem uma organização deficitária e os obreiros vivem sem nenhum recurso", salientou Marcos. Ainda segundo ele, o povo vive das ofertas feitas pelas igrejas ao redor do mundo. "Uma família em Cuba vive com 20 dólares por mês. Muitas vezes as ofertas chegam a Cuba por meio de irmãos que entram como visitantes".
A triste realidade dos cristãos em Cuba é que eles ainda são perseguidos, embora exista certa "liberdade" religiosa por parte do governo. Na prática, os súditos da política comunista cubana vivem em busca de argumentos sem lógica e sem fundamentos para fechar igrejas, o que chamamos de perseguição. O "comunismo", ou "castrismo", faz que muitos servos de Deus, como pastores e seminaristas, vivam em Cuba sem poder exercer seus ministérios.
As igrejas evangélicas em Cuba estão vivendo um processo de expansão e buscam as melhores formas de dar seu testemunho em meio à realidade socialista em que se encontram. As dificuldades econômicas são tantas que, paradoxalmente, as próprias autoridades públicas que perseguem a igreja em Cuba contam com sua contribuição na formação de valores éticos e espirituais indispensáveis ao bem-estar do povo e ao desenvolvimento da qualidade de vida no país.
Com essa abertura (pelo menos é o que parece), as igrejas mostram seu entusiasmo com o crescimento que vem experimentando e com os resultados positivos colhidos na Celebração Evangélica em Cuba. Pela primeira vez, desde a Revolução Cubana, os cristãos puderam se reunir, publicamente, em 17 pontos do país. A culminância da Celebração foi a concentração na Praça da Revolução, em Havana, em 20 de junho de 2000. Mais de 100.000 pessoas comparecem à reunião. O evento foi transmitido pela televisão cubana sem nenhum problema! Ore para que esse mover do Espírito Santo leve a frutos duradouros e igrejas multiplicadas.
Documentação: Passaporte válido para um mínimo de 6 meses e visto obrigatório, que pode ser obtido em Portugal, na Embaixada de Cuba em Lisboa, com uma antecedência de 48 a 72 horas, sendo necessário o preenchimento de um formulário, uma fotografia e o pagamento de uma taxa. No entanto para sua comodidade, os operadores turísticos possibilitam-lhe evitar este processo com o simples preenchimento de uma "Tarjeta del Turista" que será entregue com a documentação.
Eletricidade: A corrente é de 110 V e as tomadas são do tipo americano pelo que convém levar um adaptador para os aparelhos elétricos portáteis.
Moeda: O peso cubano é a moeda oficial mas são aceites dólares americanos, pesetas, libras e outras moedas européias. Todos os cartões de crédito são aceitos em cuba exceto os emitidos nos Estados Unidos.
Meios de pagamento: Você deve verificar com o seu banco se o seu cartão está conectado com algum banco americano. Não é aconselhável utilizar mercado de divisas paralelo, se o encontrar, pois o Peso Cubano não tem utilidade para os turistas que utilizam, unicamente, a "moeda turística" cuja equivalência é 1 Peso = 1 dólar. Travellers cheques em USDólars, Libras Esterlinas e outras principais moedas são aceitas, mediante o pagamento de uma comissão e não se aceitam os emitidos sobre bancos dos Estados Unidos. A moeda que aconselhamos a levar consigo é o Dólar.
Vestuário: Leve roupa leve e folgada como o algodão ou o linho, sendo desaconselhável o uso de sintéticos, particularmente junto do corpo, devido à umidade relativa. Use calçado de Verão e não esqueça o equipamento de banho, óculos de sol, protetor solar e chapéu ou boné. Para pessoas mais sensíveis é recomendável um repelente de insetos ou creme anti-alérgico. Lembre-se que vai para os trópicos e que deve usufruir plenamente as suas férias. Não deixe em casa a câmara fotográfica ou a câmara de vídeo para recordar mais tarde a sua viagem.
Condução: Uma extensa rede de estradas e auto-estradas cruzam todo o país. Estão bem sinalizados segundo o código internacional e a condução é feita pela direita pela direita. Existe um serviço de locação de veículos com ou sem motorista. É necessária a apresentação de uma carta internacional de condução em vigor, emitida pelo país de origem. Por outro lado o serviço de táxis é efetuado 24h por dia e o mais econômico.
Gastronomia:A gastronomia de Cuba é a fusão dos hábitos alimentares espanhóis e africanos, além de outras influências como a francesa e a asiática. Os hotéis e restaurantes apresentam cozinha internacional e cubana, de onde sobressai os frutos do mar. Poderá comer praticamente como em Portugal. Aliás, na maior parte dos hotéis servem refeições "buffet". Os grelhados, a banana frita, o arroz e vários tipos de feijão estão presentes na gastronomia cubana. As refeições têm preços acessíveis.
Igrejas: Não informe as autoridades sobre suas reais intenções da viagem, e numa ofereça a eles endereços de pastores ou irmãos que você planeja visitar. Uma oferta de R$ 50,00 é um ótimo salário mensal que você pode doar aos obreiros locais. Traga o nome de alguns deles e desafie seus amigos mantê-los sempre através de alguma agência missionária de seu conhecimento. Lembre-se: Cuba precisa da ajuda da igreja brasileira.
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