Religiões



Espiritismo


Embora a necromancia e o contato com toda sorte de espíritos seja um fenômeno presente na história há milênios, o espiritismo moderno, no entanto, tem sua origem com as irmãs Kate e Margarete Fox, em 1848, em Hydesville, Nova York, EUA. Por meio de alegados contatos com supostos “espíritos desencarnados” (o que se descobriu mais tarde ter sido uma fraude), a comunicação com espíritos do além se espalhou pela Europa e EUA.

A manifestação se tornou popular pela instrumentalidade de um estudioso francês chamado Hypólite de Leon Denizar Rivail, que se intitulou Alan Kardec. Segundo afirmava dele próprio, era a reencarnação de um poeta Celta.

Hipólyte transformou as contraditórias e populares crenças espíritas em um corpo doutrinário coeso. E fez isso com a publicação dos seguintes livros de sua autoria: O livro dos espíritos (1857), O que é espiritismo (1859), O livro dos médiuns (1861), O evangelho segundo o espiritismo (1864), O céu e o inferno (1865), A gênese (1868) e Obras póstumas.

O kardecismo afirma ter buscado uma fusão com o genuíno evangelho de Cristo, mas nega as doutrinas fundamentais do cristianismo. Vejamos, para o kardecismo Deus seria uma inteligência infinita, um poder impessoal que controla o Universo; e Jesus seria apenas um médio ou um espírito altamente evoluído que teria retornado a este mundo com o intuito de elevar o nível espiritual da humanidade.

Alguns grupos espíritas chegam a negar que Jesus tenha tido um corpo físico como o nosso. E negam também a morte expiatória e a ressurreição corporal de Jesus.

Mesmo utilizando amplamente as Escrituras Sagradas para defender suas posições, o espiritismo não considera a Bíblia um livro inspirado e infalível, e muito menos normativo em qualquer sentido. Na verdade, sua postura diante da Bíblia é mais de crítica e rejeição do que de aceitação.

Consideram que o Espírito Santo é uma falange de espíritos, a qual Jesus denomina de “o Consolador”; e esses espíritos teriam, por meio de Kardec, trazido a perfeita revelação à humanidade.

A salvação não é, de forma alguma, mediante a fé no sacrifício de Cristo, mas, sim, pelas boas obras, pelo processo de sucessivas reencarnações, por meio das quais o carma deve ser completamente pago.

Necromancia, “passes”, curas, cânticos... tudo isso faz parte de suas práticas.

Existe uma federação de grupos espíritas, mas a diversidade entre esse movimento religioso é muito grande, com muitos pontos antagônicos e conflitantes.

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